"Em Piaget, a afetividade é elemento presente no desenvolvimento das estruturas mentais, principalmente quando se remete ao desenvolvimento moral, no qual a cognição (razão) e o afeto serão elementos centrais nesse processo que resulta em comportamentos cotidianos. La Taille descreve bem essa premissa piagetiana ao afirmar:
Quando se trata de analisar o domínio dos afetos, nada parece haver de muito misterioso: a afetividade é comumente interpretada como uma energia', portanto, como alvo que impulsiona as ações. Vale dizer que existe algum interesse, algum móvel que motiva a ação. O desenvolvimento da inteligência permite, sem dúvida, que a motivação possa ser despertada por um número cada vez maior de objetos ou situações. Todavia, ao longo desse desenvolvimento, o princípio básico permanece o mesmo: a afetividade é a mola propulsora das ações, e a razão está a seu serviço (1992, p. 65)
O indivíduo só recebe um determinado conhecimento se estiver preparado para recebê-lo. Não é possível adquirir um novo conhecimento sem que o organismo tenha conhecimento anterior (estrutura) para poder assimilá-lo e transformá-lo. O processo de assimilação caracteriza a integração de afeto e a cognição, pois as experiências de aprendizagem adquirem um sentido pessoal para o sujeito que aprende e se desenvolve."
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932013000100007