- ID
- 4978153
- Banca
- COPESE - UFT
- Órgão
- MPE-TO
- Ano
- 2012
- Provas
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- COPESE - UFT - 2012 - MPE-TO - Oficial de Diligências
- COPESE - UFT - 2012 - MPE-TO - Técnico Ministerial - Assistente Administrativo
- COPESE - UFT - 2012 - MPE-TO - Técnico Ministerial - Cinegrafista
- COPESE - UFT - 2012 - MPE-TO - Técnico Ministerial - Enfermagem
- COPESE - UFT - 2012 - MPE-TO - Técnico Ministerial - Informática
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o excerto abaixo e responda à questão.
[...] Qualquer um, qualquer coisa, pode ser o narrador. Este é o poder absoluto do autor, o de escolher seu disfarce: Deus ou um adorno na parede, um descarnado olho cósmico acompanhando a vida de seus personagens ou um bibelô, uma planta ou um bicho. Jean Paul dizia, ou gritava, que Flaubert sabotava sua própria teoria sobre a necessária impessoalidade do autor porque o autor de seus livros sempre se entregava: fosse qual fosse o seu disfarce, escrevia como Flaubert. Todas as suas máscaras tinham a mesma voz. A pior forma de presença do autor é a ausência conspícua, dizia Jean Paul Deux. Que um dia confessou que me comprara por causa da minha prolixidade, embora ele quase não me deixasse falar. [...]
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A décima segunda noite. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.