SóProvas


ID
4829890
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Morro Agudo - SP
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Conquista ameaçada

   A combinação de desleixo com orgulho ignorante está causando avarias numa das grandes façanhas da humanidade, que é o controle de doenças através da vacinação. Em 2019, o sarampo, que já foi citado por autoridades sanitárias como moléstia passível de erradicação, ressurgiu com força em várias partes do mundo. Quedas na cobertura vacinal, em parte por preguiça, em parte por militância religiosa/ ideológica, são o principal motivo.

    Pior, especialistas já temem que algo semelhante ocorra com a poliomielite. Essa doença, que já esteve muito perto de ser eliminada (em 2017 registraram-se apenas 22 casos em todo o mundo), pode reaparecer em qualquer comunidade que tenha um número suficientemente grande de crianças não imunizadas.

    É estranha a nossa relação psicológica com as vacinas. Elas, ao lado do saneamento básico, compõem os dois conjuntos de medidas que mais fizeram para reduzir a carga de doenças e morte que sempre afligiram nossa espécie, mas temos enorme dificuldade para reconhecer isso.

    O caso mais emblemático talvez seja o de Maurice Hilleman. Poucos leitores terão ouvido falar desse cientista americano, mas ele é provavelmente a pessoa que mais salvou vidas no planeta. Hilleman, morto em 2005, desenvolveu mais de 40 vacinas, incluindo a tríplice viral ou MMR, usada contra o sarampo, e outras oito que fazem parte da maioria dos programas de vacinação infantil do mundo.

   Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade. Seus pares sempre o reconheceram como um gigante, mas, num movimento que espelha bem nossa relação meio esquisita com as vacinas, seu nome é quase ignorado do público não especializado. Pior, em vez de ganhar um ou dois prêmios Nobel, aos quais decerto fez jus, o que recebeu foram mensagens de ódio e até ameaças depois que a “fake news” de que a MMR causava autismo ganhou corações e mentes no final dos anos 90.

(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 22.09.2019)

Considere a seguinte passagem:

Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade. Seus pares sempre o reconheceram como um gigante ...


A relação de sentido entre as orações dessa passagem é de

Alternativas
Comentários
  • Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade. Seus pares sempre o reconheceram como um gigante ...

    → Temos dois períodos sendo que o segundo mantêm um valor de explicação em relação ao que é dito no primeiro sendo possível adicionar a conjunção coordenativa aditiva pois sem nenhum problema.

    GABARITO. D

  • Correta, D

    "Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade, pois seus pares sempre o reconheceram como um gigante".

    "Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade, visto que seus pares sempre o reconheceram como um gigante".

    "Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade, porque seus pares sempre o reconheceram como um gigante".

  • Fiquei na dúvida entre a alternativa A e a D....

  • Pois (antes) - verbo = explicação. (Porque)

    verbo - Pois (depois) = conclusão. (Então, Portanto)

  • Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade.(pois) Seus pares sempre o reconheceram como um gigante ...

    conjunção

    (Explicativa) Porque, visto que, já que: leve um guarda-chuva, pois o tempo está fechado.

  • Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade. (porque) Seus pares sempre o reconheceram como um gigante ...

    GABARITO -> [D]

  • Seus pares sempre o reconheceram como um gigante ..."pois" Seria um exagero dizer que Hilleman morreu na obscuridade

    "pois" antes de verbo é explicativa.

    Ex. Todos devem gratidão a Deus, pois deu seu Filho para morrer por nós.

    "pois" depois de verbo, é conclusiva. Se entre virgulas, ou no final da oração, após vírgula = portanto.

    Ex. Devemos, pois, levar em conta o sacrifício feito por Jesus.

  • Já começa dizendo que havia uma exagero. Na segunda parte, ele apenas explica. Só colocar um POIS, após vírgula, que você enxergará.

  • Jamais poderia ser explicativa, porque o "pois" não poderia ser substituído pelo "que" nem a principal é uma oração imperativa; ou seja, todos os bizus dizem o contrário. O "pois" é indevido, por se tratar de uma CAUSAL.
  • Explicativas = explicação é o mesmo que justificativa ou dizer o mesmo com outras palavras

    porque, pois(anteposto ao verbo = inicio da oração), porquanto, que, ou seja

    venha para casa , pois está começando a chover

    OBS: Oração anterior a maioria vem com verbo no imperativo.

  • O "como" introduzir ideia de conformidade. (conforme)

  • Ele faz uma afirmação na oração anterior e dps explica na seguinte.