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ID
5514142
Banca
VUNESP
Órgão
Prefeitura de Ribeirão Preto - SP
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    Em 16 de setembro de 1620, o Mayflower zarpou da Inglaterra com destino ao Novo Mundo, transportando 102 peregrinos e inaugurando a colonização do país que viria a ser os Estados Unidos. Quatrocentos anos depois, no mesmo dia e no mesmo porto britânico de Plymouth, de onde a antiga embarcação se lançou ao Atlântico, um novo Mayflower, completamente diferente daquele, foi oficialmente batizado. Dessa vez, porém, a missão desbravadora é outra: nos próximos dias, a nau inaugurará uma nova era nas navegações, sem passageiros nem tripulação, viajando de forma completamente autônoma.

    O Mayflower do século XXI é efetivamente guiado pela tecnologia, e não por pessoas — mais especificamente por um software que analisa informações vindas de radares, satélites e outros equipamentos que ajustam seu percurso e velocidade, evitando colisão com outras embarcações. O sistema tem como objetivo principal comprovar a viabilidade de navios sem assistência humana.

     Ao refazer a jornada histórica, o reluzente Mayflower não só provará sua capacidade de navegação autônoma, como também coletará informações da vida marinha, monitorando constantemente a temperatura e os níveis de sal e oxigênio das águas, além de verificar a existência de microplásticos poluentes no mar. Outro dispositivo especial são os microfones, que captarão sons emitidos por baleias encontradas pelo caminho.

    Apesar de toda a tecnologia e cuidados, o grau de aventura do projeto é inequívoco — sujeito, evidentemente, a contratempos, chuvas e trovoadas. Poucos dias depois da primeira partida do porto de Plymouth, em 15 de junho, com 10% do percurso já concluído, um problema no gerador a diesel forçou o retorno da embarcação à Inglaterra para reparo e, até 29 de junho, o barco aguardava sinal verde para zarpar novamente.

    Embora os percalços existam, a empolgação com o Mayflower e com outros barcos do tipo não arrefeceu. Com os últimos avanços, a tecnologia já tornou semiautônomos alguns processos de carga e descarga nos portos mais avançados. Até agora, depois de alguns anos de testes, existem dificuldades técnicas e legais a superar antes de pôr para rodar os aguardados carros autônomos. Imagine o tamanho do problema quando se trata de cargueiros e petroleiros de 10000 toneladas. Para chegar lá, as esperanças estão depositadas no sucesso de embarcações como o moderno Mayflower. Assim como a sua versão histórica, ele pode ficar marcado como o navio pioneiro de uma grande mudança.

(Sabrina Brito. Águas remotas. Veja, 07.07.2021. Adaptado)

Assinale a alternativa que substitui o trecho destacado na passagem – Embora os percalços existam, a empolgação com o Mayflower e com outros barcos do tipo não arrefeceu – preservando o sentido e observando a norma-padrão de concordância.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: A

    ➥ Antes de você sair rabiscando, veja o que a questão pede e comece por aquilo que é mais fácil para você. Veja: "preservando o sentido e observando a norma-padrão de concordância...". Isso é muito pessoal. Eu, por exemplo, gosto de observar a concordância, crase, regência etc. antes de olhar o sentido. Vamos, então, por esta ordem:

    1. retirar as alternativas em que constam erros de concordância;e
    2. observar o sentido da frase.

     

    ➥ De início, a gente percebe que, nas alternativas B, C e D, há erros de concordância. Lembre-se de que o verbo haver, quando possui sentido de existir, não possui sujeito e, por esta razão, não pode variar. Deve permanecer no singular.

     

    (B) Contanto que hajam percalços

    (C) Apesar de haverem percalços

    (D) Mesmo que houvessem percalços 

     

    O correto seria, respectivamente: haja, haver, houvesse.

     

    Agora a gente ficaria entre duas (A e E):

    (A) "Apesar de haver percalços"

    (E) "Mesmo se haja percalços"

     

    ➥ Pessoal, olhando o sentido da frase, a gente percebe que há uma relação de concessão: "Embora os percalços existam, a empolgação não arrefeceu". Como queremos realizar a substituição mantendo o sentido, devemos substituir por outra concessiva (mesmo que, ainda que, conquanto, apesar de etc.).

    Na alternativa A, encontramos esta relação de concessão. Já na alternativa E, não. Veja que não existe a conjunção "mesmo se". O correto seria "mesmo que...". Veja o que diz o professor Pestana, em sua gramática para concursos:

    "Mesmo se não é locução conjuntiva concessiva, tampouco construção culta, portanto evite! No lugar de 'mesmo se arrumasse um emprego, não conseguiria manter-se', use simplesmente 'mesmo que arrumasse um emprego não conseguiria manter-se'".

     

    Dessa forma você assinala a alternativa certa em menos de 1 minuto e passa à próxima questão.

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • Lembre-se, o verbo "Haver" com valor existêncial será sempre impessoal, todavia, ficará sempre na 3ª do singular.

  • Cuidei da conjunção e me esqueci do verbo

  • Haver no sentido de: existir, acontecer ou ocorrer. É IMPESSOAL! = 3PS.

  • o verbo haver como auxiliar de verbo que varia vai conjugar, mas se o verbo haver for o principal, ele vai tornar o auxiliar impessoal tbm, ele so contagia se for o principal, se for o auxiliar, ele é contagiado e varia

  • GABA: A

    3 pontos para resolver a questão

    1. ele quer o mesmo sentido(então devemos substituir "embora" por outra conjunção concessiva "mesmo que, apesar de, ainda que...)
    2. verbo HAVER no sentido de EXISTIR é INVARIÁVEL
    3. não existe MESMO SE, mas sim MESMO QUE

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