SóProvas


ID
4165597
Banca
FCC
Órgão
FCRIA-AP
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    1. A crônica no Brasil teve alguns autores de grande qualidade literária que também chegaram ao sucesso popular. João do Rio, Rubem Braga e Nelso Rodrigues logo vêm à mente. Depois deles, o grande cronista famoso do país é, claro, Luis Fernando Verissimo. Ele tem grande percepção para o comportamento social e suas mudanças e semelhanças no passar do tempo, revelando mais sobre a atual classe média brasileira em seus textos do que todos os ficcionistas vivos do país, somados. Seu intimismo não é nostálgico, é reflexivo; ele não precisa rir para que se perceba que está contando uma piada; e jamais deixa de dar sua opinião. Sobre suas influências, métodos e assuntos, ele fala na entrevista a seguir.

    2. Ivan Lessa diz que a crônica no Brasil tem uma tradição rica porque “somos bons no pinguepongue”. Você concorda? E por que somos bons no pinguepongue? Lessa diz que é porque “gostamos de falar de nós mesmos, contar a vida (íntima) para os outros... – Acho que a crônica pegou no Brasil pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público. Não existem tantos cronistas porque existia uma misteriosa predisposição no público pela crônica, acho que foram os bons cronistas que criaram o mercado.

    3. Você, na verdade, talvez seja o menos “confessional” dos cronistas brasileiros. Difícil vê-lo relatar que foi a tal lugar, com tal pessoa, num dia chuvoso etc. e tal. Por quê? – De certa maneira, o cronista é sempre seu assunto. A crônica não é lugar para objetividade, todos escrevem de acordo com seus preconceitos. Ser mais pessoal, mais coloquial, depende do estilo de cada um. Mas a gente está se confessando sempre.

    4. Há uma mescla de artigo e crônica nos seus textos, como se você estivesse interessado nas ideias, na reflexão sobre o comportamento humano, e ao mesmo tempo desconfiasse profundamente de generalizações e filosofices. Você é um pensador que “croniqueia” ou um cronista que filosofa? – Prefiro pensar que sou um cronista que às vezes tem teses, mas nunca vai buscá-las muito fundo. O negócio é pensar sobre as coisas, e tentar pensar bem, mas nunca esquecer que nada vai ficar gravado em pedra, ou fazer muita diferença.

    5. Você diz que o século XX foi o das “boas intenções derrotadas”. Também foi o século de Frank Sinatra, de Pelé... E o século das listas de melhores do século. Você faria uma lista das dez boas intenções vencedoras? – Este foi o século em que as melhores ideias foram derrotadas. Eu só livraria a escada rolante e o controle remoto.

(Adaptado de: PIZA, Daniel. Entrevista com Luís Fernando Verissimo. São Paulo: Contexto, São Paulo, 2004, ed. digital.) 

A crônica no Brasil teve alguns autores de grande qualidade literária que também chegaram ao sucesso popular. (1° parágrafo) ... pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público. (2° parágrafo)

Este foi o século em que as melhores ideias foram derrotadas. (5° parágrafo)


Os termos sublinhados acima referem-se respectivamente a: 

Alternativas
Comentários
  • A crônica no Brasil teve alguns autores de grande qualidade literária que também chegaram ao sucesso popular... 

    → O pronome relativo que retoma alguns autores e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva (sem vírgula.)

    Pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público.

    O pronome relativo que retoma bons cronistas e introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa (com vírgula).

    Este foi o século em que as melhores ideias foram derrotadas.

    → O pronome relativo que retoma século e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva (sem vírgula).

    GABARITO. D

  • GAB [D] AOS NÃO ASSINANTES .

    #ESTABILIDADESIM.

    #NÃOÀREFORMAADMINISTRATIVA.

    ''OS QUE PODENDO SE OMITIREM , SERÃO CÚMPLICES DA BARBÁRIE.''

  • GABARITO -D

    Olho de águia , meu parceiro... se liga:

     pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público. (2° parágrafo)

    Perceba uma coisa; Podemos trocar esse "que" por qual (ais) ... ele é um pronome relativo..

    Está exercendo a função de sujeito e tem como referente Bons cronistas..

    Se liga só no verbo no plural : Conquistaram ...

    Quem conquistou o público ?

    Bons cronistas conquistaram...

    Bons estudos!

  • só n entendi o "em que"

    mas a resposta já tava óbvia.

  • PC-PR 2021

  • GABARITO -D

    Olho de águia , meu parceiro... se liga:

     pelo acidente de aparecerem bons cronistas, como o Rubem Braga, que conquistaram o público. (2° parágrafo)

    Perceba uma coisa; Podemos trocar esse "que" por qual (ais) ... ele é um pronome relativo..

    Está exercendo a função de sujeito e tem como referente Bons cronistas..

    Se liga só no verbo no plural : Conquistaram ...

    Quem conquistou o público ?

    Bons cronistas conquistaram...

    Bons estudos!