SóProvas


ID
5376265
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
MPE-RS
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

O texto a seguir refere-se à questão.

COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021

   Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.
   Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 
   [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 
   Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.
   Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos. 

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/
comodefinir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html.
Acesso em: 14 mai. 2021.

A respeito das seguintes expressões destacadas, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Não entendi.

  • Todo mundo (inclusive professores) indignado com o fato de a banca não anular essa questão. DAÍ não é consecutiva, é conclusiva.

  • CUIDADO

    A questão não possui gabarito

    Solicita-se indicação da assertiva correta:

    A) Em “Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos.”, a expressão em destaque é um advérbio de frequência.

    Incorreto. A expressão em destaque não é adverbio de frequência, mas locução adverbial de tempo.

    B) Em “Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação [...]”, a expressão em destaque é uma conjunção aditiva.

    Incorreto. O termo não possui natureza conjuncional, sendo palavra denotativa de inclusão.

    C) Em “Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia [...]”, a expressão em destaque funciona como um advérbio de modo.

    Incorreto. A construção é locução conjuntiva conclusiva.

    D) Em “Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los.”, a expressão em destaque atua como uma conjunção consecutiva.

    Incorreto. O termo é a contração da preposição "de" com o o adverbio "aí", normalmente utilizado para retomar de forma resumida uma informação, introduzindo uma conclusão.

    "Já não vinha bem, as dívidas se acumulavam, daí ter tomado aquela decisão."

    Não há valor consecutivo no termo (embora possa ser encontrado no sentido global da construção) que pode ser substituído por conjunção conclusiva como "por isso".

    E) Em “Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro [...]”, a expressão em destaque tem caráter interjetivo.

    Incorreto. O termo é adverbio, introduzindo na construção ideia de dúvida, possibilidade.

    Gabarito da banca na alterativa D

    Gabarito correto ausente

  • Cuidado! Essa questão deveria ser ANULADA!

    A alternativa D (gabarito da banca) é completamente equivocada.

    "Daí" não é uma conjunção consecutiva, mas sim CONCLUSIVA.

    Essa banca é uma vergonha!

  • Típica questão para cota fraude. Quando o deles TEM QUE entrar, a banca sempre dá um jeito. No Brasil, parece-me que a malandragem tomou conta e" se fodam" quem é honesto e dedicado.

  • Fiz a interposição de recurso pela anulação da questão, haja vista os argumentos já supracitados, não sendo deferido e mantida a questão.

    Infelizmente a vida é assim, não temos como controlar essas bancas, ainda mais essas arbitrariedades e incorreções.

  • Olhando os relatos dos colegas, vejo o quanto as Bancas de Concursos ainda reinam de forma unilateral...

    Defendo uma Lei Geral de Concursos, somos muito frágeis nessa relação. Tem banca que nao passa nem a sua classificação.. transparência zero. Exemplo IBAM.

    abraços

    Boa sorte!

  • Passada com os comentários dos colegas sobre a banca e o fato de a questão ter de ser anulada; quando vi que "errei", fiquei muito intrigada, e aí vim ler os comentários... Muito desmotivacional uma situação dessas!

  • Olá!

    Gabarito: B

    Bons estudos!

    -É praticando que se aprende e a prática leva á aprovação.

  • Fui seca na letra B. :(

    Quando nos deparamos com essa situação numa prova é bom brigarmos pelo ponto que não foi anulado, pois um ponto faz muita diferença! E o mais importante: "uma andorinha só não faz verão", ou seja, quanto mais recursos, para pedir a anulação, melhor!

  • Essa banca é uma piada...

  • Esta é uma questão cujo conteúdo está focado no reconhecimento de certas classes gramaticais, como advérbios, conjunções e interjeições. Dentre as classes gramaticais, os advérbios são aquelas palavras modificam o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, expressando circunstâncias de tempo, modo, intensidade, entre outros. Já as conjunções são palavras que ligam, na oração, dois elementos de mesma classe gramatical. Por fim, as interjeições são palavras que exprimem emoções e sentimentos.

    Dito isto, vamos à resolução.

    O enunciado nos coloca a seguinte situação:

    A respeito das seguintes expressões destacadas, assinale a alternativa correta:


    A) Em “Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos.", a expressão em destaque é um advérbio de frequência.

    A afirmativa está incorreta. Advérbios de frequência sequer existem, pois os advérbios se dividem em advérbios de tempo, de modo, de lugar e de intensidade. No caso, “às vezes" é uma locução adverbial. Como temos de assinalar a alternativa correta em relação à expressão em destaque, podemos eliminar a letra A.

    B) Em “Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação [...]", a expressão em destaque é uma conjunção aditiva.

    A afirmativa está incorreta, porém, é preciso que estejamos bastante atentos ao contexto. Isso porque “também", de fato pode exercer a função sintática de uma conjunção aditiva. As conjunções aditivas são aquelas que expressam ideia de continuação, de soma, de acréscimo. Só que, aqui, o vocábulo “também" exerce outra função: a de sujeito elíptico, isto é, aquele que não está explícito na oração. Para não repetir o sujeito da oração anterior do texto associado (“dúvida"), o autor optou pela elipse. Como temos de assinalar a alternativa correta em relação à expressão em destaque, podemos eliminar a letra B.

    C) Em “Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia [...]", a expressão em destaque funciona como um advérbio de modo.

    A afirmativa está incorreta. Advérbios de modo são aqueles que especificam o modo como a ação verbal foi realizada, como na frase “Ele anda depressa". Aqui, “depressa" especifica o modo como se realiza o ato de andar. No caso, “dessa forma" é uma conjunção que exprime a ideia de conclusão. Como temos de assinalar a alternativa correta em relação à expressão em destaque, podemos eliminar a letra C.

    D) Em “Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los.", a expressão em destaque atua como uma conjunção consecutiva.

    A afirmativa está correta. As conjunções consecutivas são aquelas que indicam uma consequência do fato referido na oração principal e é justamente isso o que ocorre aqui. Como temos de assinalar a alternativa correta em relação à expressão em destaque, nossa resposta é a letra D.

    E) Em “Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro [...]", a expressão em destaque tem caráter interjetivo.

    A afirmativa está incorreta. Interjeições são palavras que expressam emoções ou sentimentos, como nas frases “Nossa, como você está pálido!" e “Puxa, faz tempo que não te vejo!". “Talvez" não expressa nenhum sentimento. Como temos de assinalar a alternativa correta em relação à expressão em destaque, podemos eliminar a letra E.

    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Pessoal não ler direito e nem faz a interpretação correta e fica falando mal da banca. Vamos estudar mais galera e deixar de mimimi!!!!!

  • Vou fazer prova dessa banca :(

  • Resolução desta questão no minuto 01:47:02 https://youtu.be/DJXrTG-Y8wQ

  • Essa banca é cansativa demais. Custo tem colocar o numero das linhas para que voltemos ao texto??? affs

  • A respeito das seguintes expressões destacadas, assinale a alternativa correta.

    XEm “Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos.”, a expressão em destaque é um advérbio de frequência.

    Atenção, tomar cuidado com os advérbios, pois eles podem denotar circunstâncias infinitas. Não generalizem.

    Bechara cita até o famoso "lugar metafórico simbólico" conhecido por advérbio de "Iombra".

    Aqui não denota frequência e sim tempo. Troquem por "de vez em quando" .

    Denotando frequência: " Às vezes, passo naquela rua e a vejo naquele bar. Perceberam que denota uma frequência.

    Temos advérbio de tempo, intensidade, circunstância, causa, modo, preço, lugar, finalidade, meio, frequência... Não existe isso de termos uma lista contada. O lente está nas gramáticas do tempo do bufão! Como também essa expressão rs.

    XEm “Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação [...]”, a expressão em destaque é uma conjunção aditiva.

    Neste contexto: morfologicamente advérbio inclusivo, sintaticamente sujeito.

    XEm “Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia [...]”, a expressão em destaque funciona como um advérbio de modo.

    "Com esse exercício simples, lembramos que gostavamos de aventuras ou de estudar as estrelas." Dessa forma, (...)

    Aqui o contexto e de conclusão. Serve como conjunção concluindo o período anterior.

    Troquem por " logo, portanto... "

    Em “Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los.”, a expressão em destaque atua como uma conjunção consecutiva.

    Lembremos que as bancas gostam de inventar. Este valor semântico é aproximado; aproxima-se mais da conclusão neste contexto. Mas se houver uma a que mais se aproxime, marcaremos!

    XEm “Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro [...]”, a expressão em destaque tem caráter interjetivo.

    Advérbio de dúvida, olha aí temos mais advérbios!

    E lembremos: as possibilidades de advérbios são infinitas.

  • Poxa, a D foi a primeira que eu risquei.

    AOCP é um trem chato d+

  • E eu reclamando das loucuras da banca CESPE. Uma pior que a outra.

  • Conjunções subortinativas consecutivas: expressa fato ou situação que é uma consequência lógica de fato ou situação expressos na oração principal, as conjunções consecutivas são: que (precedido de tal, tão, tanto, tamanho), de sorte que, de modo que, etc.

    Ex.: 

    • A situação foi de tal forma estranha, que preferi nem comentar.
    • O bebê chorou mesmo muito, tanto que acordou os vizinhos.
    • A casa custava tão cara que ela desistiu da compra.