(Fuvest - 2014) A civilização “pósmoderna” culminou em um progresso
inegável, que não foi percebido
antecipadamente, em sua inteireza. Ao
mesmo tempo, sob o “mau uso” da ciência,
da tecnologia e da capacidade de invenção
nos precipitou na miséria moral inexorável.
Os que condenam a ciência, a tecnologia e a
invenção criativa por essa miséria ignoram
os desafios que explodiram com o
capitalismo monopolista de sua terceira
fase. Em páginas secas premonitórias, E.
Mandel1
apontara tais riscos. O “livre jogo
do mercado” (que não é e nunca foi “livre”)
rasgou o ventre das vítimas: milhões de
seres humanos nos países ricos e uma
carrada maior de milhões nos países pobres.
O centro acabou fabricando a sua periferia
intrínseca e apossou-se, como não sucedeu
nem sob o regime colonial direto, das
outras periferias externas, que abrangem
quase todo o “resto do mundo”.
Ernest Ezra Mandel (1923-1995):
economista e militante político belga.
O emprego de aspas em uma dada
expressão pode servir, inclusive, para
indicar que ela:
I. foi utilizada pelo autor com algum tipo de
restrição;
II. pertence ao jargão de uma determinada
área do conhecimento;
III. contém sentido pejorativo, não
assumido pelo autor.
Considere as seguintes ocorrências de
emprego de aspas presentes no texto:
A. “pós-moderna”
B. “mau uso”
C. “livre jogo do mercado”
D. “livre”
E. “resto do mundo”
As modalidades I, II e III de uso de
aspas, elencadas acima, verificam-se,
respectivamente, em: