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ID
5152144
Banca
NUCEPE
Órgão
PC-PI
Ano
2008
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Estação Carandiru, o filme

     A história começa quando o médico Drauzio Varella resolve fazer um trabalho de prevenção à AIDS no maior presídio da América Latina: a Casa de Detenção de São Paulo. Ali, toma contato com o que, aqui fora, temos até medo de imaginar: violência, superlotação, instalações precárias, falta de assistência médica e jurídica, falta de tudo. O Carandiru, com seus mais de sete mil detentos, merece sua fama de “inferno na terra”. Porém, nosso personagem logo percebe que, mesmo vivendo numa situação limite, os internos não representam figuras demoníacas. Ao contrário, ele testemunha solidariedade, organização e, acima de tudo, uma grande disposição de viver. Não é pouco, e é o suficiente para que ele, fascinado, resolva iniciar um trabalho voluntário. O oncologista famoso, habituado à mais sofisticada tecnologia médica, vai praticar medicina como os antigos: com estetoscópio, olhar sensível e muita conversa. 
    Seu trabalho dá resultado e o Médico logo ganha o respeito da coletividade. Com o respeito, vêm os segredos. As consultas vão além das doenças e desdobram-se em narrativas cheias de vitalidade. Em nosso filme, os encontros na enfermaria são uma janela para o mundo da malandragem.
    Conhecemos o destino do estuprador Gilson, julgado e condenado pela Lei do Crime; a necessária ginga do bígamo Majestade entre mulheres e assaltos; o velho Chico, Mestre Zen cultivado na masmorra e prestes a ganhar a liberdade; o Diretor Pires, funcionário obrigado a pisar em ovos para administrar a cadeia; a conversão do matador Peixeira; ascensão e queda do surfista Ezequiel; o filósofo existencialista Sem Chance e seu romance com a divina Lady Di. A narrativa do filme arma-se como em um quebra-cabeça: uma história se encaixa na outra para formar um painel dessa trágica realidade brasileira.

    Com o Médico, o espectador deste filme dirigido por Luis Padilha acompanha os movimentos dessa gente. Acompanha também quando um movimento maior vem e a destrói. Como naquele 2 de outubro de 1992, um dos dias mais negros da história do Carandiru e, quem sabe, do Brasil, quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo, a pretexto de manter a lei e a ordem, fuzilou 111 pessoas. Foi o ponto final de algumas de nossas histórias. Mas não de todas. Para o bem e para o mal, os malandros do Brasil teimam em sobreviver.

(Fonte: http://www.webcine.com.br/filmessi/estacara.htm)

“Com o respeito, vêm os segredos.” Em que outra frase a palavra sublinhada é forma correta do verbo “vir”, empregada adequadamente?

Alternativas
Comentários
  • a) vier B) vêm c) correta d) vir e) viessem
  • Os inimigos que venham

    Que eu venha

    Que tu venhas

    Que eles (os inimigos) VENHAM

  • GABARITO - C

    I) - no futuro do subjuntivo/ o radical do verbo ver passa a ser vir.

    Se você a ver diga que ainda gosto dela. ( Errado )

    Se você a VIR diga que ainda gosto dela.

    II) o radical do verbo vir torna-se vier.

    Se você vir, sairemos. (errado )

    Se você vier , sairemos

  • A prova é pretérita à vigência da última reforma ortográfica, o que justifica a alternativa "B" estar acentuada no hiato "ee" (vêem).

    Aproveitando: Os hiatos "ee" e "oo" perderam o acento diferencial, sendo, agora, assim:

    Ele crê → Eles creem

    Ele dê → Eles deem

    Ele lê → Eles leem

    Ele vê → Eles veem

    Eu moo as nozes; Eu roo as unhas; Eu soo muito (transpiro muito).

    * Zoólogo continua acentuado porque é uma proparoxítona.