- ID
- 5324746
- Banca
- IADES
- Órgão
- Instituto Rio Branco
- Ano
- 2021
- Provas
- Disciplina
- Relações Internacionais
- Assuntos
Depois da entrada dos Estados Unidos da América
(EUA) na Segunda Guerra (dezembro de 1941) e da aliança
firmada na Declaração das Nações Unidas, a guerra foi
paulatinamente pendendo em favor dos aliados e, entre eles,
ficou mais clara a percepção da necessidade de se criar uma
organização que preconizasse uma “trusteeship of the
powerful”, ideia de Roosevelt pela qual caberia às potências
vitoriosas a responsabilidade primária pela imposição da paz
após a guerra, pela força se preciso. Na concepção de
Roosevelt, as grandes potências seriam os “quatro policiais”
ou xerifes capazes de garantir a segurança em escala
mundial, dado que somente eles eram capazes de ter armas
para além de rifles. Inicialmente, Roosevelt pensou em três
policiais (EEUU, Grã-Bretanha e URSS), mas a eles
acrescentou a China, em face de um desejo norte-americano
“de reforçar a posição de seu aliado na luta contra o Japão no
Pacífico”. Há que se recordar que a República da China foi
membro fundador das Nações Unidas antes do final da
guerra civil que dividiu o país em dois.
GARCIA, Eugênio Vargas. Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Brasília: Funag, 2013, p. 30, com adaptações.
A respeito da composição do Conselho de Segurança das
Nações Unidas em suas origens, julgue (C ou E) o item a
seguir.
Roosevelt era simpático ao Brasil: visitou o País duas
vezes (em 1936 e em 1943), tendo-se encontrado com
Getúlio Vargas em ambas as ocasiões. Consta que o
presidente norte-americano considerava o presidente
brasileiro um parceiro confiável e o país amigo dos EUA,
comprometido ademais com a segurança e a defesa do
continente americano. Havia questões estratégicas
prementes e, em face da guerra, o Brasil seria útil à alta
política do Ocidente, em especial, quando se leva em
consideração que Vargas, apesar de ser um ditador, foi
aconselhado em sua política externa pelo americanófilo
Osvaldo Aranha. Havia, para além das pretensas
preferências pessoais de Roosevelt, uma percepção, por
parte dos EUA, de que o equilíbrio de forças na América
do Sul era instável.