- ID
- 5522263
- Banca
- CEFET-MG
- Órgão
- CEFET-MG
- Ano
- 2021
- Provas
-
- CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Assistente em Administração
- CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Técnico de Laboratório - Área Edificações
- CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Técnico de Tecnologia da Informação Desenvolvimento de Sistemas
- CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Técnico de Tecnologia da Informação Infraestrutura de TIC
- CEFET-MG - 2021 - CEFET-MG - Técnico em Enfermagem
- Disciplina
- Português
- Assuntos
A questão refere-se ao texto a seguir.
Defender a ideia do mérito no Brasil significa, de alguma
maneira, advogar a superioridade branca, uma vez que são
esses grupos que detêm a riqueza e os cargos mais altos em
todas as instituições, públicas e privadas, do país. Também
detêm a possibilidade da ascensão social.
Se fôssemos comparar a situação com uma corrida de
obstáculos, seria igual a imaginar que uma parte dos atletas
começa a prova a 500 metros à frente dos outros, ou até que
“correm sozinhos”. O que essas elites não reconhecem – ou
fazem questão de não enxergar – é como o fato de ser branco ou
branca traz todo tipo de vantagens numa sociedade estruturada
pelo racismo. A produção do lugar de superioridade por parte
das elites dirigentes, a produção da subalternidade por parte
do colonizador por sobre o colonizado e a construção de um
racismo anti-indígena e antinegro conformam uma política
longeva e que tem nome: branquitude.
A branquitude também produz padrões brancos de beleza
(ditos) universais. Isto significa entender que estamos diante
de uma particularidade social que se pretende universal.
O padrão de beleza, herdado da Renascença, é esse: musas
brancas e bem aquinhoadas socialmente. O problema não é
o padrão em si. Assim como não se trata de uma questão de
gosto ou de mau gosto. Trata-se de observar como se dá a
produção dos gostos do colonizador que se impõe por sobre o
do colonizado. Esse é um outro poder – o poder de produção
de subjetividades do colonizador que estabiliza hierarquias de
superioridade e de inferioridade.
Fonte: SCHWARCZ, Lilia. Branquitude: a hora de tocar o despertador da nossa cidadania.
Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2021/Branquitude-hora-de-tocar-o-despertador-da-nossa- cidadania. Acesso em: 16 ago. 2021. (Adaptado)
A autora utiliza o neologismo “branquitude” para se referir a uma situação que, no Brasil,