SóProvas


ID
4943251
Banca
FUNCAB
Órgão
DETRAN-SE
Ano
2010
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Trânsito também é coisa de mulher!


    Para os habitantes dos grandes centros urbanos, hoje, falar sobre trânsito é quase tão comum quanto falar sobre o tempo: todo mundo olha para o céu e arrisca uma previsão. Conviver com congestionamentos, acidentes, desrespeito e mortes no trânsito já parece familiar para boa parte da população. Todavia, um olhar mais atento desperta para alguns detalhes que não podem passar despercebidos neste dia internacional da mulher.

    O trânsito é basicamente composto por motoristas e pedestres. Na dinâmica do dia a dia, homens e mulheres compartilham este espaço público, notadamente mais masculino do que feminino. A quantidade de homens habilitados no Rio de Janeiro supera a quantidade de mulheres. Segundo dados do DENATRAN/RJ, 73% dos habilitados no estado são homens, contra 27% de mulheres.

Entretanto, os contrastes entre motoristas homens e mulheres vão muito além dos números.     A relação do homem com o automóvel é intensa e construída desde a infância: da decoração do quartinho do bebê com motivos de automóveis aos carros de brinquedo e games de corrida, presentes constantes nas datas festivas. Às meninas, até passado recente, ainda eram reservadas apenas as bonecas e panelinhas. Hoje, com o advento dos brinquedos eletrônicos a situação mudou um pouco, mas mesmo assim, ainda prevalecem temas “de menina”. Ou seja, enquanto os homens são preparados para serem motoristas, as mulheres são induzidas para outras funções – principalmente as domésticas – sem que a elas sejam oferecidas escolhas diferentes no que diz respeito à sua relação com o carro e com seu futuro como provável motorista. 

    O automóvel hoje tem uma representação fortemente identificada com a figura masculina. Vigor e potência do automóvel, somados à velocidade, passam a ser encarados como a própria expressão do poder na contemporaneidade. A socialização dos homens para o automóvel é antiga e simbolicamente pode ser comparada ao que representavam os cavalos para os senhores feudais na cultura medieval: eram eles o signo da virilidade. Mesmo hoje, apesar de todas as lutas e conquistas obtidas pelas mulheres em diversos campos, esta lógica continua a se reproduzir.

    No trânsito é comum nós, mulheres, ouvirmos frases pouco elogiosas a respeito de nossa capacidade de conduzir automóveis: a primeira delas e talvez a mais abrangente seja a exclamação “tinha que ser mulher!”. Outra pérola que ouvimos, mas já um pouco fora de moda, é “lugar de mulher é na cozinha!”. Penso que o conteúdo destas frases ditas no calor da emoção das situações tensas de trânsito – congestionamentos ou acidentes – demonstra o quanto o fator gênero ainda é motivo de todo tipo de preconceito, principalmente quando as mulheres “invadem” nichos de mercado anteriormente reservados aos homens, como as funções que envolvem a condução de veículos.

    As companhias seguradoras, baseadas em estatísticas que demonstram que mulheres dirigem de forma mais cuidadosa e envolvem-se menos em acidentes, oferecem, na contratação de seguros, bons descontos se o carro pertencer a uma mulher e ela for a principal motorista. Ou seja, pela visão de negócios das seguradoras, os fatos negam o histórico preconceito quanto à competência da mulher motorista.

Mas nem tudo está perdido. Os avanços da legislação de trânsito, traduzido em sua maior expressão pela Lei de Tolerância Zero de Álcool ao Volante, também veio salvar a mulher das reservas de muitos homens a deixá-las dirigir o seu “querido carrinho”. É que hoje as mulheres representam o maior “Amigo da Vez” quando o assunto é voltar para casa de carro depois da cervejinha. É a solidariedade, o altruísmo feminino e a natural vocação para a paz e a harmonia que falam mais alto e nos deixam bebendo refrigerante e água para que levemos nossos amigos, amigas, companheiros ou filhos em segurança de volta para casa.

    O curioso desta estória toda é que mesmo assim o preconceito não acaba: há quem ande dizendo por aí que a culpa disto tudo é do próprio álcool. Só mesmo estando bêbado para deixar a mulher dirigir!!!

    Por todos esses motivos, neste mês de março quando se comemora O Dia Internacional da Mulher, vamos celebrar todas as nossas conquistas com alarde e galhardia e celebrar também o sucesso da Lei Seca, que com a nossa ajuda está salvando muitas vidas e provando que, cada vez mais, o trânsito também é coisa de mulher!


Marisa Dreys - Inspetora da Polícia Rodoviária Federal. Disponível em www.detran.pr.gov.br/revista de trânsito. Edição 40.

Passando a frase “O trânsito é basicamente composto por motoristas e pedestres.” para a voz passiva analítica, encontramos a seguinte forma verbal:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO - B

    Acredito que há confusão no enunciado, pois já estamos na voz passiva analítica.

    Voz passiva analítica = Verbo auxiliar " se " + Principal no particípio + Agente da passiva

    Voz passiva sintética= VTD + SE

    Vejamos :  “O trânsito é basicamente composto por motoristas e pedestres.”

    Passando para voz ativa:

    O agente da passiva vira sujeito: Motoristas e Pedestres compõem o trânsito.

    Da ativa para passiva analítica = O OD vira sujeito paciente + O sujeito da ativa vira agente da passiva

    + Incluímos o verbo ser + principal no particípio.

    O trânsito é composto por motoristas e pedestres.

    Equívocos? Mande msg..

    Bons estudos!

  • ⚖~Matheus Oliveira~☕☠♪♫

    vdd. A Banca se equivocou, pois já esta na voz passiva. Mas o objetivo é acertar.

  • voz ativa

    Motoristas e pedestres compõem o trânsito

    voz passiva analítica (sujeito paciente + verbo auxiliar (se)+verbo principal no particípio +agente da passiva

    o trânsito é composto por motoristas e pedestres

    voz passiva sintética

    (Compõem-se o trânsito )

    Erro pode falar por favor ....

  • Questão mal feita

  • Compõe vem do verbo compor. O mesmo que: concebe, cria, imagina, inventa, produz, produze, desenvolve, integra, prepara.

    Compõem vem do verbo compor. O mesmo que: concebem, criam, imaginam, inventam, produzem, desenvolvem, integram, preparam, aprontam.

    PEGADINHA TOTAL ESSA QUESTÃO.

  • uma piada!

    a voz passiva analítica é caracterizada pelo uso da preposição(por/pelo/pela)

    já está na analítica.

    voz ativa: pedestres e motoristas compõem basicamente o trânsito.

    analítica(pelo/pela/por): o trânsito é composto basicamente por pedestres e motoristas.

    na passiva analítica: o sujeito da ativa ( pedestres e motoristas) passam a ser agente da passiva, precedidos pela preposição (por).