SóProvas


ID
5283673
Banca
NC-UFPR
Órgão
PM-PR
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir é referência para a questão.


    A insegurança alimenta o medo. Não surpreende que a guerra contra a insegurança ocupe lugar de destaque na lista de prioridades dos planejadores urbanos; ou pelo menos estes acreditam que deveria e, se indagados, insistem nisso. O problema, porém, é que, quando a insegurança se vai, a espontaneidade, a flexibilidade, a capacidade de surpreender e a oferta de aventuras, principais atrações da vida urbana, também tendem a desaparecer das ruas da cidade. A alternativa à insegurança não é a bênção da tranquilidade, mas a maldição do tédio. É possível superar o medo e ao mesmo tempo fugir do tédio? Pode-se suspeitar __________ esse quebra-cabeça seja o maior dilema a confrontar os planejadores e arquitetos urbanos – um dilema ainda sem uma solução convincente, satisfatória e incontestada, uma questão __________ talvez não se possa achar uma resposta plenamente adequada, mas que (talvez pela mesma razão) continuará estimulando arquitetos e planejadores a produzir experimentos cada vez mais radicais e invenções cada vez mais ousadas.

    Desde o início, as cidades têm sido lugares __________ estranhos convivem em estreita proximidade, embora permanecendo estranhos. A companhia de estranhos é sempre assustadora (ainda que nem sempre temida), já que faz parte da natureza dos estranhos, diferentemente tanto dos amigos quanto dos inimigos, que suas intenções, maneiras de pensar e reações a condições comuns sejam desconhecidas ou não conhecidas o suficiente __________ se possa calcular as probabilidades de sua conduta. Uma reunião de estranhos é um lócus de imprevisibilidade endêmica e incurável. Pode-se dizer isso de outra forma: os estranhos incorporam o risco. Não há risco sem pelo menos algum resquício de medo de um dano ou perda, mas sem risco também não há chance de ganho ou triunfo. Por essa razão, os ambientes carregados de risco não podem deixar de ser vistos como locais de intensa ambiguidade, o que, por sua vez, não deixa de evocar atitudes e reações ambivalentes. Os ambientes repletos de risco simultaneamente atraem e repelem, e o ponto __________ uma reação se transforma no seu oposto é eminentemente variável e mutante, virtualmente impossível de apontar com segurança, que dirá de fixar.


(BAUMAN, Zygmunt. Vida líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2007. Adaptado.)

Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto.

Alternativas
Comentários
  • Rapaz, só aguardando o que será a porrada da pcpr. UFPR pesou a mão na pmpr.

  • UFPR torturou os candidatos nessa prova de português.

  • Pode-se suspeitar __________ esse quebra-cabeça seja o maior dilema.

    Quanto à regência desse verbo, ele não exige preposição??? Na minha opinião, quem suspeita, suspeite "DE" alguma coisa...

    Vai entender.

  • Nível máximo. Os desavisados caem na curva.

  • Na primeira lacuna, quem suspeita não suspeita de algo?

  • Na primeira lacuna, quem suspeita não suspeita de algo?

  • no começo n entendi nada e no fim parecia que tava no começo

  • Fiz de traz pra frente..

  • pessoas que gostam de ler matam esse tipo de questão no feeling. Por isso ei digo que umas das melhores formas de aprender português é lendo

  • Depois dizem q exatas é difícil.

  • regência é assim mesmo... ou sabe ou não sabe...

  • pensei que era prova pra juiz

  • questão difícil, mas com o "para que " matava a questão..

    ... suficiente PARA QUE se possa..

  • Eu Suspeito QUE fui enganado.

    Eu Suspeito DE QUE fui enganado.

  • Sobre o verbo suspeitar (1° opção)

    http://solinguagem.blogspot.com/2011/05/regencia-verbal_9317.html

    https://papoentrenos.blogspot.com/2011/04/voce-sabe-o-que-e-dequeismo.html

  • Esta questão requer conhecimento acerca das classes gramaticais, emprego dos pronomes relativos, regência verbal e nominal e sintaxe de oração.

    Vamos à análise de cada lacuna.



    1ª lacuna: Pode-se suspeitar / que esse quebra-cabeça seja o maior dilema a confrontar os planejadores e arquitetos urbanos..."

    Esta lacuna só deve ser preenchida pela conjunção integrante “que".

    Trata-se de um período composto por subordinação em que a primeira oração (Pode-se suspeitar) é principal, e a segunda é oração subordinada substantiva subjetiva introduzida pela conjunção integrante “que", ou seja, exerce a função de sujeito da primeira oração. A oração subordinada substantiva subjetiva não pode ser introduzida por preposição. Então, descartam-se as alternativas (A) e (D).

    2ª lacuna: “...um dilema ainda sem uma solução convincente, satisfatória e incontestada, uma questão para a qual  talvez não se possa achar uma resposta plenamente adequada..."


    Esta lacuna só deve ser preenchida pelo pronome relativo “a qual" regido da preposição “para".


    O pronome relativo “a qual" refere-se ao substantivo anterior “questão" a fim de evitar sua repetição. O emprego da preposição “para" é devido à regência do substantivo “resposta". 

    “Talvez não se possa achar uma reposta plenamente adequada para uma questão".


    Como a preposição “para" é dissílaba, só se pode empregá-la com o pronome relativo “o qual" (e variantes). O pronome relativo “que" quando preposicionado, só admite preposições monossilábicas, mas, por questões de eufonia, rejeita também as preposições sem e sob.


    Sendo assim, já se podem descartar as alternativas (A), (B), (C) e (D).


    3ª lacuna: “Desde o início, as cidades têm sido lugares onde / em que / nos quais estranhos convivem em estreita proximidade..."


    O pronome relativo “onde" faz referência a substantivos locativos, tal pronome pode ser substituído pelos relativos “em que" ou “no qual" (e variantes). No caso, esta lacuna pode ser preenchida por “onde", “em que" ou “nos quais", pois faz referência ao substantivo locativo “lugares".

     



    4ª lacuna: “A companhia de estranhos é sempre assustadora (ainda que nem sempre temida), já que faz parte da natureza dos estranhos, diferentemente tanto dos amigos quanto dos inimigos, que suas intenções, maneiras de pensar e reações a condições comuns sejam desconhecidas ou não conhecidas o suficiente para que se possa calcular as probabilidades de sua conduta."


    Esta lacuna deve ser preenchida pela locução conjuntiva subordinativa adverbial de finalidade “para que", pois a oração introduzida por ela exprime finalidade, objetivo, intenção.

    5ª lacuna: “Os ambientes repletos de risco simultaneamente atraem e repelem, e o ponto em que / no qual uma reação se transforma no seu oposto é eminentemente variável e mutante, virtualmente impossível de apontar com segurança, que dirá de fixar".

    Esta lacuna pode ser preenchida pelos pronomes relativos “que" ou “o qual" regido da preposição “em".

    Portanto, a alternativa que preenche corretamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem no texto é a letra (E): que – para a qual – em que – para que – em que



    Gabarito da Professora: Letra E.

  • Uma questão com 36% de acertos nunca é uma questão bem elaborada. Até no gabarito do simulado do caveira a explicação para a primeira opção (suspeita DE) veio com "erro" se comparada ao gabarito do QC.

    PS: faça você uma redação lotada de aposto explicativo para ver a bambuzada que leva nas costas. Maaas, Baumam pode, né (contém ironia).

    Continuo sem entender essa questão.

  • Eai concurseiro!?

    Está só fazendo questões e esquecendo de treinar REDAÇÃO!?

    Não adianta passar na objetiva e reprovar na redação, isso seria um trauma para o resto da sua vida.

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  • realmente, só acertei por causa do "PARA QUE'