QUANTO AS FASES DO SERVIÇO SOCIAL, TEMOS:
o Serviço Social enquanto conhecimento técnico-científico pode ser dividido em quatro fases:
Fase intuitiva e mítica: fase em que a interpretação dos fatos e da realidade se dá através do conhecimento do “senso comum”.
Fase idealista-filosófica: em que se acredita no poder das ideias e na concepção de mundo e de homem, pautado em teorias de valores. Trata-se de um processo indutivo de conhecimento.
Fase empírica-positiva: o empirismo se vale da experiência para a validação dos fatos, rejeitando a razão como prova da verdade. Na concepção do sociólogo francês Emile Durkheim, logo no início do século XX (1912), ano em que publica “As formas elementares da vida religiosa”, a realidade social é produzida através do todo e que se sobrepõe às partes que o formam. Torna seu pensamento “estático”, sem pensar em rupturas e no processo dinâmico das relações na sociedade. Refere-se a um processo dedutivo.
Fase científica e prática: momento em que se pode esclarecer o objeto sobre o qual queremos estabelecer conceitos, em um movimento dinâmico, determinados em um tempo e espaço com a utilização de técnicas adequadas. É através da “práxis” (ação) que concretizamos nossos conhecimentos. Isto quer dizer que as ações no Serviço Social deviam ser pautadas em situações práticas e concretas.
FONTE:Vieira (1985, p. 80)
QUANTO AS CONSTRUÇÕES QUE PERMEIAM O SERVIÇO SOCIAL, TEMOS:
Elege como aspectos relevantes e indicativos desse processo de auto reprodução quatro pontos: o caráter subordinado da profissão na divisão sócio-técnica do trabalho; a busca de uma especificidade profissional que responderia por sua legitimidade; a posição, derivada da tese anterior, de que a prática imediata é fonte da teoria profissional (praticismo) e a dificuldade da profissão em desvendar temáticas emergentes e novas demandas na atualidade “conservando, pelo contrário, praticamente inalterado o campo da intervenção”
FONTE: A Natureza do Serviço Social - Carlos Montaño
Portanto, a única incorreta é a letra C.
Apenas complementando o comentário da colega acima:
É importante ressaltar que o Serviço Social se baseia em as aspectos científicos mas não é considerado uma ciência. Segundo explicação da prof. Shellen Galdino:
Não é ciência e nem tem “teoria própria.”
O Serviço Social é uma profissão regulamentada, mas que desde de 1980 também se configura como área do conhecimento. O que permite uma contribuição a produção de conhecimentos e afirmação de um estatuto teórico.
A nossa interlocução é principalmente com as ciências sociais, portanto, a partir do diálogo com estas, fazemos mediações para as nossas análises, logo, também não possuímos “método próprio”. Os métodos são das ciências sociais e são adaptados para a nossa particularidade.
O Serviço Social é uma profissão inserida na sociossexual e técnica do trabalho e é uma especialização do trabalho coletivo; enquanto profissão, não é uma ciência nem dispõe de teoria própria; no entanto o fato de ser uma profissão não impossibilita que seus agentes realizem pesquisas, estudos, investigações etc. e que construam conhecimentos de natureza teórica, incorporáveis pelas ciências sociais e humanas.
Artigo: Serviço Social brasileiro: profissão e área do conhecimento
Autora: Ana Elizabete Mota