SóProvas


ID
4179337
Banca
FAU
Órgão
Prefeitura de Palmeira - PR
Ano
2015
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A barbárie, o medo e a comoção em um mundo mais perigoso
Amauri Segalla e Helena Borges

     Poucas horas depois dos atentados que mataram 129 pessoas em Paris, uma mulher parou diante da boate Bataclan, um dos palcos das atrocidades, retirou um bloco de anotações da bolsa e leu em voz alta um poema do inglês John Donne: “Quando um homem morre eu sou atingido, porque pertenço à humanidade. Jamais me pergunte por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti”. Seria difícil encontrar versos mais apropriados. O massacre perpetrado por terroristas do Estado Islâmico não atingiu apenas o coração da França. Ele lacerou toda a civilização. Por mais que a capital francesa tenha se tornado o alvo preferencial de um crescente número de extremistas, é a humanidade que se quer atingir. Os terroristas alvejaram quem não está em combate, aniquilaram os que não se envolveram com guerra alguma. Ao atirar a esmo, abatendo qualquer um, o EI acabou ferindo o mundo inteiro. A França não é uma escolha aleatória. Apesar de todas as suas imperfeições, ela encarna, em diversos aspectos, o que há de melhor nas sociedades desenvolvidas. Os franceses valorizam as liberdades civis, prezam a diversidade de religiões, respeitam o confronto de ideias. Com sua cólera sanguinária, o Estado Islâmico pretende destruir os preceitos que, desde o Iluminismo, subjugaram as trevas da era medieval. São essas trevas que os terroristas pretendem agora reavivar.
     A sociedade livre enfrentará, daqui por diante, uma longa, difícil e perigosa jornada. Na quinta-feira 19, os deputados franceses aprovaram, a pedido do presidente François Hollande, a ampliação do estado de emergência no país pelo prazo de três meses. A medida ainda precisa passar pelo Senado. Na prática, isso pode implicar em uma série de reduções de liberdades individuais, com o fechamento de pontos turísticos, a imposição de toques de recolher e a restrição à circulação de veículos por determinadas áreas. O estado de emergência não é previsto na Constituição francesa, mas foi criado por uma lei aprovada em 1955, durante a luta dos argelinos pela independência. O ponto mais polêmico é que ela permite a realização de prisões administrativas e buscas sem mandado judicial. Até a quarta-feira, ao menos 130 operações desse tipo haviam sido feitas.
(...) 

Adaptado de http://www.istoe.com.br/reportagens/441123_A+ BARBARIE+O+MEDO+E+A+COMOCAO+EM+UM +MUNDO+MAIS+PERIGOSO

No período, a seguir “O estado de emergência não é previsto na Constituição francesa, mas foi criado por uma lei aprovada em 1955, durante a luta dos argelinos pela independência.”, a oração sublinhada classifica-se como:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO -E

    As orações podem ser divididas em Subordinadas ou Coordenadas.

    As subordinadas mantém uma relação de dependência, melhor dizendo: A subordinação trata da relação de dependência entre termos e orações.No caso da subordinação, percebemos que uma oração está “presa” à outra, porque uma delas (chamada de subordinada) completa a estrutura sintática da outra (chamada de principal), ou simplesmente depende da outra (da principal) para ampliar a sua estrutura.

    Um exemplo: É necessário que vc venha.

    Ao dizer somente " é necessário" .. o sentido é incompleto e vc provavelmente perguntará o quê ?

    As subordinadas dividem se :

    Substantivas / Adjetivas / Adverbiais.

    As substantivas são introduzidas por conjunções integrantes: Troque o que ou se por " isso".

    Podem exercer função de sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, aposto ou complemento nominal.

    As Adjetivas são introduzidas por pronomes relativos. Trocamos o ( Geralmente ) o que ou se por "qual (ais)".

    -----

    O processo inverso acontece na Coordenação em que há relação de independência entre termos e orações.

    Ex: João trabalha e Marcos estuda.

    É justamente o que acontece com o nosso período:

    ---------------------------------------------------

    O estado de emergência não é previsto na Constituição francesa, mas foi criado por uma lei aprovada em 1955, durante a luta dos argelinos pela independência.”

    -------------------------------------------

    As orações coordenadas podem ser :

    Sindéticas : Com conjunções

    Assindéticas : Sem conjunções.

    Temos uma coordenada sindética adversativa introduzida pela conjunção "mas ".

    -------------------------------------------

    Fontes: José Maria, orações.

    Pestana.

  •  “O estado de emergência não é previsto na Constituição francesa, mas foi criado por uma lei aprovada em 1955, durante a luta dos argelinos pela independência.”

    Nossa amiga : conjunção coordenativa adversativa "mas". Traz consigo a ideia de adversidade

    Portanto, gabarito E

  • A sacanagem é que a ultima parte não é oração.

  • Assertiva E

    Oração coordenada sindética adversativa

  • → As orações coordenadas são independentes e podem ser arroladas em sindéticas (prendem-se às demais por conjunção coordenativa) e assindéticas (estão justapostas, ou seja, apõem-se a outras sem intermédio de conectivo);

     → As orações subordinadas são dependentes e exercem função sintáticas. Desdobram-se em adjetivas (função sintática de adjunto adnominal), adverbiais (função sintática de adjunto adverbial) substantivas (múltiplas funções sintáticas, p.ex. sujeito, complemento nominal, predicado, objeto, etc.).

     “O estado de emergência não é previsto na Constituição francesa, mas foi criado por uma lei aprovada em 1955, durante a luta dos argelinos pela independência.”

    Todo o segmento sublinhado denota o contraste à oração coordenada assindética que a antepõe. Logo, classifica-se em oração coordenada sindética adversativa.

    a) Oração subordinada substantiva objetiva direta.

    Incorreto. Inexiste relação de subordinação entre as orações;

    b) Oração subordinada substantiva objetiva indireta.

    Incorreto. Inexiste relação de subordinação entre as orações;

    c) Oração coordenada sindética alternativa.

    Incorreto. Embora haja oração coordenada, seu sentido não é alternativa. Ex.: "Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo." (Machado de Assis)

    d) Oração coordenada sindética aditiva.

    Incorreto. Embora haja oração coordenada, seu sentido não é aditivo. Ex: A doença vem a cavalo e volta a pé.

    e) Oração coordenada sindética adversativa

    Correto. Veja o detalhamento inicial.

    Letra E

  • [GABARITO: LETRA E]

    CONJUNÇÕES COORDENATIVAS

    São aquelas que ligam orações de sentido completo e independente ou termos da oração que têm a mesma função gramatical. Subdividem-se em:

    1) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda. Por exemplo:

    Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.

    2) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Por exemplo:

    Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.

    3) Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. Por exemplo:

    Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

    4) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por conseguinte, por isso, assim. Por exemplo:

    Marta estava bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.

    5) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. Por exemplo:

    Não demore, que o filme já vai começar.

    Saiba que:

    a) As conjunções "E"," ANTES", "AGORA"," QUANDO" são adversativas quando equivalem a "mas". Por exemplo:

    Carlos fala, e não faz. | O bom educador não proíbe, antes orienta.

    Sou muito bom; agora, bobo não sou. | Foram mal na prova, quando poderiam ter ido muito bem.

    b) "Senão" é conjunção adversativa quando equivale a "MAS SIM". Por exemplo:

    Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por capacidade.

    c) Das conjunções adversativas, "MAS" deve ser empregada sempre no início da oraçãoas outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio. Por exemplo:

    Ninguém respondeu à pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.

    Ninguém respondeu à pergunta; os alunos, porém, sabiam a resposta.

    d) A palavra "POIS", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente após um ou mais termos da oração a que pertence. Por exemplo:

    Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus ataques.

    Quando é conjunção explicativa, "pois" vem, geralmente, após um verbo no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. Por exemplo:

    Não tenha receio, pois eu a protegerei.

    SÓ PORTUGUÊS.

  • gab E

    "NÃO PARE ATÉ QUE TENHA TERMINADO AQUILO QUE TU COMEÇOU! LEMBRE-SE, TU NÃO PODE DESISTIR"

    Baltasar Gracian