SóProvas


ID
4913437
Banca
UNESPAR
Órgão
Prefeitura de Pinhais - PR
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Café pode causar enxaqueca, revela estudo


Especialistas acreditam que a cafeína ajuda a bloquear uma molécula considerada um dos gatilhos da enxaqueca. O novo estudo, porém, mostra o contrário


O café é a segunda bebida mais consumida pelos brasileiros, depois da água. No entanto, para aqueles que sofrem com enxaqueca, a bebida pode representar um problema: estudo indica que tomar três xícaras de café por dia pode desencadear as terríveis dores de cabeça. A pesquisa, publicada no periódico American Journal of Medicine, revela que outras bebidas cafeinadas, como energéticos, refrigerantes e até mesmo chás, também podem desencadear enxaqueca.

Os pesquisadores ainda descobriram que para aqueles cujo consumo não é frequente, a crise pode ser deflagrada por quantidades ainda menores, como uma ou duas xícaras de café ou de bebidas com cafeína. Outra descoberta aponta que a abstinência da cafeína também é um fator que interfere na enxaqueca, sendo responsável por causar dores de cabeças em indivíduos que consomem muito café ou bebidas cafeinadas e param de ingerir repentinamente.

Os novos resultados podem colocar em dúvida a crença de que o café é uma forma de minimizar os sintomas da doença. Alguns especialistas acreditam que a cafeína ajuda a bloquear a adenosina – molécula considerada um dos gatilhos da enxaqueca. Muitos medicamentos vendidos sem receita também têm cafeína na lista de ingredientes. No entanto, o novo estudo mostra que algumas pessoas podem ter crises no dia seguinte à ingestão do café, por exemplo. Isso sugere que, em alguns casos, a bebida é mais a causa do que o tratamento da doença.

“A complexidade da cafeína reside no fato de que às vezes ela é prejudicial e às vezes é benéfica. Isso está relacionado à dose e frequência diárias”, explicou Elizabeth Mostofsky, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, nos Estados Unidos, à revista americana Time


O estudo


Para chegar a esses resultados, os pesquisadores analisaram dados de 98 pessoas – em sua maioria mulheres – que sofriam de duas a 15 crises de enxaqueca por mês. Durante seis semanas, os participantes responderam a dois questionários por dia sobre consumo de café, além da prática de outras atividades desencadeantes da doença (consumo de álcool, estado menstrual, clima, exercício físico e humor). Os voluntários ainda descreveram os sintomas da enxaqueca que sofreram durante o período do estudo e de que forma trataram. Também foram coletados histórico médico e demográfico.

Ao final do acompanhamento, a equipe analisou os dados, considerando os fatores de risco para enxaqueca. A análise mostrou que o consumo de três xícaras de café – ou outras bebidas cafeinadas – estava associado ao maior risco de dores de cabeça tanto no dia do consumo quanto no dia seguinte. Essa relação não foi encontrada para a ingestão de uma ou duas bebidas com cafeína.

Apesar dos resultados, os cientistas esclarecem que o estudo foi observacional e, portanto, não foi possível estabelecer uma relação de causa e efeito. Eles aconselham, porém, que os indivíduos propensos a crises de enxaqueca fiquem atentos à ingestão de cafeína.


Enxaqueca


A enxaqueca é uma doença neurológica caracterizada por episódios recorrentes de dor de cabeça grave acompanhada de sintomas como náuseas e vômitos, sensibilidade à luz, cheiro e som, formigamento e dormências no corpo e alterações na visão, como pontos luminosos, escuros, linhas em ziguezague que antecedem ou acompanham as crises de dor.

Segundo especialistas, as causas da enxaqueca são diversas, mas estão geralmente vinculadas a alterações nos neurotransmissores, na genética, nos hormônios ou no Peptídeo Relacionado com Gene da Calcitonina (CGRP, na sigla em inglês), uma molécula presente em todo mundo, mas que, em alguns indivíduos, pode ser uma das responsáveis por deflagrar as crises.

A predisposição do indivíduo e fatores externos, como excesso de cafeína, por exemplo, também propiciam o aparecimento da enxaqueca, que pode se manifestar em duas formas: a crônica, caracterizada por quinze ou mais dias com dor durante o mês; e a episódica, em que as dores se manifestam menos de quinze vezes por mês.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a enxaqueca a sexta doença mais incapacitante do mundo; no Brasil, a versão crônica afeta cerca de 31 milhões de brasileiros, a maioria entre os 25 e 45 anos. Já o Ministério da Saúde revela que o índice de ocorrência no sexo feminino atinge os 25%, mais que o dobro da manifestação em homens. No entanto, depois dos 50 anos, a taxa costuma diminuir, especialmente nas mulheres.


(Disponível em: <https://veja.abril.com.br/saude/cafe-pode-causar-enxaqueca-revela-estudo/>. Acesso em: 11 ago. 2019)

Analise as assertivas sobre palavras retiradas do texto a seguir e marque (V) se for verdadeira, ou (F) se for falsa:

( ) Em “chegar”, “milhões” e “ocorrência” há dígrafo.
( ) Em “considerada”, “risco” e “resultados” há encontro consonantal.
( ) Em “mais”, “especialistas” e “outra” há hiato.
( ) Em “relacionado”, “causa” e “cientistas” há ditongo.

A CORRETA sequência de preenchimento, de cima para baixo é:

Alternativas
Comentários
  • GAB D

  • ( ) Em “chegar”, “milhões” e “ocorrência” há dígrafo.

    Verdadeiro. Ch, Lh e RR são dígrafos, pois apresentam duas letras e somente um som.

    ( ) Em “considerada”, “risco” e “resultados” há encontro consonantal.

    Verdadeiro. NS, SC e LT são encontros consonantais, ou seja, quando há o encontro de duas consoantes.

    ( ) Em “mais”, “especialistas” e “outra” há hiato.

    Errado. "Mais" é monossílaba e outra é ditongo (ou - tro). A única palavra que possuí hiato é especialista (es-pe-ci-a-lis-ta).

    ( ) Em “relacionado”, “causa” e “cientistas” há ditongo. 

    Falso. re-la-ci-o-na-do -> há um hiato e não ditongo, assim como ci-en-tis-tas. A única palavra que possuí ditongo é cau-sa.

  • considerada não tem encontro consonatal, pois o n nasaliza o o ficando õ. /kõsiderada/. Precisa revisar essa questão.
  • CONSIDERADA NÃO HÁ ENCONTRO CONSONANTAL E SIM DÍGRAFO VOCÁLICO, POR CONTA DO "N" DA SÍLABA "CONS" FUNCIONANDO COMO SEMIVOGAL!!!

  • A questão exige o conhecimento sobre fonologia e quer saber se o que se afirma em cada item é falso ou verdadeiro. Vejamos:

    Os dígrafos ocorrem quando duas letras são utilizadas para representar um único fonema. Existem dois tipos de dígrafos na Língua Portuguesa:

    ▪Dígrafos consonantais;   gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs..

    ▪Dígrafos vocálicos.  am, an; em, en; im, in; om, on e um, un.

    Cuidado para não confundir dígrafo com encontro consonantal

    No dígrafo, as duas letras ficam juntas, entretanto possuem o som de uma letra só. Já no encontro consonantal, duas consoantes ficam juntas, mas cada uma produz o seu próprio som.

    Hiato

    É o encontro de duas vogais num vocábulo, como em saída (sa-í-da). Os hiatos são sempre separados quando da divisão silábica: mô-o, ru-im, pa-ís

    Ditongo

    É o encontro de uma vogal com uma semivogal ou de uma semivogal com uma vogal; em ambos os casos, vogal e semivogal pertencem obviamente a uma mesma sílaba. O encontro vogal + semivogal é chamado de ditongo decrescente (como em moi-ta, cai, mói). O encontro semivogal + vogal forma o ditongo crescente (como em qual, pá-tria, sério). Os ditongos podem ser classificados ainda em orais (todos os apresentados até agora) e nasais (como mãe ou pão);

    Após vermos o conceito, iremos analisar cada item. Analisemos:

    (V ) Em “chegar”, “milhões” e “ocorrência” há dígrafo. 

    Temos dígrafos em CH, LH, RR e EN respectivamente.

    (*V) Em “considerada”, “risco” e “resultados” há encontro consonantal. 

    A primeira palavra não há encontro consonantal, pois ON é caracterizado dígrafo quando na parte interna da palavra, porque o N funciona como til. Na segunda palavra, SC é pronunciado as duas letras e por isso chamamos de encontro consonantal. Na terceira temos LT como encontro consonantal. A banca considerou esta alternativa verdadeira, mas não vejo isso como possível já que a primeira palavra não há encontro de consoantes.

    Vejam o que afirma Rocha Lima: O m e o n pós-vocálicos não formam encontro disjunto com a consoante seguinte, pois não são consoantes e sim meros sinais diacríticos de nasalização (valem tanto quanto o til): Ex: cam-po, son-so

    (F ) Em “mais”, “especialistas” e “outra” há hiato. 

    Em "mais" e "outra" não temos hiato, mas ditongo, pois temos semivogais e vogais que não se separam na sílaba.

    (F ) Em “relacionado”, “causa” e “cientistas” há ditongo.

    Em . re-la-ci-o-na-do o "o" está separado do "i", o que torna um hiato e o mesmo acontece na palavra ci-en-tis-tas. Por isso, não podemos afirmar que há ditongo em todas.

    Sequência da banca: V,V, F e F

    Sequência que vejo: V, F, F e F.

    Referência bibliográfica:

    ROCHA LIMA, C. H. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011

    GABARITO DA BANCA: D

    GABARITO DO MONITOR: NULO por não apresentar resposta.

  • (V ) Em “chegar”, “milhões” e “ocorrência” há dígrafo. 

    Temos dígrafos em CH, LH, RR e EN respectivamente.

    (*V) Em “considerada”, “risco” e “resultados” há encontro consonantal. 

    A primeira palavra não há encontro consonantal, pois ON é caracterizado dígrafo quando na parte interna da palavra, porque o N funciona como til. Na segunda palavra SC é pronunciado as duas letras e por isso chamamos de encontro consonantal. Na terceira temos LT como encontro consonantal. A banca considerou esta alternativa verdadeira, mas não vejo isso como possível já que a primeira palavra não há encontro de consoantes.

    Vejam o que afirma Rocha Lima: O m e o n pós-vocálicos não formam encontro disjunto com a consoante seguinte, pois não são consoantes e sim meros sinais diacríticos de nasalização (valem tanto quanto o til): Ex: cam-po, son-so

    () Em “mais”, “especialistas” e “outra” há hiato. 

    Em "mais" e "outra" não temos hiato, mas ditongo, pois temos semivogais e vogais que não se separam na sílaba.

    (F ) Em “relacionado”, “causa” e “cientistas” há ditongo.

    Em . re-la-ci-o-na-do o "o" está separado do "i", o que torna um hiato e o mesmo acontece na palavra ci-en-tis-tas. Por isso, não podemos afirmar que há ditongo em todas.

    Sequência da banca: V,V, F e F

    Sequência que vejo: V, F, F e F.

    Referencias bibliográficas

    ROCHA LIMA, C. H. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011

    GABARITO DA BANCA: D

    GABARITO DO MONITOR: NULO por não apresentar resposta.

    Monitor: Diogo Cordeiro

  • Deveria ser anulada!

    "Considerada" não apresenta encontro consonantal "Considerada" é um dígrafo nasal, logo "ns" não é um encontro entre consoantes.

    Todavia, a letra D é a "mais errada".

  • Ideal nessas questões é descartar opções que você identifique os erros, facilita para acertar a questão.

    Gab - D

  • Olá,gostaria de saber o pq que nessa questão foi considerada a palavra "considerada" como tendo presente um encontro consonantal, já que "con" ficaria "cõsiderada". Sendo assim, não estando presente um encontro consonantal.

  • Questão passível de recurso pois as letras -M e -N antecedidas por vogal, não consoantes e sim marcas de nasalização.
  • QUESTÃO SEM GABARITO CORRETO! GAB DA BANCA D

  • A palavra "Cientistas" é considerada um dígrafo com encontro vocálico de nasalização, pois pertence ao conjunto "a, ,e, i, o, u" antecedendo N ou M.

    ci - en - tis - tas.

  • EU ERREI ESSA QUESTÃO, E ACHEI SUPER DIFÍCIL!

  • Nossa,cara!!! Aprendi na gramática do mestre Pestana que não pode confundir encontro consonantal com dígrafo.

    Ele fala que: A, E, I, O, U seguidos de M ou N formam dígrafos nasais.

    ou seja, a palavra "considerada" não há encontro consonantal, mas sim dígrafo nasal. A letra N não é vogal.

    Ele ainda da um exemplo com a palavra CAMPO.

  • sempre separo as silabas, para dps responder!

  • "Considerada" para mim continua sendo dígrafo e só minha opinião importa,

  • Questão contraria a regra da gramatica GABARITO: NULO.

  • fica difícil desse jeito hein. Respondi o mesmo dos meus colegas.

  • A questão exige o conhecimento sobre fonologia e quer saber se o que se afirma em cada item é falso ou verdadeiro. Vejamos:

    Os dígrafos ocorrem quando duas letras são utilizadas para representar um único fonema. Existem dois tipos de dígrafos na Língua Portuguesa:

    ▪Dígrafos consonantais;   gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs..

    ▪Dígrafos vocálicos.  am, an; em, en; im, in; om, on e um, un.

    Cuidado para não confundir dígrafo com encontro consonantal

    No dígrafo, as duas letras ficam juntas, entretanto possuem o som de uma letra só. Já no encontro consonantal, duas consoantes ficam juntas, mas cada uma produz o seu próprio som.

    Hiato

    É o encontro de duas vogais num vocábulo, como em saída (sa-í-da). Os hiatos são sempre separados quando da divisão silábica: mô-o, ru-im, pa-ís

    Ditongo

    É o encontro de uma vogal com uma semivogal ou de uma semivogal com uma vogal; em ambos os casos, vogal e semivogal pertencem obviamente a uma mesma sílaba. O encontro vogal + semivogal é chamado de ditongo decrescente (como em moi-ta, cai, mói). O encontro semivogal + vogal forma o ditongo crescente (como em qual, pá-tria, sério). Os ditongos podem ser classificados ainda em orais (todos os apresentados até agora) e nasais (como mãe ou pão);

    Após vermos o conceito, iremos analisar cada item. Analisemos:

    (V ) Em “chegar”, “milhões” e “ocorrência” há dígrafo. 

    Temos dígrafos em CH, LH, RR e EN respectivamente.

    (*V) Em “considerada”, “risco” e “resultados” há encontro consonantal. 

    A primeira palavra não há encontro consonantal, pois ON é caracterizado dígrafo quando na parte interna da palavra, porque o N funciona como til. Na segunda palavra, SC é pronunciado as duas letras e por isso chamamos de encontro consonantal. Na terceira temos LT como encontro consonantal. A banca considerou esta alternativa verdadeira, mas não vejo isso como possível já que a primeira palavra não há encontro de consoantes.

    Vejam o que afirma Rocha Lima: O m e o n pós-vocálicos não formam encontro disjunto com a consoante seguinte, pois não são consoantes e sim meros sinais diacríticos de nasalização (valem tanto quanto o til): Ex: cam-po, son-so

    () Em “mais”, “especialistas” e “outra” há hiato. 

    Em "mais" e "outra" não temos hiato, mas ditongo, pois temos semivogais e vogais que não se separam na sílaba.

    (F ) Em “relacionado”, “causa” e “cientistas” há ditongo.

    Em . re-la-ci-o-na-do o "o" está separado do "i", o que torna um hiato e o mesmo acontece na palavra ci-en-tis-tas. Por isso, não podemos afirmar que há ditongo em todas.

    Sequência da banca: V,V, F e F

    Sequência que vejo: V, F, F e F.

    Referência bibliográfica:

    ROCHA LIMA, C. H. Gramática normativa da língua portuguesa. 49. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2011

    GABARITO DA BANCA: D

    GABARITO DO MONITOR: NULO por não apresentar resposta.

  • cabivél de recurso, pois o on de considerada é digrafo nasal.