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n seria criticada na letra B?
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Erros :
a) Ela mesma confirmou a realização do encontro
b) Foi muito criticada pelos jornais a reedição da obra.
c) Ela ficou meio preocupada com a notícia
Dica letra C
Temos uma dica para quando você for usar cada palavra. No momento de formular a frase tente substituir os termos pelas palavras ‘mais’ ou ‘menos’ e ‘metade’.
Em situações em que mais ou menos se encaixar melhor o termo correto a usar será ‘meio’, onde couber a palavra ‘metade’, emprega-se o termo ‘meia’.
Lembrando que na hora de aplicar essa dica você deve se atentar se são casos de adjetivos, advérbios, numerais ou substantivos.
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A questão é sobre concordância nominal e quer que identifiquemos a frase correta. Vejamos:
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A) Ela mesmo confirmou a realização do encontro.
Errado. O certo é "elA mesmA...".
"Mesmo, próprio, incluso, anexo, leso, obrigado"
· Concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem.
Ex.: Elas mesmas (ou próprias) escreveram a redação. / Seguem anexos (ou inclusos) os arquivos.
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B) Foi muito criticado pelos jornais a reedição da obra.
Errado. O certo é "foi muito criticadA" (na ordem direta, temos: A reedição da obra foi muito criticadA pelos jornais).
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C) Ela ficou meia preocupada com a notícia.
Errado. Nesse caso, "meio" não varia. O certo, portanto, é "ela ficou meiO preocupada".
"Meio" no sentido de "um pouco", "mais ou menos" é um advérbio e, portanto, é invariável. Ex.: A porta da sala estava meio aberta.
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D) Muito obrigada, querido, falou-me emocionada
Certo. Como o gênero nesse caso é feminino, a concordância está correta: obrigada e emocionada.
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Gabarito: Letra D
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CUIDADO!
Atentem para comentários inadvertidos nessa questão.
Advirto mais uma vez: os comentários aqui presentes não contemplam uma explicação completa. Pela regra geral, todo advérbio é invariável; contudo, na alternativa C, há exceção constante nos anais da língua portuguesa: a palavra "meio", muito embora se porte como advérbio, pode variar em gênero e número. E abundam passagens catalogadas em literatura clássica: Machado de Assis, Eça de Queirós e Camões constituem três insuspeitos autores que acorriam à flexão de tal advérbio. Para testificar, leia-se passagem de cada um deles:
1) "(...) a cabeça do Rubião meia inclinada." (Machado de Assis, Quincas Borba);
2) "(...) a mesma mulher, sempre nua ou meia despida." (Eça de Queirós, A Cidade e As Serras);
3) "Uns caem meios mortos, e outros vão / A ajuda convocando do Alcorão." (Camões, Os Lusíadas III, 50).
Não digitei errado, você não leu errado e a obra da qual se extraíram as passagens foram revisadas: "meio", enquanto advérbio, pode variar. A lição, a propósito, recebe a chancela do professor Claudio Cezar Henriques, constante na página 4 do livro "Sintaxe".
Essa questão comprova que bancas de concursos desconhecem por completo as particularidades da língua portuguesa, e os alunos da plataforma apenas se limitam a repetir lições qual fossem regra inviolável.