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ID
4858504
Banca
FUNCERN
Órgão
Prefeitura de Apodi - RN
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A (in)segurança pública e os reflexos na sociedade

José Ricardo Bandeira

    A cada dia que passa os cidadãos das grandes cidades e capitais brasileiras são obrigados a conviver com a explosão de violência e criminalidade que assola o país. Balas perdidas, arrastões, roubos e homicídios já não são surpresas em uma nação que tem a incrível taxa de mais de 60 mil assassinatos por ano.
    E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.
    A saber, nas últimas décadas, tornou-se prática obrigatória no Brasil combater a criminalidade por meio do enfrentamento policial em detrimento de muitas outras medidas racionais e científicas que poderiam trazer resultados sólidos.
    Em uma caixa chamada segurança pública, onde existem diversas outras alternativas, a polícia é única e tão somente uma das ferramentas no combate à criminalidade.
    Apenas para ilustrar como os nossos governantes priorizam o enfrentamento policial, a primeira grande operação no Brasil ocorreu no dia 21 de março de 1963 na “comunidade da favela”, hoje conhecida como morro da Providência, no Rio. Com o apoio de um helicóptero, cerca de 500 policiais cercaram a comunidade e fizeram 200 presos. Daí por diante, essa foi a política de segurança implementada por praticamente todos os governadores do Brasil.
    Entretanto, ao priorizar o enfrentamento policial, os efeitos colaterais são inevitáveis. Há morte de inocentes, caos e transtornos nas grandes cidades e prejuízos ao comércio e turismo, além de graves sequelas psicológicas provocadas naqueles que vivenciam a violência diariamente.
    A segurança pública é uma ciência e, como tal, deve ser tratada e conduzida. Logo, a forma mais eficiente de lidar com a violência nas grandes cidades é por meio de investimento em inteligência, impedindo que drogas, armas e munições cheguem às comunidades dominadas pelo tráfico de drogas e pelas organizações criminosas. Asfixia-se, assim, suas ações e corta-se seus recursos — sem drogas, armas e munições, o crime naturalmente sucumbe.
    Todavia, nesse critério, o governo federal sempre foi o grande vilão da segurança pública, pois nunca impediu que drogas, armas e munições atravessassem fronteiras, percorressem estradas, portos e aeroportos e chegassem às comunidades.
    Em paralelo à aplicação das medidas de inteligência, é necessário também um grande projeto de geração de emprego e renda em substituição ao dinheiro gerado pela narcoeconomia que circula nas comunidades. Infelizmente, enquanto tais medidas não forem implementadas, continuaremos a velha política de enfrentamento e com a triste classificação de termos a polícia que mais mata e que mais morre no mundo.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2019

E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.

Sobre os verbos em destaque, é correto afirmar: 

Alternativas
Comentários
  • UÉ???????

  • Se a banca examinadora começar com "FUN" em seu nome, saiba que não virá coisa boa.

  • Quem criou essa questão certeza que estava bêbado na hora

  • E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, *repetem* as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito. 

    Sobre os verbos em destaque, é correto afirmar:

    QCONCURSO FALTOU COLOCAR EM NEGRITO O VERBO REPETEM.

  • o verbo REPETEM deveria estar destacado.

  • Ignorando o erro....

    E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente, exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir.

    I) Os dois primeiros referem -se = muitos políticos

    Mas, assim como os anteriores, repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.

    II) O que não surtiu efeitos ?

    As mesmas práticas!

  • Que questão! Percebo apenas três verbos destacados...

    :(

  • Os dois primeiros se referem aos políticos.

    O último se refere a prática.

    Não sei onde eles estão vendo esses 3 primeiros ou 3 últimos. Não há mais de 3 verbos destacados.

  • vamos A questão!

    E, nessa esteira de violência, muitos políticos são eleitos. Infelizmente,Eles exploram a bandeira da repressão — a exemplo das últimas eleições — com um discurso muitas vezes demagógico e sem profundidade. Eles Falam coisas que o cidadão cansado e acuado espera ouvir. Mas, assim como os anteriores, Eles Repetem as mesmas práticas de combate à criminalidade, que, por evidentes razões, não surtiram efeito.o que não surtiram efeito? "As mesmas práticas." Sujeito diferente das demais... todos os pronomes: Plural "Eles" está retomando "muitos políticos". Foi preferível usar a figura de linguagem chamado Zeugma, pra evitar repetição de "muitos políticos..." E eles foram substituídos pelo o pronome oculto: "eles." (Gab D)