Inspecionemos item a item:
a) Deixei-o cantar a noite inteira. → sujeito do verbo da oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo.
Correto. O pronome "o" exerce função de sujeito, visto que o verbo "deixar", a exemplo de "fazer" e "mandar", são causativos. Memorize para seus estudos: verbos causativos (mandar, fazer, deixar) e os sensitivos (ouvir, ver, sentir) têm como sujeito um pronome oblíquo átono (o, a, me, te, vos, etc.);
b) As mulheres, pode-se bem dizer, são compreensivas. → oração intercalada com informação adicional de esclarecimento.
Correto. A oração em destaque é mesmo intercalada, também denominada interferente, e acresce um comentário pessoal ao discurso;
c) São poucos os que sentem piedade pelo próximo. → oração subordinada adjetiva restritiva com o pronome relativo retomando “os”.
Correto. Destrinchemos a estrutura: "são poucos" é predicado nominal e "os que sentem piedade pelo próximo" é um extenso sujeito. Em seu interior, há uma oração subordinada restritiva: "que sentem piedade pelo próximo". O pronome relativo "que" resgata e restringe o pronome demonstrativo "o" — perceba que este tem valor de "aqueles". Reescrevamos a fim de aclarar o raciocínio: "São poucos aqueles que sentem piedade pelo próximo";
d) Parecia-me que estávamos mais perto do resultado positivo, mesmo estando ao pé do morro. → oração subordinada substantiva subjetiva da oração reduzida de gerúndio “mesmo estando ao pé do morro” e oração principal de “Parecia-me”.
Incorreto. A oração em destaque é mesmo subordinada substantiva subjetiva, ou seja, exerce função sintática de sujeito da oração subordinante ou principal. Ora, se ela é sujeito da oração principal, então a destacada não pode ser a principal em relação à oração "parecia-me", consoante se afirma na alternativa. A oração subordinada em destaque é a principal em relação àquela que lhe sucede: "mesmo estando ao pé do morro".
Letra D