SóProvas


ID
4840150
Banca
IBADE
Órgão
Prefeitura de Jaru - RO
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

BRASIL NO PROJETO EHT


    A primeira imagem de um buraco negro está circulando pelo mundo já faz uma semana. Esse feito só foi possível a partir de uma combinação de sinais capturados por oito radiotelescópios e montada com a ajuda de um "telescópio virtual" criado por algoritmos. Mais de 200 cientistas de diferentes nacionalidades, que participaram do avanço científico, fazem parte do projeto Event Horizont Telescope (EHT). 

    Entre eles, está o nome da brasileira Lia Medeiros, de 28 anos, que se mudou na infância para os Estados Unidos, onde acaba de defender sua tese de doutorado (conhecida lá fora como PhD) pela Universidade do Arizona. Filha de um professor de Aeronáutica da Universidade de São Paulo (USP), afirmou, em entrevista ao G1, que cresceu perto de pesquisas científicas. Ela também precisou usar inglês e português nos vários lugares em que morou e, por isso, viu na matemática uma linguagem que não mudava.

    Especializada em testar as teorias da física nas condições extremas do espaço, Lia encontrou no EHT o projeto ideal para o seu trabalho. Ela atuou tanto na equipe que realizou as simulações teóricas quanto em um dos quatro times do grupo de imagens. Os pesquisadores usaram diferentes algoritmos para ter os pedaços da imagem do buraco negro captados pelos sinais dos radiotelescópios e preencher os espaços vazios para completar a "fotografia".

    O feito de Lia recebeu destaque no site da Universidade do Arizona, que listou o trabalho no projeto de mais de 20 estudantes da instituição, começando pela brasileira. Segundo a pesquisadora, embora os resultados do projeto EHT tenham sido obtidos graças ao trabalho de mais de tantas pessoas, o foco que as mulheres participantes do projeto receberam é positivo para mudar o estereótipo de quem pode e deve ser cientista.


Como você se envolveu com ciência e, mais especificamente, com a astronomia?


    Meu pai é professor universitário e cresci perto da pesquisa científica. Decidi que queria fazer um PhD desde cedo, mesmo antes de saber o que queria estudar. Mudei muito durante a minha vida e troquei de línguas entre português e inglês três vezes até os 10 anos. Quando era criança, percebi que, mesmo que a leitura e a escrita fossem completamente diferentes em países diferentes, a matemática era sempre a mesma. Ela parecia ser uma verdade mais profunda, como se fosse de alguma forma mais universal que as outras matérias. Mergulhei na matemática e amei.

    No ensino médio, estudei física, cálculo e astronomia ao mesmo tempo e, finalmente, entendi o real significado da matemática. Fiquei maravilhada e atônita que nós, seres humanos, conseguimos criar uma linguagem, a matemática, que não é só capaz de descrever o universo, mas pode inclusive ser usada para fazer previsões.

    Fiquei especialmente maravilhada pelos buracos negros e a teoria da relatividade geral. Decidi então que queria entender os buracos negros, que precisava entender os buracos negros. Lembro que perguntei a um professor qual curso eu precisava estudar na faculdade para trabalhar com buracos negros. Ele disse que provavelmente daria certo com física ou astronomia. Então eu fiz as duas. 


E como você se envolveu com o projeto do EHT? 


    Meus interesses de pesquisa estão focados no uso de objetos e fenômenos astronômicos para testar os fundamentos das teorias da física. Eu vejo a astronomia como um laboratório onde podemos testar teorias nos cenários mais extremos que você possa imaginar. O EHT era o projeto perfeito para isso, porque as observações dele sondam a física gravitacional no regime dos campos de força em maneiras que ainda não tinham sido feitas antes. (...)

    Tenho dedicado uma porcentagem significativa do meu tempo, durante meus estudos, em tentar expandir a representação das mulheres na ciência, especificamente focando em dar às meninas jovens exemplos positivos nos modelos femininos na STEM [sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharia e matemática]. Por exemplo, frequentemente visito escolas de ensino médio e outros locais para dar palestras públicas.

    Na minha opinião, reconhecer que muitas mulheres estão envolvidas nesse resultado pode ser muito benéfico para mudar o estereótipo de quem pode e deve ser cientista. É importante que garotas e jovens mulheres saibam que essa é uma opção para elas, e que não estarão sozinhas se optarem por uma carreira científica. 

https://gazetaweb.globo.com

Em “Fiquei ESPECIALMENTE maravilhada pelos buracos negros.”, a palavra destacada foi formada pelo mesmo processo que:

Alternativas
Comentários
  • Derivação Sufixal: Sufixo -ente

    LETRA A

    B) Derivação prefixal: Prefixo ambi (Duplo)

    C) Composição por justaposição: mal/me/quer

    D) Derivação Sufixal: Sufixo -ade

    E) Derivação parassintética: En-Caderno-Ar. Não existe Encaderno e nem Cadernar

  • GABARITO: LETRA A

    → especialmente → especial + sufixo -MENTE → derivação sufixal (é o que procuramos):

    a) estudante → estudo + sufixo -ante (denotativo de de ação) → derivação sufixal e o nosso gabarito;

    b) ambidestro → prefixo -ambi → derivação prefixal;

    c) malmequer → composição por justaposição, junção de elementos sem que nenhum perdeu alguma parte: mal+me+quer.

    d) incapacidade → acréscimo do prefixo -in → derivação prefixal.

    e) encadernar → derivação parassintética → acréscimo de prefixo (en) + sufixo (ar) → nenhum dos dois elementos pode ser retirado, levando a uma palavra inexistente: cadernar ou encarder.

    FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☻

  • obs:

    A palavra “incapacidade” deriva de um processo de formação prefixal e sufixal, já que existem ambas as formas “incapaz” e “capacidade.

    Fonte: Flávia Rita

  • GABARITO: LETRA A

    ESPECIALMENTE - ESTUDANTE

    Pelo acréscimo de um sufixo (após a raiz da palavra). Chamaremos de derivação SUFIXAL.

    Formalmente, fazimento, felizmente, mocidade, teísmo.

    COMPLEMENTANDO:

    PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

    Há dois processos mais fortes (presentes) na formação de palavras em Língua Portuguesa: a composição e a derivação. Vejamos suas principais características.

    Composição: é muito mais uma criação de vocábulo. Pode ocorrer por:

    *Justaposição (sem perda de elementos):

    Guarda-chuva, girassol, arranha-céu, passatempo, guarda-noturno, flor-de-lis.

    *Aglutinação (com perda de elementos):

    Embora (em + boa + hora) | Fidalgo (filho de algo) | Aguardente (agua + ardente).

    Hibridismo: consiste na união de radicais oriundos de línguas distintas:

    Alcoômetro – Álcool (árabe) + metro (grego) | Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego).

    Derivação: é muito mais uma transformação no vocábulo, não se trata necessariamente da criação de uma palavra nova. Ela pode ocorrer das seguintes maneiras:

    Pelo acréscimo de um prefixo (antes da raiz da palavra). Chamaremos de derivação PREFIXAL.

    Reforma, anfiteatro, desfazer, reescrever, ateu, infeliz.

    Pelo acréscimo de um sufixo (após a raiz da palavra). Chamaremos de derivação SUFIXAL.

    Formalmente, fazimento, felizmente, mocidade, teísmo.

    Pelo acréscimo de um sufixo e de um prefixo ao mesmo tempo (com possibilidade de remoção).

    Chamaremos de derivação PREFIXAL E SUFIXAL.

    Infelizmenteateísmodesordenamento.

    Pelo acréscimo simultâneo e irremovível de prefixo e sufixo. É o que se convencionou chamar de PARASSÍNTESE ou DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA.

    Avermelhadoanoiteceremudeceramanhecer.

    Pela regressão de uma forma verbal. É o que chamaremos de derivação regressiva ou deverbal: advinda de um verbo. Essa derivação usualmente dá origem a substantivos abstratos.

    Abalo (proveniente do verbo “abalar”) | Agito (proveniente do verbo “agitar”).

    Luta (proveniente do verbo “lutar”) | Fuga (proveniente do verbo “fugir”).

    Pelo processo de alteração classe gramatical. Convencionalmente chamada de CONVERSÃO OU “DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA”.

    jantar – “jantar” é um verbo, mas aqui foi transformado em substantivo.

    Um não – “não” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    O seu sim – “sim” é um advérbio, mas foi transformado em substantivo.

    Estrangeirismo:

    Pode-se entender como um tipo de empréstimo linguístico. Ele pode ocorrer de duas maneiras:

    *Com aportuguesamento: abajur (do francês "abat-jour"), algodão (do árabe "al-qutun"), lanche (do inglês "lunch") etc.

    *Sem aportuguesamento: networking, software, pizza, show, shopping etc.

    RESUMO RETIRADO DE AULA DO PROFº PABLO JAMILK.

  • GABARITO -A

    Especialmente

    Há uma derivação sufixal , leia-se: Um afixo após a palavra...

    a) estudante.

    Derivação sufixal

    ______________

    b) ambidestro.

    Derivação prefixal

    ______________

    c) malmequer.

    Composição por Justaposição - União de dois radicais conservando a sua integridade.

    Ex: malmequer, beija-flor, segunda-feira, passatempo, peixe-espada.

    _____________

    d) incapacidade- Derivação prefixal e sufixal

    “incapacidade” deriva de um processo de formação prefixal e sufixal, já que existem ambas as formas “incapaz” e “capacidade”.

    ___________

    e) encadernar.- derivação parassintética

    A retirada de um dos afixos torna a apalavra inexistente na língua.

    Cadernar não existe.

    _____________

    Bons estudos!

  • Gabarito: A.

    A palavra em destaque é formada através derivação sufixal, senão vejamos:

    Especial (radical) + mente (sufixo).

    O sufixo nada mais é que o afixo colocado após o radical; se posto antes dele, será chamado de prefixo.

    Vamos analisar as alternativas:

    A - temos uma palavra formada por derivação sufixal:

    Estudante = estud (radical) + ante (sufixo).

    B - temos uma palavra formada por derivação prefixal:

    Ambidestro = ambi (prefixo) + destro (radical).

    C - temos uma palavra formada por composição por justaposição, tendo um vista que existem três radicais diferentes justapostos, ou seja, juntos para formar uma única palavra:

    Malmequer = mal (advérbio) (radical) + me (pronome pessoal oblíquo) (radical) + quer (verbo) (radical).

    D - discordando de alguns colegas, acredito que há uma palavra formada através de derivação prefixal e sufixal:

    Incapacidade = in (prefixo) + capac (radical) + i (vogal de ligação) + dade (sufixo).

    Diferentemente dos outros exemplos, aqui é necessária, por questões fonéticas derivadas da arbitrariedade da língua, duas modificações: a) uma no radical, trocando-se o "z" da palavra originária "capaz" por "c"; b) outra, através da inclusão da vogal de ligação "i" entre o radical e o sufixo. Dessa forma, como é possível destacar duas palavras autônomas da palavra incapacidade, isto é, "incapaz" e "capacidade", temos a derivação prefixal e sufixal, porque, do contrário, estaríamos diante de uma parassíntese (que, geralmente, forma verbos).

    E - Estamos diante de uma palavra formada por derivação parassintética, conforme comentário da alternativa D.