Alternativas
No começo do século passado, a economia mundial se dividia entre países ricos e países atrasados. Os ricos eram os mesmos que hoje formam o G-7 (EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão), mais alguns da Europa ocidental, como Áustria, Holanda, Bélgica, Espanha e Portugal.
A Rússia dos czares estava se acabando naquela época e ninguém sabia o que viriam a ser. Hoje, aderiu ao G-7 - é o "oitavo dos sete", diz a piada. O Japão apenas colhia os primeiros resultados da Restauração Meiji - essa, sim, uma revolução que arrancou o país da sua Idade Média e abriu caminho para o que ele é hoje.
O resto era, então, o resto. Países "atrasados", ou países pobres, que não tinham lugar no pôquer internacional. O Brasil entre eles, com sua iniciante e desorganizada República.
Mais adiante, já depois da 2ª Guerra Mundial, os atrasados começaram a ser chamados de países "de desenvolvimento médio"; os pobres, de "subdesenvolvidos"; e os ricos, de "plenamente desenvolvidos".
Palavrório diplomático para distinguir os que ditam as cartas daqueles que não ditam nada. Mais recentemente ainda, um grupo dos "de desenvolvimento médio" passou a ser chamado de "emergentes".