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ID
5466334
Banca
FGV
Órgão
TCE-PI
Ano
2021
Provas
Disciplina
Administração Financeira e Orçamentária
Assuntos

A estrutura do orçamento-programa se situa dentro de uma lógica orçamentária moderna, que concebe o orçamento como instrumento de gestão.

Entre as recomendações úteis para a organização da estrutura programática em uma entidade, uma opção INADEQUADA é que:

Alternativas
Comentários
  • Questão retirada do livro Giacomoni:

    "Os programas devem ser “monofuncionais”, ou seja, cada programa vincular-se-á somente a uma função (educação, saúde, transportes, habitação etc.)"

  • De onde sai esse tipo de questão?

    Peçam comentário do professor, por favor.

  • A questão trata do assunto ESPÉCIES DE ORÇAMENTO, especificamente sobre o Orçamento Programa.

    De acordo com James Giacomoni (2019), há dois estudos que apresentam recomendações úteis para a organização da estrutura programática, as quais servem perfeitamente para o modelo orçamentário de gestão. Consolidadas e com pequenos ajustes, as diretrizes estão indicadas a seguir:

    1) Os programas devem ser “monofuncionais", ou seja, cada programa vincular-se-á somente a uma função (educação, saúde, transportes, habitação etc.).

    2) Estabelecer critérios para distinguir entre programas de despesas em curso (no âmbito das políticas atuais) e novos programas de despesas (ao abrigo de novas políticas).

    3) Desenvolver um procedimento prático para calcular o custo aproximado dos programas.

    4) Cada programa terá mais de um subprograma e cada um destes será desmembrado em várias atividades e projetos. Cada subprograma estará relacionado somente com um programa. Da mesma forma, cada atividade, cada projeto relacionar-se-á apenas com um subprograma. Cada uma dessas categorias deve ser definida em consultas aos ministérios de linha e aplicada ao governo como um todo.

    5) Cada programa deve ter o tamanho apropriado para uma gestão eficiente. Isso varia de país para país, mas, frequentemente, implica, para programas amplos e de intensa utilização de recursos, que a unidade principal de especificação de desempenho e responsabilização esteja em nível mais baixo, por exemplo, no subprograma.

    6) Os programas e os subprogramas devem ser definidos de forma a apoiar o processo decisório político e a priorização, deixando clara a relação entre os recursos utilizados e os produtos e resultados previstos.

    7) Os programas devem levar em conta todas as atividades (incluindo as regulatórias) e projetos relacionados que, juntos, contribuem para a consecução dos objetivos. Isso significa que as despesas correntes e as de capital devem ser consideradas em conjunto quando da avaliação de desempenho do programa em relação a seus objetivos.

    8) As atividades e os projetos devem ser desenhados em níveis elevados de desagregação de maneira a apoiar a gestão na busca dos objetivos e resultados dos subprogramas.

    9) A responsabilização pelos subprogramas deve explicitar a responsabilidade gerencial, geral e, preferencialmente, em uma única unidade organizacional.

    10) Estabelecer critérios para a escolha dos gestores de programas e especificar as suas responsabilidades. A implementação de cada programa específico deve ser atribuída a uma unidade administrativa detentora de crédito (unidade orçamentária, no caso brasileiro).

    11) Selecionar alguns programas-piloto específicos em ministérios selecionados, com vistas a algumas melhorias iniciais em termos de eficiência, bem como para a obtenção de experiência.

    12) Realizar eventos de divulgação, junto ao pessoal da linha de frente, ministérios setoriais e, possivelmente, aos legisladores, sobre a lógica da iniciativa e sobre a introdução gradual da orientação para resultados.

    13) Expandir o modelo gradualmente a cada ano, adicionando alguns programas específicos e, com base na experiência, corrigir as medidas de desempenho e a estrutura de monitoramento.

    14) Incentivar as instituições de controle interno e externo a desenvolver habilidades para a realização de auditorias de eficiência, eficácia e economicidade.

    15) Aumentar a flexibilidade na gestão financeira e de pessoal.

    A alternativa A refere-se ao item 15; alternativa B ao item 8; alternativa C ao item 2; alternativa D ao item 1; e alternativa E ao item 4. Portanto, o único item incorreto é a alternativa D, pois os programas são monofuncionais, e NÃO multifuncionais.


    Gabarito do Professor: Letra D.
  • Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público- MCASP

    4.2.3. Classificação por Estrutura Programática

    Toda ação do Governo está estruturada em programas orientados para a realização dos objetivos estratégicos definidos no Plano Plurianual (PPA) para o período de quatro anos. Conforme estabelecido no art. 3º da Portaria MOG nº 42/1999, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estabelecerão, em atos próprios, suas estruturas de programas, códigos e identificação, respeitados os conceitos e determinações nela contidos. Ou seja, todos os entes devem ter seus trabalhos organizados por programas e ações, mas cada um estabelecerá seus próprios programas e ações de acordo com a referida Portaria.

    4.2.3.1. Programa

    Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um conjunto de ações que concorrem para a concretização de um objetivo comum preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada necessidade ou demanda da sociedade. O orçamento Federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas às ações sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado por sua unidade de medida, dará origem à meta. As informações mais detalhadas sobre os programas da União constam no Plano Plurianual e podem ser visualizados no sítio www.planejamento.gov.br.

  • Gabarito: D

    Diamond, em dois estudos (2005, p. 64; 2006, p. 111), e Schiavo-Campo (2009, p. 20-21), com base nas experiências de implantação de MTEFs, apresentam recomendações úteis para a organização da estrutura programática, as quais servem perfeitamente para o modelo orçamentário de gestão. Consolidadas e com pequenos ajustes, as diretrizes estão indicadas a seguir:

    15. Aumentar a flexibilidade na gestão financeira e de pessoal. (alternativa A - verdadeira)

    8. As atividades e os projetos devem ser desenhados em níveis elevados de desagregação de maneira a apoiar a gestão na busca dos objetivos e resultados dos subprogramas. (alternativa B - verdadeira)

    2. Estabelecer critérios para distinguir entre programas de despesas em curso (no âmbito das políticas atuais) e novos programas de despesas (ao abrigo de novas políticas) (alternativa B - verdadeira)

    1. Os programas devem ser “monofuncionais”, ou seja, cada programa vincular-se-á somente a uma função (educação, saúde, transportes, habitação etc.). (alternativa D - falsa)

    4. Cada programa terá mais de um subprograma e cada um destes será desmembrado em várias atividades e projetosCada subprograma estará relacionado somente com um programa. Da mesma forma, cada atividade, cada projeto relacionar-se-á apenas com um subprograma. Cada uma dessas categorias deve ser definida em consultas aos ministérios de linha e aplicada ao governo como um todo. (alternativa E - verdadeira)

    Fonte: Giacomoni, James. Orçamento governamental: teoria, sistema, processo / James Giacomoni. São Paulo: Atlas, 2019.

  • Gab. D

    Os programas devem ser “monofuncionais”.

  • os programas devem ser monofuncionais, inclusive uma das classificacoes das despesas orcamentarias é a classificacao funcional. O que significa classificacao orcamentaria dos recursos por Area de atuacao.

  • os programas são monofuncionais, e NÃO multifuncionais

    gabarito letra D

  • Essa prova tava difícil