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ID
5037385
Banca
SELECON
Órgão
CRA-RR
Ano
2020
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir para responder à questão.


Ciência e epidemia, construções coletivas
   Vacinas, atuando por meio de agentes semelhantes ao patógeno da doença, mas incapazes de causá-la, geram uma memória imunológica que nos protege da doença, às vezes por toda a vida. Mais que seu efeito individual, porém, importa seu efeito comunitário. Se bem utilizadas, podem proteger até quem não se vacinou.
  Epidemias são fenômenos intrinsecamente sociais: contraímos as doenças infecciosas e as transmitimos para as pessoas ao redor. E a reação do grupo determina o curso e a gravidade do surto.
   Se boa parte da população já tem imunidade contra determinada doença, é mais difícil que um indivíduo infectado contamine outras pessoas. Esse fenômeno, inicialmente estudado em animais, é chamado de imunidade de rebanho.
   Para a gripe, observa-se a proteção comunitária quando cerca de 40% da população é imune ao vírus; para o sarampo, a taxa fica por volta de 95%. Se um número suficiente de indivíduos for vacinado de modo a atingir a imunidade de rebanho, então a população como um todo recebe proteção contra a epidemia.
   É nesse contexto que segue a busca por uma vacina para a Covid-19. Calcula-se que atingiremos a imunidade de rebanho quando entre 60 e 70% da população estiver imune ao vírus. Há quem estime que a taxa seja menor, dada a heterogeneidade da população.
   De um modo ou de outro, várias pesquisas (inclusive brasileiras) evidenciam que sem a vacina essas taxas não serão alcançadas no curto prazo. Para agravar a situação, pairam dúvidas sobre a imunidade a longo prazo para a doença.
   Essa é uma batalha que precisa ser travada com as armas da ciência. Pela primeira vez na história, o público acompanha tão de perto e com tanta expectativa a produção do conhecimento científico. E esse processo pode às vezes parecer caótico.
   A ciência é um processo de construção coletiva, tão social quanto a epidemia que ela tenta enfrentar. Esforços colossais foram canalizados para o enfrentamento da Covid-19 — só de vacinas temos 135 iniciativas, 22 delas sendo testadas em humanos (duas das quatro que estão no último estágio de ensaios em humanos estão sendo testadas no Brasil). Enquanto assistimos ao desenrolar dessa busca, vemos o fracasso de projetos promissores e o questionamento de informações antes tidas por favas contadas.
   Esse processo de construção do conhecimento científico costuma se estender por anos. Mas a urgência e a intensidade da pesquisa sobre a Covid-19 têm forçado adaptações e aperfeiçoamento.
  A demanda do público por informação vem estimulando estudiosos a melhorar o modo de comunicar seus achados e também as discussões sobre a construção do conhecimento. É um momento único: pela primeira vez experimentamos uma pandemia de tais proporções, com os atuais níveis de conhecimento científico e recursos de comunicação.
  Vamos torcer para que as pessoas, confrontadas com estudos de resultados conflitantes, descubram um pouco mais a respeito da formação do conhecimento científico. E, com sorte, passem a admirar a beleza e o esforço envolvido na construção da ciência.

Gabriella Cybis
Folha de São Paulo, 15/07/2020

A palavra “que” é um pronome relativo retomando um termo anterior em:

Alternativas
Comentários
  • A) pronome relativo (aceita substituir por a qual, o qual, as/os quais);

    B) conjunção integrante (pra saber é só substituir por "isso");

    C) conjunção integrante;

    D) conjunção integrante.

  • gabarito LETRA: A

    BIZU!

    troque o QUE por O QUAL → será um pronome relativo. Inicia uma oração subordinada adjetiva que pode ser:

    RESTRITIVA → SEM VÍRGULAS

    EXPLICATIVA → COM VÍRGULAS

    troque o QUE por ISSO → será uma conjunção integrante. Inicia uma oração subordinada substantiva.

    Testando nas alternativas:

    A) “geram uma memória imunológica A QUAL...

    B) “Calcula-se ISSO...

    C) “Há quem estime ISSO...

    D) “várias pesquisas (inclusive brasileiras) evidenciam ISSO...

    Portanto, gabarito letra A.

    pertencelemos!

  • Gab A

    Que = O qual/ A qual = Pronome relativo

    Que = Isso = Conjunção Integrante = Oração Subordinada Substantiva.

  • Aqui é fácil, se queria a que tem função de pronome relativo e só ir trocando o QUE de cada alternativa e suas variações. As demais orações o QUE tem função de conjunção integrante, são substituidos por ISSO e suas variações.

    #PPMG

  • Na letra A, é possível substituir "que" pela forma "a qual". Observe: “geram uma memória imunológica a qual nos protege da doença, às vezes por toda a vida”.

    Trata-se, assim, de um pronome relativo.

    Nas demais letras, o "que" introduz uma oração subordinada do tipo substantiva.

    Observe:

    “Calcula-se que atingiremos a imunidade de rebanho quando entre 60 e 70% da população estiver imune ao vírus"

    = Calcula-se ISTO.

    “Há quem estime que a taxa seja menor, dada a heterogeneidade da população”

    = Há quem estime ISTO.

    “várias pesquisas (inclusive brasileiras) evidenciam que sem a vacina essas taxas não serão alcançadas no curto prazo"

    = várias pesquisas ... evidenciam ISTO.

    Trata-se, assim, de conjunções integrantes.

  • Coesão Referencial.

  • QUE Pronome relativo = AO QUAL

    QUE Conjunção integrante = SE , COMO

  • QUE = O QUAL - PRONOME RELATIVO

    QUE = ISSO - CONJUNÇÃO INTEGRANTE

    #PPMG

  • AQUI NAO TELETON

  • VERBO + QUE = CONJUNÇÃO INTEGRANTE

    NOME + QUE= PRONOME RELATIVO

    FONTE: PROF. ALEXANDRE SOARES. Vá e vença!!!

  • pronome relativo: substitui QUE por o qual, a qual, os quais, as quais. Se fizer sentido o restante da frase é o pronome relativo.

  • Aqui a banca foi muito amiga em informar que o pronome relativo retoma um termo anterior, pois essa é a grande sacada da questão.

    “geram uma memória imunológica que nos protege da doença, às vezes por toda a vida”

    geram uma memória imunológica | a memoria imunológica nos protege da doença.

  • Pronome relativo é uma classe de pronomes que substituem um termo da oração anterior e estabelece relação entre duas orações.

    Nós conhecemos o professor. O professor morreu.

    Nós conhecemos o professor que morreu.

  • Leiam com atenção !

    aprenda interpretar galera, é errando que aprende, mas veja onde erra e bata forte em cima do erro !

    gg

  • Substituindo o que por o qual a qual os quais ou as quais e dando certo será um pronome relativo

    dando inicio a uma oração subordinada adjetiva 

    sem virgulas > restritiva 

    com virgulas > explicativa

    já se no lugar do que caber (ISSO)

    dará inicio a uma oração subordinada substantiva e o QUE SERÁ CONJUNÇAO INTEGRANTE.

  • pronome relativo: substitui QUE por o qual, a qual, os quais, as quais. Se fizer sentido o restante da frase é o pronome relativo.

  • GABARITO LETRA: A

    A) pronome relativo (aceita substituir por a qual, o qual, as/os quais);

    B) conjunção integrante (pra saber é só substituir por "isso");

    C) conjunção integrante;

    D) conjunção integrante.

    troque o QUE por O QUAL → será um pronome relativo. Inicia uma oração subordinada adjetiva que pode ser:

    RESTRITIVA → SEM VÍRGULAS

    EXPLICATIVA → COM VÍRGULAS

    troque o QUE por ISSO → será uma conjunção integrante. Inicia uma oração subordinada substantiva.

    VERBO + QUE = CONJUNÇÃO INTEGRANTE

    NOME + QUE= PRONOME RELATIVO

  • Eu respondi essa questão trocando o pronome Que por o qual, logo o pronome o qual foi possível ser substituído apenas na alternativa A.