PSICODIAGNÓSTICO INTERVENTIVO FENOMENOLÓGICO (YEHIA)
Introduz algumas mudanças significativas no modelo tradicional. Dentre suas inovações, destacam-se 4 características principais:
Considera o processo psicodiagnóstico uma prática interventiva
- Diagnóstico e intervenção são processos simultâneos e complementares;
- Possibilidade de intervenção durante o desenvolvimento do processo diagnóstico;
- Desenvolvimento do psicodiagnóstico como processo participativo e interventivo;
Propõe que a devolução seja feita durante o processo e não ao final
- São propostas devolutivas ao longo do processo, acerca do mundo interno do cliente;
- São assinalamentos, pontuações, clarificações, que permitem ao cliente buscar novos significados para suas experiências, apropriar-se de algo sobre si mesmo e ressignificar suas experiências anteriores;
Enfatiza o sentido da experiência dos envolvidos no processo
- Psicodiagnóstico se propõe explicitar o sentido da experiência do cliente;
- Promove novas possibilidades existenciais na medida em que trabalha com o outro a transformação de seu projeto;
- Apelo à abertura de novas possibilidades em vez da busca de uma adequação a algo considerado “normal” pela ciência, respeitando a cultura e o contexto familiar;
Redefine a relação paciente-psicólogo em termos de poder, papéis e realização de tarefas
- Reavaliação do papel desempenhado pelo cliente e pelo psicólogo: são corresponsáveis pelo trabalho desenvolvido;
- O cliente é um parceiro ativo e envolvido no trabalho de compreensão e eventual encaminhamento posterior;
- O psicólogo se afasta do lugar de técnico ou especialista detentor do saber e estabelece com o paciente uma relação de cooperação, em que a capacidade de ambas as partes, de observarem, aprenderem e compreenderem, constitui a base indispensável ao trabalho;
- Deslocamento do saber, uma outra postura ética em que não existe um saber dado a priori ou uma verdade a ser transmitida, mas uma construção conjunta de sentidos;
Gabarito: E