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ID
5231158
Banca
VUNESP
Órgão
CODEN - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

   “A maior parte da população mundial vive hoje nas cidades: essas aglomerações de pessoas e concreto em que sobram problemas e falta planejamento. A urbanização desordenada traz inúmeros desafios e uma certeza: não há solução para a humanidade que não passe necessariamente pela transformação das cidades.” É o que defende André Trigueiro, jornalista especializado em gestão ambiental e sustentabilidade.
   Para ele, vivemos um modelo suicida de desenvolvimento e precisamos reinventar o sistema. Ou mudamos ou pereceremos. A preocupação ambiental se reflete no consumo consciente, mas não no consumismo que degrada a vida porque exaure os estoques de matéria-prima, que são finitos no planeta.
   “Eu procuro economizar água e energia, separo o lixo. Basicamente, tento praticar no dia-a-dia aquilo que eu entendo como certo. Estou longe da perfeição e não me considero um modelo, mas descobri a força daquilo que os educadores chamam de pedagogia do exemplo: ‘não importa o que você fala, importa o que você faz’. É isso que move o mundo.” Ele cita o caso do aposentado José Alcino Alano, da cidade de Tubarão, que descobriu como fabricar coletores solares para esquentar a água do banho a partir de garrafas PET e caixas de leite Tetrapak. Liberou a patente e permitiu que todas as pessoas ou instituições interessadas replicassem o invento gratuitamente, sem interesse pessoal ou financeiro. “É um caso singular de amor ao próximo,” comenta Trigueiro.
   O poder público também deve adotar medidas educativas e conscientes. Ensinar que jogar lixo na cidade é um serviço caro e custa muito aos cofres públicos. Além disso, tem de difundir um discurso responsável. Não é possível falar em preservação da Amazônia e liberar recursos para a construção de frigoríficos na região – o que estimula a criação de gado, responsável por 80% de toda a destruição já registrada da floresta, como bem avaliou o ex-ministro da Fazenda Rubens Ricupero.
   Trigueiro não considera a tecnologia inimiga da luta pela preservação do planeta. É o uso que se faz dela que definirá se haverá dano ou benefício. Ela é apenas uma ferramenta e não a solução definitiva para os graves problemas ambientais que enfrentamos e que nos ameaçam como espécie.

(filantropia.ong/andretrigueiro.com. Adaptado, acesso em 22.02.2020)

Nas frases formuladas a partir das informações do texto – São muitos os problemas ambientais que ameaçam a humanidade; cabe ao poder público protegê-la. – os termos em destaque estão, correta e respectivamente, substituídos, de acordo com a norma-padrão do emprego e da colocação pronominal, em:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B.

    O "Que" é atrativo, nem precisei analisar o restante, não tem outra opção com próclise.

    ...ambientais que ameaçam a humanidade; cabe ao poder público protegê-la...

  • que ameaçam a humanidade = que a ameaçam

    Comentário: O "que" é pronome relativo, sendo fator de próclise (pronome antes do verbo). Quem ameaça, ameaça ALGO, portanto é VTD (verbo transitivo direito) exigindo um objeto DIRETO (no caso da frase: "a humanidade"), substituível pelo pronome "a".

    cabe ao poder público protegê-la = Cabe-lhe protegê-la.

    Comentário: No contexto, o verbo caber é VTI (cabe A alguém), exigindo-se, portanto, a preposição "a".

    O lhe é um pronome pessoal oblíquo átono que pode substituir o objeto indireto, assim: "lhe" = a ele: Cabe AO poder público (-lhe) protegê-la.

    Além disso, o verbo caber está iniciando a frase, por isso, deve-se usar a ênclise, pois não se inicia frase com pronome oblíquo átono.

    Qualquer erro, avisem-me, por favor.

    Bons estudos a todos!

    Gabarito: B.

  • O certo é "Cabe-lhe" ou "Cabe a ele??", achei que lhe só poderia ser usado quando se tratasse de pessoas ^_^
  • Alternativa B

    São muitos os problemas ambientais que ameaçam a humanidade;

    • O "que" exerce a função de pronome relativo, o que torna a próclise obrigatória (pronome vem antes do verbo)
    • Como "ameaçar" é verbo transitivo direto, não cabe o uso do pronome "lhe"

    cabe ao poder público protegê-la.

    • "cabe", nesse contexto, é regido pela preposição "A", o que obriga o uso do pronome "LHE"
  • GAB. B

    a ameaçam / cabe-lhe.

    PALAVRAS ATRATIVAS: QUE, TUDO, NÃO, SEMPRE; QUANDO

  • O Que SEMPRE atrai.

    Cabe Ao poder, tem preposição, então usa LHE

  • 1 que ameaçam a humanidade.

    Que, pronome relativo, (as quais) a ameaçam.

    2 cabe ao poder público protegê-la.

    Cabe-lhe protegê-la.

    tem preposição, usa o lhe.

    espero ter acertado e ajudado na explicação.

  • sem contar que a forma correta de ênclise em palavras terminadas em "m" seria: ameaçam-Na. daí logo daria para eliminar todas as outras

  • AMEAÇAM= VTD. Logo podemos utlizar como pronome oblíquo o O,A, OS, AS. Além disso, o QUE (pronome relativo), é fator atrativo de próclise.

    a ameaçam

    cabe = VTI. Logo, só podemos utilizar como pronome oblíquo o LHE ou LHES

    CABE-LHE

  • Só o conhecimento acerca da colocação pronominal garantiria a questão.
  • Esta questão avalia se o candidato conhece as regras de colocação dos pronomes oblíquos. Em linhas gerais, os pronomes desempenham três funções na nossa língua:

     

    1. São usados para substituir o nome: O professor não disse nada. Ele apenas saiu da sala.

     

    1. Fazem referência ao nome: O professor que corrigiu as provas não veio hoje.

     

    1. Acompanham e especificam o nome: Este é o professor de História.

     

    Além das funções básicas que os pronomes possuem, eles podem ser classificados em pronomes pessoais, possessivos, demonstrativos, interrogativos, relativos, indefinidos, adjetivos e substantivos.

     

    Como o que está em jogo no exercício são os pronomes oblíquos, que são um tipo específico de pronomes pessoais.

     

    A questão é focada nos pronomes oblíquos átonos, que são aqueles que exercem função sintática de complemento. São eles: me, te, se, o, os, a, as, lhe, lhes, nos e vos, sendo divididos da seguinte forma:

     

    1ª pessoa do singular: me; 2ª pessoa do singular: te; 3ª pessoa do singular: lhe, o, a, se.

     

    1ª pessoa do plural: nos; 2ª pessoa do plural: vos; 3ª pessoa do plural: lhes, os, as, se.

     

    Agora, vamos analisar as particularidades na utilização desses pronomes:

     

    • Quando o verbo terminar em R, S ou Z, os pronomes o, os, a, as assumirão as formas -lo, -la, -los, -las, como nas frases abaixo:

     

    Se o carro não fosse tão caro nós poderíamos (verbo terminado em S) comprá-lo.

     

    O dever de casa, Carlos fê-lo com atenção. (O verbo fazer – aqui flexionado – termina em R).

     

    Buscamo-la logo após à nossa chegada. (O verbo buscar - aqui flexionado – termina em R).

     

    • Quando as terminações forem ditongos nasais (-ão, -õe(m), -am, -em), os pronomes o, os, a, as assumem as formas -no, -na, -nos, -nas, como nas frases abaixo:

     

    Façam-na falar!

    As cadeiras, põe-nas em ordem.


    Isso eles dão-nos com frequência.

     

    • Por fim, quando o pronome oblíquo estiver substituindo um objeto indireto (ou seja, aquele que é acompanhado de preposição) utiliza-se lhe (singular) ou lhes (plural).

     

    Agora que já conhecemos as regras básicas de emprego dos pronomes oblíquos átomos, vejamos o que nos diz o enunciado da questão:

     

    Nas frases formuladas a partir das informações do texto – São muitos os problemas ambientais que ameaçam a humanidade; cabe ao poder público protegê-la. – os termos em destaque estão, correta e respectivamente, substituídos, de acordo com a norma-padrão do emprego e da colocação pronominal, em:

     

    Analisando as alternativas temos:

     

    A) ameaçam-a / cabe-lo. Incorreta. A forma verbal ameaçam é terminada num ditongo nasal, portanto, o pronome oblíquo a deveria assumir a forma na.

     

    B) a ameaçam / cabe-lhe. Correta. O pronome oblíquo a aparece como complemento de humanidade, ao passo que o pronome oblíquo lhe substitui o objeto indireto do verbo caber.

     

    C) ameaçam-a / cabe-o. Incorreta. A forma verbal ameaçam é terminada num ditongo nasal, portanto, o pronome oblíquo a deveria assumir a forma na.

     

    D) ameaçam-la / cabe-lhe. Incorreta. A forma la só pode ser usada em verbos terminadas em R, S ou Z.

     

    E) ameaçam-lhe / lhe cabe. Incorreta. O pronome oblíquo lhe é usado para substituir um objeto indireto, porém, o verbo ameaçar é transitivo direto, isto é, pede objeto direto.

     

    Gabarito do professor: Letra B.

  • PRONOME RELATIVO ATRAI A PRÓCLISE = QUE A AMEAÇAM

    LHE FUNCIONA COMO OBJETO INDIRETO

  • Dica, toda vez que tiver "QUE" ele sempre vai ser atrativo, mesmo que seja por QUE

  • esse "que" que me salvou.
  • Gabarito: B

    Principais Regras de Colocação Pronominal:

    1- Início de frase usa-se a próclise. Ex: Dar me um garfo.

    2- Verbo no particípio usa-se a próclise. Ex: Tenho te procurado sempre.

    3- Verbo no futuro usa-se a mesóclise. Ex: Dar-te-ia um garfo.

    4- Palavra atrativa como "que, nunca, não, jamais, sempre etc" atrai para a próclise. Ex: Não se achar.

    5- Verbo no gerúndio usa-se a ênclise. Ex: Estou fazendo me de bonito.

    6- Sujeito expresso e próximo ao verbo poderá usar a ênclise ou próclise (facultado)

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  • essa estava mole!