SóProvas


ID
4111483
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
EBSERH
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Unesco: mundo precisará mudar consumo para garantir

abastecimento de água

20/03/15


    Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) mostra que há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do consumo, “mas não sem uma mudança dramática no uso, gerenciamento e compartilhamento”. Segundo o documento, a crise global de água é de governança, muito mais do que de disponibilidade do recurso, e um padrão de consumo mundial sustentável ainda está distante.

    De acordo com a organização, nas últimas décadas o consumo de água cresceu duas vezes mais do que a população e a estimativa é que a demanda cresça ainda 55% até 2050. Mantendo os atuais padrões de consumo, em 2030 o mundo enfrentará um déficit no abastecimento de água de 40%. Os dados estão no Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos 2015 – Água para um Mundo Sustentável.

    O relatório atribui a vários fatores a possível falta de água, entre eles, a intensa urbanização, as práticas agrícolas inadequadas e a poluição, que prejudica a oferta de água limpa no mundo. A organização estima que 20% dos aquíferos estejam explorados acima de sua capacidade. Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à metade da população mundial e é de onde provêm 43% da água usada na irrigação.

    Os desafios futuros serão muitos. O crescimento da população está estimado em 80 milhões de pessoas por ano, com estimativa de chegar a 9,1 bilhões em 2050, sendo 6,3 bilhões em áreas urbanas. A agricultura deverá produzir 60% a mais no mundo e 100% a mais nos países em desenvolvimento até 2050. A demanda por água na indústria manufatureira deverá quadruplicar no período de 2000 a 2050.

    Segundo a oficial de Ciências Naturais da Unesco na Itália, Angela Ortigara, integrante do Programa Mundial de Avaliação da Água (cuja sigla em inglês é WWAP) e que participou da elaboração do relatório, a intenção do documento é alertar os governos para que incentivem o consumo sustentável e evitem uma grave crise de abastecimento no futuro. “Uma das questões que os países já estão se esforçando para melhorar é a governança da água. É importante melhorar a transparência nas decisões e também tomar medidas de maneira integrada com os diferentes setores que utilizam a água. A população deve sentir que faz parte da solução.”

    Cada país enfrenta uma situação específica. De maneira geral, a Unesco recomenda mudanças na administração pública, no investimento em infraestrutura e em educação. “Grande parte dos problemas que os países enfrentam, além de passar por governança e infraestrutura, passa por padrões de consumo, que só a longo prazo conseguiremos mudar, e a educação é a ferramenta para isso”, diz o coordenador de Ciências Naturais da Unesco no Brasil, Ary Mergulhão.

    No Brasil, a preocupação com a falta de água ganhou destaque com a crise hídrica no Sudeste. Antes disso, o país já enfrentava problemas de abastecimento, por exemplo no Nordeste. Ary Mergulhão diz que o Brasil tem reserva de água importante, mas deve investir em um diagnóstico para saber como está em termos de política de consumo, atenção à população e planejamento. “É um trabalho contínuo. Não quer dizer que o país que tem mais ou menos recursos pode relaxar. Todos têm que se preocupar com a situação.”

    O relatório será mundialmente lançado hoje (20) em Nova Délhi, na Índia, antes do Dia Mundial da Água (22). O documento foi escrito pelo WWAP e produzido em colaboração com as 31 agências do sistema das Nações Unidas e 37 parceiros internacionais da ONU-Água. A intenção é que a questão hídrica seja um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que vêm sendo discutidos desde 2013, seguindo orientação da Conferência Rio+20 e que deverão nortear as atividades de cooperação internacional nos próximos 15 anos.

Texto adaptado - Fonte: http://afolhasaocarlos.com.br/noticias/ver_ noticia/5215/ controler:noticias 

Em qual das alternativas a seguir seria possível trocar a conjunção “e” em destaque pela conjunção “mas” e, dessa forma, dar ênfase à ação da oração ou termo subsequente?

Alternativas
Comentários
  • gab. D. marque a que faz sentido
  • Meio forçada a questão. Porém, "mas também" tem valor aditivo.

  • A questão é sobre conjunções e quer saber em qual das alternativas abaixo seria possível trocar a conjunção “e” em destaque pela conjunção “mas” para dar ênfase à ação da oração ou termo subsequente. Vejamos:

    A conjunção aditiva "e" pode aparecer com valor adversativo, como em "Sofrem duras privações e [= mas] não se queixam."; "Quis dizer mais alguma coisa e [= mas] não conseguiu." (Jorge Amado); "É ferida que dói e [= mas] não se sente." (Camões).

     . 

    A) “Os aquíferos, que concentram água no subterrâneo e abastecem nascentes e rios, são responsáveis atualmente por fornecer água potável à metade da população mundial”.

    "E" nesse caso tem valor semântico de adição, soma, acréscimo. 

     . 

    B) “...entre eles, a intensa urbanização, as práticas agrícolas inadequadas e a poluição, que prejudica a oferta de água limpa no mundo”.

    "E" nesse caso tem valor semântico de adição, soma, acréscimo. 

     . 

    C) “...há no mundo água suficiente para suprir as necessidades de crescimento do consumo, ‘mas não sem uma mudança dramática no uso, gerenciamento e compartilhamento’”.

    "E" nesse caso tem valor semântico de adição, soma, acréscimo. 

     . 

    D) “É importante melhorar a transparência nas decisões e também tomar medidas de maneira integrada com os diferentes setores que utilizam a água.”.

    "E" (= mas) nesse caso tem valor semântico de adversidade, oposição, contraste, ressalva e foi usado para dar ênfase à oração subsequente.

     . 

    E) “Relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco)...”.

    "E" nesse caso tem valor semântico de adição, soma, acréscimo. 

     . 

    Gabarito: Letra D

  • mas também = adição

  • que comando mais estranho... mas dá pra entender o que eles querem

  • Realmente dá pra entender o que eles querem, como disse a colega Larissa Melo, entretanto "mas também" tem valor aditivo.

    Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. Por exemplo:

    A sua pesquisa é clara e objetiva.

    Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

    (fonte: www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf85.php)

    Bons estudos!!

  • Oração Coordenada Sindética Aditiva=(mas também.)

  • "Mas também" continua Aditiva e mantém o sentido do "e", somente o "mas" tornaria adversativa.