SóProvas


ID
4090540
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
UFPB
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mudança climática pode aumentar pobreza, alerta ONU Documento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) projeta que, para evitar que consequências do aquecimento global “saiam de controle”, mundo precisa reduzir a emissão dos gases de efeito estufa


    O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) da Organização das Nações Unidas revelou na manhã desta segunda em Yokohama, no Japão, a segunda parte do quinto relatório produzido pelos cientistas do órgão – o anterior foi divulgado há sete anos, em 2007. O documento projeta que a mudança climática irá piorar problemas sociais já existentes, como pobreza, doenças, violência e número de refugiados. Além disso, irá frear os benefícios da modernização, como o crescimento econômico regular e uma produção agrícola mais eficiente.

    Para evitar que as consequências do aquecimento global “saiam de controle”, o mundo precisa reduzir a emissão dos gases de efeito estufa, afirmou Rajendra Pachauri, presidente do IPCC – e existe pouco tempo para tomar atitudes que possam mitigar os efeitos da mudança climática, permitindo aos países se ajustarem à maior variação de temperaturas.

    Intitulado “Sumário para Formuladores de Políticas”, o documento foi aprovado por unanimidade pelos mais de 100 governos integrantes do IPCC. Uma versão preliminar do sumário havia vazado na internet há alguns meses e já fazia advertências semelhantes, como a de que “as mudanças climáticas vão amplificar os riscos relacionados ao clima já existentes e criar novos”, reduzindo, por exemplo, a oferta de água renovável na superfície e nas fontes subterrâneas nas regiões subtropicais mais secas e aumentando o número de pessoas sob risco de inundações.

    Em média, o texto aprovado pelo IPCC menciona a palavra “risco” cinco vezes e meia em cada uma de suas 49 páginas. Os perigos mencionados envolvem cidades grandes e pequenas e incluem preço e disponibilidade de alimentos. Em escala menor, são citados riscos que envolvem doenças, custos financeiros e até mesmo a paz mundial. “Magnitude crescente do aquecimento aumenta a possibilidade de impactos severos, penetrantes e irreversíveis”, alerta o relatório.

    Desastres naturais como ondas de calor na Europa, queimadas nos Estados Unidos, seca na Austrália, inundações em Moçambique, Tailândia e Paquistão são lembretes de como a humanidade é vulnerável a condições climáticas extremas, diz o texto. Os problemas devem afetar todos de algum modo, mas as pessoas que menos têm recursos para arcar com as consequências serão as que sofrerão mais. “Agora nós estamos em uma era na qual a mudança climática não é algum tipo de hipótese futura”, afirmou Chris Field, um dos autores líderes do estudo.

    Uma parte do relatório discute o que pode ser feito para amenizar os efeitos do aquecimento global e lista como alternativas a redução da poluição de carbono e a preparação para mudanças climáticas com um desenvolvimento mais inteligente. O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ressaltou que o documento é um alerta às novas ações e alertou que os custos da falta de ação serão “catastróficos”.

    Maarten van Aalst, um dos autores do estudo, reforçou que se a comunidade internacional não reduzir as emissões de gases estufa logo, os riscos sairão de controle. “E os riscos já subiram”, disse. Coautor do relatório, o cientista do IPCC Saleemul Huq lembra que “as coisas estão piores do que previmos” em 2007, quando o grupo de cientistas emitiu a última versão do documento. “Nós veremos cada vez mais impactos, mais rápido e antes do que antecipamos”, declarou.

    O relatório, inclusive, cria uma nova categoria de risco. Em 2007, o maior grau de perigo era “alto”, simbolizado pela cor vermelha. Desta vez, o nível máximo é “muito alto” e de cor roxa nas ilustrações gráficas.

    Vice-presidente do painel do ONU, o climatologista Jean-Pascal van Ypersele defendeu os alertas do IPCC contra críticas que apontem alarmismo por parte dos cientistas. “Nós estamos indicando as razões para o alerta. Isso é porque os fatos, a ciência e os dados mostram que há razões para estar alarmado, não é porque nós somos alarmistas”, disse.

    No entanto, outra coautora do estudo, a cientista Patricia Romero-Lankao disse que ainda existe uma janela de oportunidade. “Nós temos escolhas. Nós temos que agir agora”, disse.

Adaptado de http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/mudanca-climatica-pode-aumentar-pobreza-alerta-onu

Em “Em 2007, o maior grau de perigo era “alto”...”, a vírgula, de acordo com a gramática tradicional, é

Alternativas
Comentários
  •  “Em 2007, o maior grau de perigo era “alto”...”

    → ATENÇÃO, a vírgula está marcando a anteposição do adjunto adverbial da sua ordem direta. Por ser de pequena extensão, a maioria das bancas consideram a vírgula como facultativa, mas a banca considerou como obrigatória.

    GABARITO. B

  • GABARITO - B

    Em 2007, o maior grau de perigo era “alto

    Diante de adjuntos adverbiais deslocados a vírgula é obrigatória.

    Segundo Pest, 2) se o adjunto adverbial de curta extensão (em tese, até dois vocábulos) iniciar frase ou estiver no meio dela, o uso da(s) vírgula(s) será facultativo: “Nesta tarde(,) não obteve muito sucesso”, “Não obteve(,) nesta tarde(,) muito sucesso”.

  • FAZER PROVA COM UMA BANCA RUIM COMO ESTA DEVERIA SER FACULTATIVO. ADJUNTO ADVERBIAL DESLOCADO DE PEQUENA EXTENSÃO É FACULTATIVO. NO MÊS DE JANEIRO DE 2007, o maior grau de perigo era “alto" . SE O ADJUNTO ADVERBIAL FOSSE EXTENSO COMO NO EXEMPLO, AÍ SIM, SERIA OBRIGATÓRIO.

  • Até a Gramática no Brasil é bagunçada, tantos detalhes, tantas exceções só complicam...

    Fazer o quê! " Vai reclamar com Deus." - diria o "Racionais".

  • Apesar da maioria das bancas considerarem facultativa, as outras alternativas eram bem absurdas, então "segue o barco".

  • Achei interessante a questão e falei sobre ela com a professora Grasiela Cabral. Ela me esclareceu o seguinte:

    "As gramáticas não definiram o que é curto ou o que é longo, ela sugere fazer a questão por eliminação. As bancas, usualmente e não a gramática, consideram curto até 4 palavras e longo de 5 em diante. Esta com uso obrigatório e aquela com uso facultativo".

    Bom, quem vai fazer PCRJ é interessante saber como a Banca cobra, desta forma, concluímos que ela considera essa regra citada. Bom, fica a dica para nós sofredores, rsrs.

    "Bom, qualquer obs , chama no privado".

  • Mesmo assim, se todos sabem o que é um adjunto adverbial e só tem uma alternativa que contém. Não tem motivos para chorar!

  • Foneticamente é longo, se considerarmos: Em dois mil e dezessete...

  • Se fosse a "gramática" da CESPE seria facultativa, como é a gramáticas alheia, então é obrigatória.

    " Não foi nada, simulou, segue o jogo"

  • [GABARITO: LETRA B]

    Vírgula – indica uma pequena pausa na sentença.

    Não se emprega vírgula entre:

    • Sujeito e verbo.

    • Verbo e objeto (na ordem direta ou inversa da sentença).

    OBS: Cabe lembrar que, num sujeito composto, o último dos termos coordenados não se separa por vírgula do verbo.

    As aves, as flores, os homens renascem na primavera.

    Para facilitar a memorização dos casos de emprego da vírgula, lembre-se de que:

    A vírgula é: DEEEIS

    Desloca | Enumera | Explica |Enfatiza | Isola | Separa

    #Emprego da vírgula

    a) separar termos que possuem mesma função sintática no período quando não vierem ligados pelas conjunções E, OU e NEM:

    Li GoetheNietzsche, Montesquieu, Rousseau e Merleau-Ponty.

    OBS: Quando ocorre polissíndeto, ou seja, quando as conjunções e, ou e nem vêm repetidas numa enumeração, também se separa por vírgula os elementos coordenados.

    Adoro lírios, e rosas, gerânios, e hortênsias, e jasmins.

    OBS: O assíndeto caracteriza-se pela omissão da conjunção entre o penúltimo e o último termo de uma enumeração, caso em que o emprego da vírgula será obrigatório.

    João coleciona livros antigos, selosfigurinhas, botões.

    b) isolar o vocativo:

    - Força, guerreiro!

    c) isolar o aposto explicativo:

    - José de Alencar, o autor de Lucíola, foi um romancista brasileiro.

    OBS: Quando o aposto for enumerativo, podem ser usados os dois pontos.

    Comprei duas frutas que adoro: [abacaxi e uva].

    d) mobilidade sintática:

    - TemerosoAmadeu não ficou no salão.

    e) separar expressões explicativas, continuativa, conclusiva, enfática, conjunções e conectivos:

    - Isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.

    f) separar os nomes dos locais de datas:

    - Cascavel, 10 de março de 2012.

    g) isolar orações adjetivas explicativas:

    - O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) separar termos enumerativos:

    - O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) omitir um termo:

    - Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) separar algumas orações coordenadas:

    - Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    k) separar os predicativos de valor explicativo antepostos:

    Maria, cheia de emoção, aceitou o pedido do noivo.

    l) separar o adjunto adverbial deslocado de sua posição habitual:

    Na manhã daquele dia, João saiu sem dar explicação.

    João saiu sem dar explicação na manhã daquele dia.

    m) separar orações coordenadas sindéticas ou assindéticas:

    Depois do susto, as pessoas nem falavam, nem sorriam.

    Os pensamentos vêmvão, retornamsomem de vez.

    n) separar orações subordinadas adverbiais deslocadas:

    Ex.: Quando era menino, gostava de ouvir histórias.

    o) separar as orações intercaladas:

    — Bom dia, disse o menino, ao ver sua madrinha.

    OBS: Nesse caso, a pontuação mais frequente é o travessão.

    p) separar os membros paralelos de um dito proverbial.

    Dia de muito, véspera de pouco.

    RESUMO TIRADO AULAS DO QC E PROFº PABLO JAMILK.

  • LETRA > B.

    ADJUNTO ADVERBIAL > indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). Também é o termo que modifica o sentido de um Verbo, de um Adjetivo ou de um Advérbio.

  • As bancas divergem na questão da extensão do Adj.Adv.

    AOCP : Curto 1 palavra ( facultativa)

    Longo 2 palavras ou mais ( obrigatória).

  • Questão sujeita a recurso.
  • Esperou o "contato", o contato veio...

  • A questão em tela versa sobre o assunto vírgula e quer que indiquemos o motivo da vírgula está sendo utilizada na frase em exposição. Vejamos:

    Em “Em 2007, o maior grau de perigo era “alto”....

    O termo que está separado por vírgula indica ao verbo circunstância de tempo. Quando que era alto? Em 2007. Partindo desse entendimento, podemos analisar as alternativas.

    a) Incorreta. 

    O termo em destaque é um adjunto adverbial de tempo e não adnominal já que tem a função diretamente ligada ao verbo. O adjunto adnominal da frase podemos tomar como exemplo "o" que está diretamente ligado ao nome "grau".

    b) *Correta. 

    A banca entende que "em 2007" seja um adjunto adverbial de longa extensão, contudo a Academia Brasileira de Letras (ABL) já firmou entendimento que o adjunto adverbial só tem que vir obrigatoriamente com vírgula quando for de longa extensão deslocado (3 ou mais palavras). Portanto, a alternativa está errada em dizer que é obrigatória. Não concordo com a banca.

    c) Incorreta. 

    O termo não é aposto, pois aposto é um termo que explica outro. 

    Ex: Júlia, a melhor aluna da turma, passou de ano com notas altíssimas.

    d) Incorreta. 

    O termo não é vocativo, pois não é um chamamento. Ex: João, o café está esfriando. (Veja que já está sendo chamado).

    e) Incorreta. 

    Já vimos que não é aposto.

    Gabarito da banca: B

    Gabarito do monitor: Nulo por não ser de obrigação colocar vírgula em advérbio de duas palavras.

  • Vírgula facultativa. Adjunto adverbial deslocado de pequena extensão. 3 ou mais palavras seria considerado de grande extensão e nessa hipótese a vírgula seria obrigatória

  • Tem recurso nenhum aqui, a AOCP sempre considera assim, é só não ser um animal e aprender a banca