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ID
5250259
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Marília - SP
Ano
2019
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto para responder à questão.

Mais uma barragem

  Parece um pesadelo sem fim. Somente quatro meses depois da tragédia de Brumadinho, e três anos e meio desde o rompimento da barragem de Mariana, o estado de Minas Gerais se encontra às voltas com a possibilidade iminente de mais um desastre do gênero.
  O sinal de alerta soou no complexo minerário Gongo Soco, também pertencente à Vale, no município de Barão de Cocais, onde o talude que forma a parede da cava da mina deverá ceder nos próximos dias.
  O risco é que a vibração provoque danos à barragem de rejeitos localizada a 1,5 km distante da cava, levando à sua ruptura. Tanto a empresa como a Agência Nacional de Mineração (ANM), no entanto, afirmam não ser possível prever as avarias que o evento causará.
  A encosta de sustentação vinha se movimentando cerca 10 centímetros por ano desde 2012, medida considerada aceitável para uma cava profunda, segundo a ANM. Desde o fim de abril, porém, a velocidade do deslocamento acelerou-se para 5 centímetros por dia, condenando a estrutura.
  “O talude da cava vai se romper com a gravidade, isso é um fato. O que estamos fazendo agora é minimizar os riscos e evitar que pessoas transitem dentro da cava ou que sejam atingidas”, afirmou o diretor da ANM Eduardo Leão.
  Felizmente, mesmo que o pior cenário se concretize, não há risco de uma catástrofe humana como a que houve em Brumadinho, na qual morreram quase 300 pessoas.
  Os moradores das comunidades mais próximas à mina de Gongo Soco, que seriam atingidos em questão de minutos, foram retirados da área em fevereiro, quando a barragem ameaçada atingiu o nível 2 (numa escala de 1 a 3). De acordo com a Defesa Civil de Minas, 443 pessoas deixaram suas casas. Já os residentes da área urbana, que receberia a onda de lama em cerca de uma hora, vêm passando por treinamentos de fuga.
  Qualquer que seja o desfecho, o episódio traz à tona a imprudência não raro criminosa que permite a proximidade de barragens de rejeitos e povoações humanas.
Um enorme contingente convive, quiçá sem o saber, com o horizonte sombrio da ruptura.
  São 3,5 milhões de pessoas habitando cidades com estruturas que apresentam risco de rompimento – um total de 45, em mais de 30 municípios de 13 estados. Inexiste na legislação distância mínima a ser respeitada entre barragens e comunidades do entorno.
  Mais grave, entretanto, é a incúria de empresas e órgãos de controle que pode levar ao terceiro rompimento de um reservatório de rejeitos em tão pouco tempo.

(Editorial. Folha de S.Paulo, 22.05.2109. Adaptado)

O trecho destacado na passagem “São 3,5 milhões de pessoas habitando cidades com estruturas que apresentam risco de rompimento...” está substituído, em conformidade com a norma-padrão de regência nominal e com sentido compatível ao do texto original, em:

Alternativas
Comentários
  • Assertiva B

    estruturas passíveis de rompimento.

    Passível

    Preposição - de

  • GABARITO: B

    a) estruturas propensas por rompimento. → Errado. Quem é propenso, é propenso A algo (ao rompimento).

    b) estruturas passíveis de rompimento. → Correto. Quem é passível, é passível DE algo (de rompimento).

    c) estruturas sensíveis de rompimento. → Errado. Quem é sensível, é sensível A algo (ao rompimento)

    d) estruturas suscetíveis com rompimento. → Errado. Você pegou, né? rsrs Quem é suscetível, é suscetível A algo (ao rompimento).

    e) estruturas sujeitas em rompimento. → Errado. Quem é sujeito, é sujeito A algo (ao rompimento).

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • A regência nominal difere da verbal, pois o teor é tratar da relação entre termos regentes (adjetivo, advérbio e substantivo) e regidos (complementos nominais), feita também por meio de preposições (a, de, por, sobre, em, etc.).

    a) estruturas propensas por rompimento.

    Incorreto. De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.415, o adjetivo "propenso" rege somente duas preposições: "a" e "para". Correção: "estruturas propensas a rompimento" ou "estruturas propensas para rompimento";

    b) estruturas passíveis de rompimento.

    Correto. De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.377, o adjetivo "passível" rege uma preposição: "de";

    c) estruturas sensíveis de rompimento.

    Incorreto. De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.473, o adjetivo "sensível" rege duas preposições: "a" e "para". Correção: "estruturas sensíveis a rompimento". Obs.: a preposição "para" é usada quando se quer indicar que algo é sensível para alguém;

    d) estruturas suscetíveis com rompimento.

    Incorreto. De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.492, o adjetivo "suscetível" rege duas preposições: "a" e "de". Correção: "estruturas suscetíveis a rompimento" ou "estruturas suscetíveis de rompimento";

    e) estruturas sujeitas em rompimento.

    Incorreto. De acordo com Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Nominal, p.489, o adjetivo "sujeito" rege uma preposição: "a". Correção: "estruturas sujeitas a rompimento".

    Letra B

  • GAB. B

    estruturas passíveis de rompimento.

  • A. Errada. estruturas propensas por rompimento. Propensas (a/para) a rompimento.

    B. Correta. estruturas passíveis de rompimento.

    C. Errada. estruturas sensíveis de rompimento. Sensíveis (a/para) a rompimento.

    D. Errada. estruturas suscetíveis com rompimento. Suscetíveis (a/de) a rompimento.

    E. Errada. estruturas sujeitas em rompimento. Sujeitas (a) a rompimento.

  • A questão exige conhecimento sobre regência nominal e o uso de preposições. Vejamos qual alternativa está em conformidade com a norma-padrão: 

    A) estruturas propensas por rompimento.
    Incorreto. De acordo com a regência nominal, o termo "propensa-o" é regido pela preposição a usualmente. A preposição para também é utilizada. O correto seria “estruturas propensas a rompimento" ou “estruturas propensas para rompimento".

    B) estruturas passíveis de rompimento.
    Correto. A regência nominal do termo "passível" também pode ser passível de, além de passível a. 

    C) estruturas sensíveis de rompimento.
    Incorreto. O termo "sensível" é regido pela preposição a ou para. O correto seria “estruturas sensíveis a rompimento".

    D) estruturas suscetíveis com rompimento.
    Incorreto. O termo "suscetível" é regido pela preposição a ou de. O correto seria “estruturas suscetíveis a rompimento" ou “suscetíveis de rompimento".

    E) estruturas sujeitas em rompimento.
    Incorreto. O termo "sujeito" é regido pela preposição a. O correto seria “estruturas sujeitas a rompimento".

    Gabarito da Professora: Letra B.
  • propensas a/para

    passíveis de

    sensíveis a/para

    suscetíveis a/de

    sujeitas a