De acordo com o FBI, uma crise terá as seguintes características:
Veremos a seguir cada uma dessas características detalhadamente:
Imprevisibilidade: esta característica não figura obrigatoriamente associada a todos os tipos de crise, pois há eventos críticos que são previsíveis como, por exemplo, rebelião em presídios, manifestações populares violentas, a ocorrência de fenômenos naturais catastróficos. Porém, é recorrente às autoridades serem surpreendidas pela deflagração de uma crise sem que haja tempo para minimizar seus impactos, nem preparação para enfrentá-la.
A imprevisibilidade da eclosão de uma crise com a tomada de reféns, que comumente acorre em estabelecimentos penais ou assaltos, determina até com certa imperiosidade que policiais tenham conhecimento básico de gerenciar e negociar, pois, a partir do momento que uma autoridade policial toma conhecimento da eclosão de uma crise, deve-se iniciar o processo de gerenciamento.
Ameaça à vida: entre as características da crise, a ameaça à vida é a que mais demanda preocupação das agências de aplicação da lei em relação ao seu preparo para administrar eventos críticos, ainda que a vida em risco seja do próprio perpetrador da crise, seja ele um suicida ou um criminoso de alta periculosidade. Conforme consta a doutrina do FBI, por exemplo, se uma pessoa ameaça se jogar do alto de um prédio, buscando o suicídio, essa ação é configurada como uma crise, ainda que inexistam outras vidas em perigo.
Compressão do tempo: é outra característica que configura uma crise, exigindo velocidade de raciocínio, autocontrole e conhecimento técnico-profissional do administrador de crises. Quando se trata de crises provocadas por tomadores de reféns, sequestradores ou terroristas, a compressão de tempo é uma das armas utilizadas pelos perpetradores para pressionar as autoridades a fim de alcançar seus objetivos.
Fonte: Brasil Escola
"Abraços"