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ID
5438392
Banca
IBADE
Órgão
IAPEN - AC
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto a seguir e responda o que se pede.

O PASTEL DA FEIRA

A ciência conseguiu. Com suas pesquisas proibiu a fritura. Descobriu que o colesterol mata e, mais que depressa, todos os jornais, revistas e TVs despejaram sobre nós toneladas de advertências. Quem lê sabe.
Quem sabe tem culpa e assim estragaram mais um dos meus prazeres - o pastel da feira, sempre tão bem acompanhado pelo caldo de cana - esse também, coitado, proibido.
Açúcar, gordura, glúten, ovo, farinha branca, óleo de soja, leite. A lista de proibições não para de crescer e de aborrecer aqueles que, como eu, adoram comer livremente tudo que é gostoso, como o pastel da feira: recheado, fumegante, que queima a boca dos afoitos.
[...]
Há anos não provo essa iguaria. Eu, que a tudo obedeço em nome da saúde, deveria ser fiel ao meu desejo, saciar minha vontade e mandar às favas a ciência e a sabedoria.
Fonte:
http://viveragora.com.br/cronicas-rapidas/

A forma verbal DEVERIA, empregada no último parágrafo, está no tempo verbal futuro do pretérito do modo indicativo porque nesse contexto permite inferir que a personagem:

Alternativas
Comentários
  • LETRA C

    Tem que ler o texto para acertar.

    ''Há anos não provo essa iguaria. Eu, que a tudo obedeço em nome da saúde, deveria ser fiel ao meu desejo...''

    PS: Essa personagem não sabe viver.

  • DEVERIA, mas não o fez.

  • 'Há anos não provo essa iguaria. Eu, que a tudo obedeço em nome da saúde, deveria ser fiel ao meu desejo...'' DEVERIA: FUTURO DO PRETERIT: Ele expressa incerteza, surpresa e indignação

  • eu DEVERIA ser como você e e obedecer a tudo em nome da saúde, mas prefiro ceder aos prazeres da gula e degustar um fumegante e recheado pastel de feira com caldo de cana.

  • Ela Não come o pastel há anos prefere seguir a ciência e cuidar da saúde.

    GAB: C

  • futuro do pretérito do indicativo se refere a um fato que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação passada. É utilizado também para indicar uma ação que é consequente de outra, encontrando-se condicionada. Expressa ainda incerteza, surpresa e indignação.

  • Essa é uma questão sobre o uso do verbo, em especial o futuro do pretérito, o qual normalmente utilizamos para lidar com uma realidade que poderia ter sido, mas não foi concretizada. Por exemplo:

    Eu tomaria a vacina hoje, mas tive resfriado – Ou seja, a ação de tomar a vacina poderia, mas não se concretizou.

    Marcia me ajudaria a fazer a lição, mas ela faltou hoje – Aqui, a ajuda de Marcia para fazer a lição não ocorreu, já que ela faltou.

    Observando agora o texto, percebemos que se trata de uma crônica muito bem humorada em que o autor se vê dividido entre o desejo de comer pastel de feira e resguardar sua saúde, evitando os componentes do pastel, embora isso sacrifique seu prazer gastronômico.

    Partindo para o último parágrafo, temos o seguinte período:

    Eu, que a tudo obedeço em nome da saúde, deveria ser fiel ao meu desejo, saciar minha vontade e mandar às favas a ciência e a sabedoria.

    Podemos ver que, ali, a forma verbal “deveria" está no futuro do pretérito do indicativo e, conforme já vimos, tal tempo verbal expressa uma ação que poderia ter acontecido, uma realidade que não chegou a se concretizar. Dessa forma, o autor deveria ser fiel ao seu desejo de comer o pastel e mandar às favas a ciência e a sabedoria, porém, não foi isso o que ocorreu e, como nos indica a letra C, “mesmo contra a sua vontade preferiu seguir a ciência".

     Gabarito do Professor: Letra C.