A) O sucesso ocorrerá se o público quiser.
→ Conjunção subordinativa adverbial condicional.
B) Nunca soube se era verdade ou não.
→ Nunca soube isso, o se é classificado como conjunção subordinativa integrante.
C) Cobravam-se juros extorsivos.
→ Juros eram cobrados, partícula apassivadora.
D) Morre-se de fome por aqui.
→Verbo intransitivo mais se, temos índice de indeterminação do sujeito.
GABARITO. A
A questão é sobre a palavra "se" e quer saber em qual das alternativas abaixo ela funciona como conjunção integrante. Vejamos:
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A) O sucesso ocorrerá se o público quiser.
Errado. "Se", nesse caso, é conjunção subordinativa condicional (se = caso, desde que...)
Conjunções subordinativas condicionais: têm valor semântico de condição, pré-requisito, algo supostamente esperado...
São elas: se, caso, desde que, contanto que, exceto se, salvo se, a menos que, a não ser que, dado que...
Ex.: Se você estudar muito, passará no concurso.
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B) Nunca soube se era verdade ou não.
Certo. "Se", nesse caso, é conjunção integrante e equivale a "isso": Nunca soube "ISSO" (se era verdade ou não)
Conjunção integrante: introduz oração subordinada substantiva. As conjunções integrantes são representadas pelas conjunções "QUE" e "SE”. A oração pode ser trocada por "isso, nisso, disso". Ex.: Necessito de que me ajude. (= Necessito disso).
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"QUE" pronome relativo equivale a O(A) (S) QUAL (IS) Ex.: O livro que eu li é ruim. (que = O QUAL)
"QUE" conjunção integrante equivale a ISSO / ESSE (A) Ex.: Estou certo de que você passará nas provas. (= Estou certo DISSO)
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C) Cobravam-se juros extorsivos.
Errado. "Se", nesse caso, é partícula apassivadora: juros extorsivos eram cobrados.
Partícula apassivadora: também chamada de pronome apassivador, liga-se a verbo que pede objeto direto, tornando a oração passiva. Ex.: Vendem-se casas. ("SE" é partícula apassivadora e "casas" é o sujeito = "Casas são vendidas)
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D) Morre-se de fome por aqui.
Errado. "Se", nesse caso, é índice de indeterminação do sujeito.
Índice de indeterminação do sujeito: vem sempre ligada a VTI, VI ou VL (na 3ª pessoa do singular), tornando o sujeito indeterminado. Ex.: Precisa-se de bons professores. (VTI) / Trabalha-se durante o dia. (VI) / Está-se feliz aqui. (VL)
* Obs.: Nesse caso, não é possível a conversão para a voz passiva analítica. (Não dá pra ser "De bons professores é precisado)
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Referência: CEGALLA, Domingos Pascoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 48.ª edição, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2008.
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Gabarito: Letra B