O pensamento empirista foi à base para as duas primeiras teorias
em aquisição. A mente não era considerada fundamental
para justificar o processo de aquisição, importava somente
que o conhecimento humano era produzido a partir de suas experiências
com o mundo através de estímulos e respostas. Nessa
perspectiva, nasce a teoria Behaviorista pressupondo que a criança
desenvolve seu mundo ou conhecimento lingüístico através
de estímulo-resposta ( E - R ) imitação e reforço.
B. F. Skinner fundamenta sua teoria com base nos reforços que
a criança sofre que podem ser esforços positivos ou
negativos. De acordo com esses reforços a criança manteria
ou eliminaria algum tipo de comportamento referente à linguagem
e isso a ajudaria a construir, a desenvolver e aprender uma determinada
língua.
O
Behaviorismo, porém, não levou em conta a criatividade
que a criança possui, por exemplo, quando ela profere certas
construções que não foram ensinadas previamente
a ela. A criatividade, portanto, seria alvo de vários estudos
posteriores.
Outra
teoria com base na proposta empirista é o conexionismo ou associacionismo.
Essa teoria admite que o cérebro e suas reses neurais são
responsáveis pelo aprendizado imediato no mesmo instante que
ocorre a experiência. Essa teoria baseia-se na interação
entre o organismo e o ambiente, porém, não explica com
coerência a rapidez com que a criança aprende uma língua.
"O behaviorismo baseia-se fundamentalmente no estudo do comportamento a partir da observação e experiência sensorial, pois bem, para esses estudiosos a linguagem é aprendida através da observação e, acima de tudo, por estímulo e resposta. O reforço também tem um papel importante na aquisição da linguagem, uma vez que possibilita a memorização das palavras e construções gramaticais.
Esta teoria surgiu da especulação de como qualquer criança aprende a falar e interagir, a qualquer momento e, em qualquer língua. As explicações behavioristas e empiristas foram satisfatórias na época em que a teoria de aquisição de linguagem foi lançada, durante os anos 50, tempo o qual a psicologia comportamentalista estava em alta. Consolidando então um sistema de ensino que via a criança como uma “tábula rasa”, acreditando que toda a forma de aprendizagem ocorre através das experiências empíricas, memorização e repetição exaustiva, unindo esses pressupostos com as contribuições de Skinner, onde é preciso que ocorra também o reforço positivo e negativo.
O empirismo vê a linguagem como uma convenção social, por isso, a criança é passiva diante do processo de aquisição de linguagem, para tanto, é crucial a existência de estímulos e reforços externos, já que a linguagem se desenvolve por respostas condicionadas e memorização. A teoria behaviorista de aquisição da linguagem foi muito contestada, até que, na metade do século XX, Noam Chomsky derrubou essas teses e lançou o inatismo – o qual explica as capacidades criativas da criança no processo de aquisição da linguagem, como a repetição de palavras que nunca ouviu, por exemplo “sabo”. Os estudos a cerca da linguagem não param por aí, mas é importante salientar que as técnicas para a aprendizagem, tanto para a comunicação como para outros conteúdos, ainda seguem os padrões behavioristas, onde a memorização e o estímulo são essenciais para tais aquisições, não auto-suficientes como propostas no século XX, mas influenciando o desenvolvimento melhor ou pior desta, transformando ou mantendo determinada realidade, inclusive a linguística. O behaviorismo possibilitou que novas teorias sobre o mundo psicológico e comportamental fossem desenvolvidas, contudo, esta vertente trouxe á luz como o ambiente é construtor de nossas vidas, revolucionando o mundo das ciências sociais e da comunicação."