ID 543178 Banca FCC Órgão TRT - 23ª REGIÃO (MT) Ano 2011 Provas FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Analista Judiciário - Publicidade e Propaganda Disciplina Comunicação Social Assuntos Principais Teorias e Autores Produção Publicitária Redação Publicitária Sociologia da Comunicação Teorias da Comunicação Segundo Habermas, Alternativas a dualidade do estrutural e as propriedades estruturais dos sistemas sociais são ao mesmo tempo o meio e o resultado que se organizam de maneira recursiva. ao trabalho etnometodológico cumpre identificar as operações pelas quais as pessoas se dão conta e dão conta do que elas próprias são e do que fazem no dia-a-dia no contexto das interações. todos vivem temporalidades diferenciadas que remetem a outras relações com o saber e outras posições nas redes de relações intersubjetivas. o fato social é resultado da atividade dos atores para conferir sentido a sua prática cotidiana. O esquema da comunicação substitui o da ação. a sociologia crítica deve estudar as redes de interação em uso na sociedade, constituída por relações comunicativas. Responder Comentários Questão prolixa. Quer confundir o candidato. Trata-se de um trecho da página 145 do livro "História das teorias da comunicação", escrito por Mattelart e Mattelart. LETRA E a) Errada: Esse pensamento não diz respeito a Habermas, mas a Giddens, que representa a Teoria da Estruturação (Paradigma Interpretativo). Sua reflexão etnometodológica abrange a "consciência prática" e as metodologias de ação, levando-no a pensar na imbricação entre prática e estrutura, ação e instituição, indivíduos e totalidade social, micro e macro. Assim, para Giddens, há uma relação dual dentro das estruturas que permite que os sistemas sociais sejam ao mesmo tempo meio e resultado.b) Errada. Esse conceito está certo, mas a etnometodologia não é tema do trabalho de Habermas. Ela aparece pela primeira vez no trabalho de Harold Garfinkel, autor de extrema importância nas correntes do Paradigma Interpretativo. Pra quem não se recorda, a etnometodologia é a sociologia das interações sociais. Devido a ela, podemos compreender as construções sociais que permeiam nossas conversas, nossos gestos, nossa comunicação.c) Errada: Novamente, o pensamento diz respeito ao Paradigma Interpretativo, que tem como objeto de estudo justamente as relações intersubjetivas. É através destas relações, experiência da vida cotidiana, que a interação social é possível, e por conseguinte, a possibilidade da comunicação.Este pensamento, em específico, é apresentado por Alfred Schütz, que introduz o conceito de "estoque do conhecimento". Para ele, o mundo social é interpretado em função de categorias e construções do senso comum, que os atores recorrem para orientar-se uns com os outros.d) Errada. Novamente, este pensamento é assinado por Harold Garfinkel, fundador da etnometodologia. Quando Garfinkel refletiu sobre o fato social, ele contrariou a teoria de Talcot Parsons, que foi seu professor. Para Parsons, o fato social era imposto pela sociedade, como uma coerção, e ao indivíduo não caberia nada além de acatá-lo. Para Garfinkel, o ato social não está pronto. Ele é resultado da atividade dos atores para conferir sentido à sua prática cotidiana.Se transpusermos esse pensamento para Habermas, poderíamos dizer que, para o autor da Escola de Frankfurt, um esquema não substitui o outro. Para Habermas, ação e interação devem ser analisadas associadas a tramas de trocas simbólicas e contextos linguísticos. A comunicação viria do modelo interativo da esfera pública.e) CERTÍSSIMA. De acordo com o livro dos Mattelart, Histórias das Teorias da Comunicação, Habermas via como dever da sociologia crítica estudar as redes de interação em uma sociedade constituída por relações comunicativas, a "união na comunicação de sujeitos opostos". Habermas propôs o debate crítico. Segundo ele, a consciência é fundamental para a emancipação, pois só o sujeito consciente pode ser livre.Observação: Habermas pertence à Sociologia da Ação. Todas as demais questões (a, b, c e d) referem-se ao conceito etnometodológico, foco principal das Sociologias Interpretativas.