Juan Guaidó, que lidera a oposição venezuelana desde janeiro e chegou a ser a grande esperança dos adversários do chavismo, vive um de seus piores momentos.
O oposicionista enfrenta semanas turbulentas e questionamentos de apoiadores e aliados por três grandes fatores: esgotamento de seu poder de mobilização popular, negociações entre partidos de sua coalizão e o governo de Nicolás Maduro e críticas a fotos em que Guaidó aparece ao lado de paramilitares na Colômbia.
Oito meses se passaram desde que o líder da oposição de declarou presidente interino da Venezuela, e agora precisa lidar com aliados que de um lado cobram mais moderação e diálogo e de outro, uma radicalização maior para derrubar Maduro.
De sua parte, Guaidó, que se mantém como presidente da Assembleia Nacional, insiste na legitimidade de sua liderança e defende que a única instância válida para uma eventual negociação com o governo Maduro deve passar pelo Legislativo.
Guaidó se agarra também ao fato de que 50 países o reconhecem como o presidente de fato da Venezuela, e que nações latino-americanas reiteraram esse apoio nesta terça-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas.
Apesar de todos esses problemas, o líder oposicionista ainda conta com o apoio majoritário dos partidos antichavistas.
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