A temática presente se refere ao tipo de oração subordinada adverbial. Essas orações exercem o papel de adjuntos adverbiais e podem ser arroladas nas seguintes classes:
→ Causais (exprimem causa). Ex.: "Maximiano temera que o coronel o agredisse, de tão violento que ficara." (Jorge Amado)
→ Comparativas (exprimem comparação). Ex.:"A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro." (Marquês de Maricá);
→ Concessivas (exprimem um fato que se concede, permite-se). Ex.: "Nem que a gente quisesse, conseguiria esquecer." (Otto Lara Resende)
→ Condicionais (exprimem condição). Ex.: "Que diria o pai se soubesse disso?" (Carlos Drummond de Andrade)
→ Conformativas (exprimem acordo ou conformidade). Ex.: "Digo essas coisas por alto, segundo as ouvi narrar anos depois." (Machado de Assis)
→ Consecutivas (exprimem consequência, efeito ou resultado). Ex.: "A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos." (José J. Viega)
→ Finais (exprimem finalidade, objetivo). Ex.: "O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos." (Marquês de Maricá)
→ Proporcionais (denotam proporcionalidade). Ex.: À medida que se vive, mais se aprende.
→ Temporais (indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na oração principal). Ex.: “Quando os tiranos caem, os povos se levantam.” (Marquês de Maricá)
Inspecionemos o período oferecido:
“Ainda que ela se esforce, não vai ter sucesso.”
A primeira oração, sublinhada acima, classifica-se em oração subordinada adverbial concessiva, porque exprime um fato que se concede, permite-se. A locução "ainda que" tem como sinônimos embora, não obstante, em que pese, posto que, etc.
Letra C