SóProvas


ID
4169599
Banca
FUNCAB
Órgão
Prefeitura de Porto Velho - RO
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto para responder á questão.


Um chá maluco


        Em frente à casa havia uma mesa posta sob uma árvore, e a Lebre de Março e o Chapeleiro estavam tomando chá; entre eles estava sentado um Caxinguelê, que dormia a sono solto [...]

        Era uma mesa grande, mas os três estavam espremidos numa ponta. “Não há lugar! Não há lugar!”, gritaram ao ver Alice se aproximando. “Há lugar de sobra!”, disse Alice indignada, e sentou-se numa grande poltrona à cabeceira.

        [...]

        “Não foi muito polido de sua parte sentar-se sem ser convidada”, retrucou a Lebre de Março.

        “Não sabia que mesa era sua”, declarou Alice, “está posta para muito mais do que três pessoas.”

         “Seu cabelo está precisando de um corte”, disse o Chapeleiro. Fazia algum tempo que olhava para Alice com muita curiosidade e essas foram suas primeiras palavras.

         “Devia aprender a não fazer comentários pessoais”, disse Alice com alguma severidade; “é muito indelicado.

        ” O Chapeleiro arregalou os olhos ao ouvir isso, mas disse apenas: “Por que um corvo se parece com uma escrivaninha?”

         “Oba, vou me divertir um pouco agora!”, pensou Alice. “Que bom que tenham começado a propor adivinhações”. E acrescentou em voz alta: “acho que posso matar esta”.

         “Está sugerindo que pode achara resposta?”, perguntou a Lebre de Março.

        “Exatamente isso”, declarou Alice.

        “Então deveria dizer o que pensa”, a Lebre de Março continuou.

         “Eu digo”, Alice respondeu apressadamente; “pelo menos... pelo menos eu penso o que digo... é a mesma coisa, não?”

         “Nem de longe a mesma coisa!”, disse o Chapeleiro. “Seria como dizer que ‘vejo o que como’ é a mesma coisa que ‘como o que vejo’!”

         “Ou o mesmo que dizer”, acrescentou a Lebre de Março, “que ‘aprecio o que tenho’ é a mesma coisa que ‘tenho o que aprecio’!”

         “Ou o mesmo que dizer”, acrescentou o Caxinguelê, que parecia estar falando dormindo, “que ‘respiro quando durmo’ é a mesma coisa que ‘durmo quando respiro’!”

         “É a mesma coisa no seu caso”, disse o Chapeleiro, e nesse ponto a conversa arrefeceu e o grupo ficou sentado em silêncio por um minuto, enquanto Alice refletia sobre tudo de que conseguia se lembrar sobre corvos e escrivaninhas, o que não era muito.

         O Chapeleiro foi o primeiro a quebrar o silêncio. “Que dia do mês é hoje?”, disse, voltando-se para Alice. [...]

        Alice pensou um pouco e disse: “Dia quatro.”

         “Dois dias de atraso!”, suspirou o Chapeleiro. “Eu lhe disse que manteiga não ia fazer bem para o maquinismo”, acrescentou, olhando furioso para a Lebre de Março.

         “Era manteiga da melhor qualidade” , respondeu humildemente a Lebre de Março.

         “Sim, mas deve ter entrado um pouco de farelo”, o Chapeleiro rosnou. “Você não devia ter usado a faca de pão.

        ” A Lebre de Março pegou o relógio e contemplou-o melancolicamente . Depois mergulhou-o na sua xícara de chá, e fitou-o de novo. Mas não conseguiu encontrar nada melhor para dizer que seu primeiro comentário: “Era manteiga da melhor qualidade.” [...]

CARROL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002. p. 67-9. 

Considerado o contexto e transpondo-se para a voz passiva analítica o segmento “O Chapeleiro arregalou os olhos...” a forma resultante será:

Alternativas
Comentários
  • Voz passiva : o sujeito sofre a ação.

    a voz passiva divide-se em : passiva analítica e passiva sintética ou pronominal.

    gabarito: letra a

  • Posso está enganado, mas a letra E também está na Voz Passiva Analítica, no entanto o verbo está no Presente do Indicativo, enquanto o enunciado está no Pretérito Perfeito.

  • Observe como o sujeito (na voz ativa) transforma-se em agente da passiva (na voz passiva) e como o objeto direto (na voz ativa) transforma-se em sujeito (na voz passiva).

    Gab. A

  • GABARITO -A

    Zero drama..

    Na estrutura de uma voz passiva podemos ter:

    Analítica = Verbo (Ser ) + Verbo principal no Particípio ( Ado/ Ido )

    Sintética = VTD + SE

    ------------------------------------------------------------

    Conversão da voz ativa para a passiva analítica

    O Chapeleiro arregalou os olhos

    1º O OD transforma-se em sujeito paciente

    Os olhos

    2º Incluímos o verbo auxiliar " ser"

    Os olhos foram

    3º Jogamos o verbo para o particípio.

    Os olhos foram abertos

    4º O sujeito da ativa passa a ser o agente da passiva.

    Os olhos foram abertos pelo chapeleiro.

    -------------------------------------------------------------------

    Bora!!!!

  • Cuidado ao se transpor as vozes verbais em uma oração. 1. Se na Ativa tiver 1 Verbo, a Passiva terá 2. Se na Ativa tiver 2 Verbos, a Passiva terá 2 e Vice-Versa. 2. O tempo verbal não muda. Observe que as Alternativas "A" e "E" estão na Voz passiva analítica, mas a "E" está no Presente do Indicativo o que não está de acordo com o tempo verbal do enunciado (Pretérito Perfeito do Indicativo). Resposta: "A"
  • GABARITO: A

    Vozes Verbais: é a relação do sujeito com a ação do verbo na oração.

    Voz Passiva Analítica: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo. A estrutura é um verbo auxiliar acompanhado de um verbo principal no particípio e uma preposição (normalmente por, pelo).

    Os olhos foram arregalados pelo Chapeleiro.

    Sujeito Paciente: os olhos

    Verbo Auxiliar: foram

    Verbo Principal (particípio): arregalados

    Agente da Passiva: pelo Chapeleiro

  • A questão em tela versa sobre voz passiva, em especial precisamos encontrar qual alternativa faz correspondente mudança da frase em destaque para voz passiva analítica. Vejamos os conceitos:

    Voz passiva ocorre quando a ação expressa pelo verbo é recebida pelo sujeito: as vozes podem ser analíticas ou sintéticas.

     ➡Analítica: formada pelos verbos ser ou estar + particípio do verbo principal + agente da passiva: 

    ▪Agente da passiva é o termo da oração que, na voz passiva, designa o ser que pratica a ação recebida pelo sujeito. 

    Ex: Maria foi beijada por João.

    Maria (sujeito paciente) + foi (verbo ser) + beijada (verbo no particípio) + por João ( agente da passiva).

    ➡ Sintética: formada por verbo transitivo direto na terceira pessoa + se (pronome apassivador ou partícula apassivadora) + sujeito paciente: 

    Ex: Vende-se casas.

    Vende ( verbo transitivo direto) + se (pronome apassivador) + casas (sujeito paciente).

    Após vermos o conceito, iremos analisar cada assertiva a fim de encontrar uma perfeita transposição da voz passiva analítica. Analisemos:

    a) Correto.

     “Os olhos foram arregalados pelo Chapeleiro.”

    Temos aqui os olhos (sujeito paciente) + foram (ser) + arregalados (verbo no particípio ) + pelo chapeleiro ( agente da passiva), logo aqui tem uma voz passiva analítica.

    b) Incorreta.

    “Talvez o Chapeleiro arregalasse os olhos.”

    A voz continua sendo ativa, pois o sujeito é o “chapeleiro” e este pratica ação verbal.

    c) Incorreta.

    Arregalaram-se os olhos do Chapeleiro.”

    Mudou o sentido, dando a entender que alguém fez uma ação contra o chapeleiro. Outro erro, é que se tem aqui a voz passiva sintética, e não analítica.

    d) Incorreta.

    “Se os olhos fossem arregalados pelo Chapeleiro.”

    O tempo verbal foi mudado, pois na frase original o verbo está no pretérito perfeito do indicativo, já nesta, passou para o pretérito imperfeito do modo subjuntivo.

    e) Incorreta.

    São arregalados os olhos pelo Chapeleiro.”

    Na frase original, o verbo se encontra no pretérito perfeito do indicativo, contudo em "são arregalados" o verbo auxiliar impõe o tempo presente do indicativo. Isso invalida a alternativa.

    Gabarito do monitor: A