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Na obra Psicodiagnóstico V, de Jurema A. Cunha, a autora elenca os objetivos do Psicodiagnóstico:
Classificação simples: O exame compara a amostra do comportamento do examinado com os resultados dos outros sujeitos da população geral ou de grupos específicos, com condições demográficas equivalentes; esses resultados são fornecidos em dados quantitativos, classificados sumariamente, como em uma avaliação de nível intelectual.
Descrição: Ultrapassa a classificação simples, interpretando a diferença de escores, identificando forças e fraquezas e descrevendo o desempenho do paciente, como em uma avaliação de déficits neuropsicológicos.
Classificação nosológica: Hipóteses iniciais são testadas, tomando como referência critérios diagnósticos.
Os resultados do exame do estado mental do paciente, de sua história clínica e pessoal permitem atender ao objetivo de classificação nosológica, isto é, do psicodiagnóstico propriamente dito. Nessa avaliação, o psiquiatra ou o psicólogo analisa a psicopatologia à luz de um modelo categórico, que subsidia o julgamento clínico sobre a presença ou não de uma configuração de sintomas significativos, que classificam o paciente em uma categoria diagnóstica similar à de outros pacientes.
Esta descrição não pertence a classificação nosológica, eis o erro da questão, uma vez que tal descrição se parece mais com a classificação simples.
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Após ler Cunha acredito que encontrei o erro da questão: psicodiagnóstico propriamente dito
Está certo o que ela diz que "Os resultados do exame do estado mental do paciente, de sua história clínica e pessoal permitem atender ao objetivo de classificação nosológica". No livro ela aponta que a Classificação nosológica, a partir desses resultados, deve ser feita em pacientes não testáveis. Porém
Não obstante, quando o paciente apresenta condições para testagem, é possível se desenvolver um psicodiagnóstico em estrito senso: o psicólogo organiza seu plano de avaliação e lança mão de uma bateria de testes, para verificar cientificamente suas hipóteses, ou, ainda,(...)
Ou seja,
Para que haja psicodiagnóstico propriamente dito, ou em estrito sentido, é necessário o uso de testes. O que não aconteceu conforme a questão assinalou.
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Errado. A questão começa falando de classificação nosológica e termina falando em classificação simples..
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A classificação nosológica é diferente de psicodiagnóstico propriamente dito.
A classificação nosológica utiliza um modelo categórico através do qual analisa-se a psicopatologia baseada na presença ou não de uma configuração de sintomas significativos, comparando o que o paciente tem de similar com outros pacientes na mesma categoria diagnóstica. Segundo Cunha, em Psicodiagnóstico V, esse tipo de análise não pode ser classificada como um psicodiagnóstico propriamente dito.
A classificação nosológica, facilita a comunicação entre profissionais, contribuindo para o levantamento de dados epidemiológicos de uma comunidade. Assim, deve ser usada, mas, num psicodiagnóstico, a tarefa não se restringe a conferir quais os critérios diagnósticos que são preenchidos pelo caso.