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ID
5210971
Banca
ADM&TEC
Órgão
CONIAPE
Ano
2018
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?
Você já deve ter ouvido que, em doses moderadas, o álcool pode até ser vantajoso. Ora, vários estudos comprovam que uma taça de vinho por dia faz bem ao coração. E uma boa parcela da população toma seu drinque no fim de semana sem riscos. O consumo inadequado, porém, é um grave problema de saúde pública - e motivo de grande preocupação entre os pais de adolescentes.
No Brasil, meninos e meninas começam a beber, em média, entre os 10 e 13 anos. E o padrão de consumo mais frequente na adolescência é o binge, ou “beber para embriagar-se”, prática associada a comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado e fazer sexo desprotegido, entre outros. Aos 17 anos, quase 40% dos estudantes brasileiros relatam já ter ficado bêbado alguma vez. Diante de dados tão preocupantes, como podemos mudar esse cenário?
Medidas restritivas não bastam. Até porque a lei existe e, mesmo que fosse bem fiscalizada, vivemos em um país onde falsificar o RG é algo recorrente. Os gestores públicos precisam, então, investir em políticas de prevenção, e os pais têm que estar mais atentos.
Nos últimos dez anos tenho ajudado a desenvolver estratégias nesse sentido, buscando evidências do que funciona para adaptar à realidade local, sempre com uma pitada de inovação. No programa “Na Responsa”, aplicado em parceria com ONGs e escolas, são realizadas atividades com jovens em diversos locais do país. Práticas que funcionam são multiplicadas.
Um exemplo é a “Balada sem álcool”, evento idealizado em Heliópolis, na capital paulista, em que o jovem tem uma experiência de diversão intensa sem bebida alcoólica. O programa - que já inspirou o Movimento Pé no Chão, implantado nas 5 300 escolas públicas de São Paulo - aborda também temas como consciência e empoderamento, com conteúdo todo produzido de jovem para jovem.
(Adaptado. Bettina Grajcer. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/)

Com base no texto 'Álcool na juventude: como prevenir o consumo indevido?', leia as afirmativas a seguir:
I. O pronome relativo no trecho “... em que o jovem tem uma experiência...” poderia ser substituído por “aonde” sem prejudicar a harmonia morfossintática do texto.

II. Assim como no trecho “Medidas restritivas não bastam.”, a concordância verbal foi realizada devidamente no exemplo: “Bastam de sacrifícios inúteis para acabar com a fome no mundo!”.

Marque a alternativa CORRETA:

Alternativas
Comentários
  • I. O pronome relativo no trecho “... em que o jovem tem uma experiência...” poderia ser substituído por “aonde” sem prejudicar a harmonia morfossintática do texto.

    R.: Falso. Aonde é a combinação da preposição "a" com o pronome "onde", não sendo o caso do texto destacado. Essa combinação é recorrente nos verbos "ir" (pois quem vai, vai a algum lugar) e "chegar" (pois quem chega, chega a/de algum lugar):

    • Eu vou aonde meu coração mandar;
    • Eu chegarei aonde o meu sonho está: na polícia.

    Dito isso, peguemos o período na qual o enunciado se refere:

    • "(...) evento idealizado em Heliópolis, (...), em que o jovem tem uma experiência (...)"

    "Em Heliópolis" é um adjunto adverbial de lugar na primeira oração, a locução "em que", na segunda, é mesmo um pronome relativo substituível por "onde" ou "no qual" . Esse pronome relativo, na oração o "jovem teve uma experiência", tem, também, a função de indicar o lugar onde a tal experiência ocorre, logo não faz sentido substituir por "aonde", mas sim por "onde" ela ocorreu.

    II. Assim como no trecho “Medidas restritivas não bastam.”, a concordância verbal foi realizada devidamente no exemplo: “Bastam de sacrifícios inúteis para acabar com a fome no mundo!”.

    R.: Falso. Na primeira frase temos sujeito e "bastam" tem uma função pessoal, visto que se aplica ao sujeito.

    • Medidas restritivas não bastam. ---> sujeito + verbo intransitivo.

    Já na segunda frase o verbo "bastar", quando seguido da preposição "de" no sentido de estar cheio/completo ou ser suficiente, é impessoal. Isso é uma especificidade da língua portuguesa.

    • Basta de politicagem sobre o coronavírus;
    • Basta de mentiras.

    Gabarito (D)

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    Boa sorte e bons estudos.