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ID
4915249
Banca
VUNESP
Órgão
EBSERH
Ano
2020
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

C.R.J., 25 anos, primigesta, 3° dia pós-operatório de parto normal, teve alta há 24 horas da maternidade, refere dificuldade em amamentar seu bebê. Ela retorna à maternidade em busca de ajuda. O atendimento é realizado pela Enfermeira Obstetra T.J.X., que logo identifica o quadro clínico de ingurgitamento mamário. As orientações são:

Alternativas
Comentários
  • v Ordenha manual da aréola, se ela estiver tensa, antes da mamada, para que ela fique macia, facilitando, assim, a pega adequada do bebê;

    v Mamadas frequentes, sem horários pré-estabelecidos (livre demanda);

    v Massagens delicadas das mamas, com movimentos circulares, particularmente nas regiões mais afetadas pelo ingurgitamento; elas fluidificam o leite viscoso acumulado, facilitando a retirada do leite, e são importantes estímulos do reflexo de ejeção do leite, pois promovem a síntese de ocitocina;

    v Uso de analgésicos sistêmicos/anti-inflamatórios. Ibuprofeno é considerado o mais efetivo, auxiliando também na redução da inflamação e do edema. Paracetamol ou dipirona podem ser usados como alternativas;

    v Suporte para as mamas, com o uso ininterrupto de sutiã com alças largas e firmes, para aliviar a dor e manter os ductos em posição anatômica;

    v Crioterapia (aplicação de gelo ou gel gelado) em intervalos regulares após ou nos intervalos das mamadas; em situações de maior gravidade, podem ser feitas de duas em duas horas. Importante: o tempo de aplicação das compressas frias não deve ultrapassar 20 minutos devido ao efeito rebote, ou seja, um aumento de fluxo sanguíneo para compensar a redução da temperatura local. As compressas frias provocam vasoconstrição temporária pela hipotermia, o que leva à redução do fluxo sanguíneo, com consequente redução do edema, aumento da drenagem linfática e menor produção do leite, devida à redução da oferta de substratos necessários à produção do leite;

    v Se o bebê não sugar, a mama deve ser ordenhada manualmente ou com bomba de sucção. O esvaziamento da mama é essencial para dar alívio à mãe, diminuir a pressão dentro dos alvéolos, aumentar a drenagem da linfa e do edema e não comprometer a produção do leite, além de prevenir a ocorrência de mastite.

  • Para resolver essa questão, é necessário que o aluno tenha conhecimento sobre aleitamento materno.

    O quadro clínico de ingurgitamento mamário esta relacionado ao início tardio da amamentação, mamadas não frequentes e de pouca duração, utilização de suplementos, sucção ineficaz do recém-nascido.

    As orientações da enfermeira obstetra são massagear com movimentos circulares os pontos de ingurgitamento, usar sutiã com alças largas e firmes ininterruptamente e amamentar em livre demanda (Letra C).

    A) Incorreto. Aplicar crioterapia (compressa fria), amamentar cada 3 horas, usar sutiã com alças largas e firmes durante o período diurno dificultara ainda mais o processo de amamentação.


    B) Incorreto. A ordenha não deve ser da aréola mamilar antes de amamentar, pois pode provocar lesão; usar sutiã com alças largas e firmes não apenas no período noturno.

    C) Correto.




    D) Incorreto. Usar compressas mornas auxilia no processo de liberação do fluxo; ordenhar manualmente não é indicado, pois o bebe deve mamar em livre demanda, frequentemente.



    E) Incorreto. Ordenhar com bomba e amamentar cada 3 horas não é indicado, pois o bebe deve mamar em livre demanda.


     

    Resposta do Professor: C.