SóProvas


ID
4046710
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
Câmara de Rio Branco - AC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Apagão Mental

   Subestimada por décadas, a ansiedade pode inviabilizar a vida social e a profissional, mas poucas pessoas buscam tratamento para aliviar os sintomas antes que cheguem ao limite. Segundo a Previdência Social, os transtornos mentais já são a terceira razão de afastamentos do trabalho no Brasil, sendo que os gastos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) giram em torno de R$ 200 milhões em pagamentos de benefícios anuais, dado que reforça a importância de se criar medidas de prevenção. Nesse contexto, a ansiedade, assim como a depressão, são os males que mais afetam as pessoas.
     Os gatilhos que desencadeiam a ansiedade são muitos. Os tipos dela, também. Desde que foi categorizada como uma patologia e inserida na terceira edição do DSM (sigla em inglês para Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), a ansiedade desdobrou-se em muitos males, como fobias e alguns tipos de transtorno - do pânico, obsessivo-compulsivo, de estresse póstraumáticos, de ansiedade social ou de ansiedade generalizada, por exemplo. [...]
   Em suma, a ansiedade é entendida como um sintoma disfuncional da personalidade que acarreta em um conjunto de sensações físicas e psicológicas, um sentimento vago e desagradável de medo e tensão que surge com a antecipação de perigo ou uma apreensão em relação ao sofrimento futuro. “A pessoa que está lidando no automático com a vida ou alguma situação específica não consegue compreender o que está fazendo. Geralmente quem vive dessa maneira tem grandes chances de sofrer um episódio de pânico, desenvolver o transtorno de ansiedade generalizada ou uma fobia social. Fazer mais e mais atividades é uma tentativa de não deixar o aparelho psíquico negociar diferentes instâncias”, diz o psicanalista Claudio César Montoto. Nesse sentido, a ansiedade é uma espécie de “acúmulo de várias negligências internas com as próprias necessidades”, completa o psicólogo clínico Frederico Mattos. [...]
   Há dois tipos de crise mais comuns. O primeiro é o transtorno do pânico, caracterizado por um ataque em que, de repente, a pessoa passa a sentir falta de ar, taquicardia e chega até a sentir que vai morrer. O segundo é a ansiedade generalizada, que pode trazer tontura, tensão muscular e um medo persistente.
      Mas há uma parcela considerável de pessoas que se queixa desse problema num nível, digamos, não patológico. Por isso, entender esse sintoma passa por entender sua ambiguidade: se hoje esse distúrbio parece ser, junto com a depressão, um grande vilão do mundo moderno, ele nem sempre foi visto assim. A psicanálise e até mesmo a medicina, por exemplo, consideraram em outros tempos que esse mal era simplesmente uma condição típica do ser humano, por meio da qual ele se relaciona com o mundo. Nesse cenário, lidar com a ansiedade possibilitou ao homem aprender, por exemplo, a antecipar o risco, o que teria ajudado na sobrevivência da espécie. [...]

(Maria Beatriz Gonçalves, Adaptado de http://tab.uol.com.br/ansiedade/ -
acesso em 04 de abril de 2016)

Assinale a alternativa em que a regência e o uso dos pronomes relativos estão corretos.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

  • Não se usa artigo definido depois do cujo

  • “Cujo” só é utilizado quando se indica posse, isto é, se algo pertence a alguém. A concordância em gênero e número é feita com a palavra seguinte ao “cujo”.

    Ex:

    O projeto, cujO funcionário responsável está viajando, já está pronto.

    A empresa, cujA fachada foi destruída pelo fogo, será reformada em breve.

     

    Embora comum, é errado usar artigos definidos depois do pronome.

    A equipe cujo o resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso inadequado)

     

    A equipe cujo resultado foi o melhor terá financiamento. (Uso correto)

    Cuidado também quando o verbo seguinte ao “cujo” for regido por preposição, pois ela não pode ser omitida.

    Exs:

    Aquela é a empresa a cuja diretora me refiro (quem se refere, refere-se a).

    Esta é a funcionaria com cujas ideias todos concordam (quem concorda, concorda com).

  • VAMOS LÁ:

    GABARITO A

    O autor da questão quer que você analise a regência e o uso do pronome relativo.

    Pra resolver essa questão você tem que ter em mente duas coisas:

    1° - CUJO sempre é pronome relativo e sempre indica posse

    2° - SEMPRE que em uma oração houver pronome relativo e o verbo exigir preposição, essa preposição vai aparecer ANTES do pronome relativo.

    Agora vamos analisar a frase:

    DICA: Comece sempre procurando o verbo e analisando se ele exige preposição ou não.

    A ansiedade é um problema psíquico sobre cujas causas pouco se discute.

    QUEM DISCUTE, DISCUTE SOBRE ALGO... Logo, o verbo discutir exige a preposição SOBRE

    Como temos o pronome relativo CUJO na frase a preposição só poderá aparecer ANTES dele. Dessa forma, mesmo não sendo sonoramente agradável, a frase está correta.

    "Motivação é aquilo que te faz começar. Hábito é o que te faz continuar."

    Bons estudos!

  • Só queria saber o erro da letra E.Se alguém puder dar uma luz,ficarei grato!

  • LETRA "C" - SERIA 'QUANDO" - RETOMANDO TEMPO!

  • regência verbal trata da transitividade de verbo, que pode ser intransitivo (dispensa complementos verbais), transitivo direto (requer complemento verbal direto), transitivo indireto (requer complemento verbal indireto) ou ainda bitransitivo (requer concomitantemente um complemento verbal direto e outro indireto). Nestas duas últimas, o verbo reclama preposição (a, de, em, por, sobre, etc.)

    VTI: Verbo Transitivo Indireto

    a) A ansiedade é um problema psíquico sobre cujas causas pouco se discute.

    Correto. O verbo "discutir", por ser VTI, rege preposição "sobre" e esta deve antepor-se naturalmente ao pronome relativo "cujas". A redação atende aos padrões normativos do idioma;

    b) Sentir falta de ar é um sintoma cujo o qual pode sinalizar a ansiedade.

    Incorreto. Há um erro: o uso do pronome relativo "cujo". Ele denota posse, contudo na frase em tela esse sentido não existe. Seu uso, portanto, é inoportuno. Para corrigir a frase, basta suprimi-lo: "Sentir falta de ar é um sintoma o qual pode sinalizar a ansiedade";

    c) Quando o indivíduo percebe que tem ansiedade é aonde ele deve procurar ajuda médica.

    Incorreto. Tanto o verbo "ser", na forma verbal "é", quanto o advérbio "aonde" devem ser suprimidos a fim de haver sentido na frase. Somado a isso, após o substantivo "ansiedade", deve-se inserir uma vírgula: "Quando o indivíduo percebe que tem ansiedade, ele deve procurar ajuda médica";

    d) O homem sobreviveu graças à ansiedade, cujas as consequências os médicos falam atualmente.

    Incorreto. Nunca se pospõe ao pronome relativo "cujo" artigos (o, os, a, as, um, uns, uma ou umas). Ademais, observe que o verbo "falar", por ser VTI, rege preposição "de", esta que deve naturalmente antepor-se ao pronome relativo já citado. Correções: "O homem sobreviveu graças à ansiedade, de cujas consequências os médicos falam";

    e) A ansiedade pode trazer experiências ruins, cujas sejam, inclusive, traumáticas.

    Incorreto. Os termos sublinhados obscurecem severamente o sentido da frase, de sorte que, para resgatá-lo, basta que se suprimam o pronome relativo "cujas" e o verbo "sejam": "A ansiedade pode trazer experiências ruins, inclusiva, traumáticas".

    Letra A

  • São regrinhas básicas sobre o cujo :

    1) não usamos artigo após

    2) em regra liga substantivos.

    3 ) o cujo remonta ideia de posse.

  • Com correção

    regência verbal trata da transitividade de verbo, que pode ser intransitivo (dispensa complementos verbais), transitivo direto (requer complemento verbal direto), transitivo indireto (requer complemento verbal indireto) ou ainda bitransitivo (requer concomitantemente um complemento verbal direto e outro indireto). Nestas duas últimas, o verbo reclama preposição (a, de, em, por, sobre, etc.)

    VTI: Verbo Transitivo Indireto

    a) A ansiedade é um problema psíquico sobre cujas causas pouco se discute.

    Correto. O verbo "discutir", por ser VTI, rege preposição "sobre" e esta deve antepor-se naturalmente ao pronome relativo "cujas". A redação atende aos padrões normativos do idioma;

    b) Sentir falta de ar é um sintoma cujo o qual pode sinalizar a ansiedade.

    Incorreto. Há um erro: o uso do pronome relativo "cujo". Ele denota posse, contudo na frase em tela esse sentido não existe. Seu uso, portanto, é inoportuno. Para corrigir a frase, basta suprimi-lo: "Sentir falta de ar é um sintoma o qual pode sinalizar a ansiedade";

    c) Quando o indivíduo percebe que tem ansiedade é aonde ele deve procurar ajuda médica.

    Incorreto. Tanto o verbo "ser", na forma verbal "é", quanto o advérbio "aonde" devem ser suprimidos a fim de haver sentido na frase. Somado a isso, após o substantivo "ansiedade", deve-se inserir uma vírgula: "Quando o indivíduo percebe que tem ansiedade, ele deve procurar ajuda médica";

    d) O homem sobreviveu graças à ansiedade, cujas as consequências os médicos falam atualmente.

    Incorreto. Nunca se pospõe ao pronome relativo "cujo" artigos (o, os, a, as, um, uns, uma ou umas). Ademais, observe que o verbo "falar", por ser VTI, rege preposição "de", esta que deve naturalmente antepor-se ao pronome relativo já citado. Correções: "O homem sobreviveu graças à ansiedade, de cujas consequências os médicos falam";

    e) A ansiedade pode trazer experiências ruins, cujas sejam, inclusive, traumáticas.

    Incorreto. Os termos sublinhados obscurecem severamente o sentido da frase, de sorte que, para resgatá-lo, basta que se suprimam o pronome relativo "cujas" e o verbo "sejam": "A ansiedade pode trazer experiências ruins, inclusive, traumáticas".

    Letra A

  • CUJO = ADJUNTO ADNOMINAL (QUASE SEMPRE) ou COMPLEMENTO

    NOMINAL (RARAMENTE)

    Não tem substituto! Nenhum PR o substitui.

    Referência anafórica

    Mas concorda com o termo posterior.

    Não seguido de artigo.

    Relações de posse qnd funciona como adj. adnominal

  • NÃAAAAAAOOOOOO EXISTE ARTIDO DEPOIS DE CUJO GALERA!!!

  • Cujo o qual kkkkkkkkkk eu ri

  • A ansiedade é um problema psíquico sobre cujas causas pouco se discute.

    O USO DO PRONOME RELATIVO CUJO FOI CORRETO! O VERBO DISCUTIR É VTD, VI E VTI

    QUEM DISCUTE, DISCUTE ALGO

    QUEM DISCUTE, DISCUTE SOBRE ALGUMA COISA, SOBRE ALGO

    QUEM DISCUTE, DISCUTE!

    A ASSERTIVA EMPREGOU O VTI, POIS TRATA-SE DE UM ASSUNTO DETERMINADO.

    B

    Sentir falta de ar é um sintoma cujo o qual pode sinalizar a ansiedade.

    NÃO HÁ RELAÇÃO DE POSSE, PORTANTO O USO DE 'CUJO" É INADEQUADO! DEVE PERMANECER O PRONOME RELATIVO "O QUAL" QUE RETOMA O TERMO "SINTOMA"

    C

    Quando o indivíduo percebe que tem ansiedade é aonde ele deve procurar ajuda médica.

    O CORETO SERIA EMPREGAR UMA CONJUNÇÃO TEMPORAL QUE IRIA CONECTAR AS DUAS ORAÇÕES!

    D

    O homem sobreviveu graças à ansiedade, cujas as consequências os médicos falam atualmente.

    O PRONOME RELATIVO CUJO FAZ CONCORDÂNCIA COM SEU CONSEQUENTE! ENTÃO POR QUAL MOTIVO O USO DO ARTIGO? NÃO HÁ NECESSIDADE!!! CUJO NÃO ADMITE ARTIGO APÓS SEU USO!

    E

    A ansiedade pode trazer experiências ruins, cujas sejam, inclusive, traumáticas.

    NÃO HÁ RELAÇÃO DE POSSE, PORTANTO USO INADEQUADO DO PRONOME RELATIVO "CUJO"

    NESSE CASO, SERIA CORRETO O USO DE "QUE" OU DE " O QUAL' E SUAS VARIAÇÕES.

  • O CUJO não admite artigo posposto

    Exprime ideia de posse

  • GABARITO A