SóProvas


ID
5601535
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
SANESUL
Ano
2021
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto apresentado a seguir:


Conheça a história do Cristo Redentor, da idealização à sua construção


Inaugurada em 12 de outubro de 1931, a estátua foi erguida com auxílio da população. Neste "Quer Que Eu Desenhe?", conheça o passado de um dos maiores símbolos do país.


Bernardo França e Tiemi Osato

12 out. 2021


Há 90 anos, era inaugurada uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Em 12 de outubro de 1931, peregrinos do mundo inteiro se dirigiram para onde hoje é o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, e viram, pela primeira vez, o monumento do Cristo Redentor.

A estátua começou a ser idealizada em meados do século 19, quando o padre francês Pierre Marie Boss exercia suas atividades em uma igreja com vista para o Monte Corcovado. A ideia de erguer um monumento religioso foi resgatada em 1888 pela princesa Isabel.

Após a assinatura da Lei Áurea, abolicionistas sugeriram homenagear a princesa com uma escultura no alto do Corcovado. Paroquiana do padre Boss e apelidada de “redentora”, ela negou a proposta e sugeriu uma imagem do Sagrado Coração de Jesus, para ela o verdadeiro redentor.

Embora tenha sido promulgado um decreto para viabilizar o monumento, a proclamação da República e a separação entre Igreja e Estado, em 1889, interromperam os planos. O projeto só saiu do papel em 1921, com os preparativos para a comemoração do centenário da Independência.

Com altura de um prédio de 13 andares, a maior parte da estátua foi construída no Brasil, no estilo art déco. As 50 peças da face e as oito das mãos foram moldadas em Paris e vieram para cá como um quebra-cabeça, com cada parte numerada para ser montada em solo brasileiro.

O Cristo é feito de concreto armado, revestido com pedra-sabão. Sua construção engajou a população tanto na arrecadação de fundos quanto no processo de montagem dos mosaicos que o constituem. E assim nasceu um dos maiores símbolos do país.


Disponível em: . Acesso em: 19 out. 2021.

Assinale a alternativa que apresenta o uso correto da vírgula, considerando trechos adaptados do texto.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito na alternativa D

    Solicita-se indicação da passagem corretamente virgulada:

    A) Em meados do século 19, quando o padre francês Pierre Marie Boss exercia suas atividades em uma igreja com vista para o Monte Corcovado, a estátua, começou a ser idealizada.

    Incorreta. A última vírgula da passagem separa indevidamente sujeito e forma verbal, deveria, pois, ser suprimida;

    B) A maior parte da estátua, com altura de um prédio de 13 andares, foi construída, no Brasil. 

    Incorreta. Embora o adjunto adverbial em sua posição natural (ao final da passagem ao qual reporte) aceite virgulação por motivos estilísticos, forçoso é perceber que a vírgula que o separa na passagem da forma verbal de particípio prejudica a progressão textual. Não é uso correto do sinal de pontuação;

    C) Paroquiana do padre Boss, apelidada de “redentora”, ela negou a proposta e sugeriu, uma imagem do Sagrado Coração de Jesus o verdadeiro redentor para ela. 

    Incorreta. A vírgula destacada, terceira da passagem, separa indevidamente o verbo de seu complemento direto;

    D) Conheça, neste "Quer Que Eu Desenhe?", o passado de um dos maiores símbolos do país.

    Correta. Não são encontrados problemas na presente construção. As vírgulas separam adjunto adverbial locativo demovido de sua posição original;

    E) As peças da face e das mãos moldadas em Paris, vieram como um quebra-cabeça, para cá, cada parte, veio numerada, para ser montada em solo brasileiro.

    Incorreta. A primeira vírgula da passagem deveria ser suprimida ou acompanhada de uma vírgula após "mãos", salvo os devidos sentidos. A segunda vírgula isola indevidamente adjunto adverbial em posição natural, consoante exposto anteriormente, ao passo que a quarta vírgula separa sujeito e forma verbal.

  • Minha contribuição.

    Pode-se empregar a vírgula para:

    a) Separar termos que possuem mesma função sintática no período. Essa regra também pode ser identificada como vírgula para separar termos de uma enumeração ou como vírgula para separar termos coordenados:

    Ex.: João, Mariano, César e Pedro farão a prova.

    b) Isolar o vocativo:

    Ex.: Força, guerreiro!

    c) Isolar o aposto explicativo:

    Ex.: José de Alencar, o autor de “Lucíola”, foi um romancista brasileiro.

    d) Para indicar mobilidade sintática.

    Ex.: Na semana anterior, ele foi convocado a depor.

    e) Para separar expressões retificativas, exemplificativas e conectivos de natureza adversativa:

    Ex.: O governador já ativou os planos alternativos, isto é, deixou claro que não está do lado do povo.

    f) Para separar os nomes de locais e datas:

    Ex.: Brasília, 23 de janeiro de 2020.

    g) Para isolar orações subordinadas adjetivas explicativas:

    Ex.: O Brasil, que busca uma equidade social, ainda sofre com a desigualdade.

    h) Para separar termos enumerativos:

    Ex.: O palestrante falou sobre fome, tristeza, desemprego e depressão.

    i) Para omitir um termo (elipse verbal/zeugma):

    Ex.: Pedro estudava pela manhã; Mariana, à tarde.

    j) Para separar orações:

    Ex.: Júlio usou suas estratégias, mas não venceu o desafio.

    Fonte: Jamilk

    Abraço!!!

  • Cadê os comentários do professores?

    Fiquei em dúvida entre a B e D, pois ambas formas verbais estão separadas por vírgulas.

  • A última virgula da alternativa B é claramente facultativa!

  • A última vírgula do item B está errada. Alguns adjuntos adverbiais são considerados "presos", não aceitando vírgula.

    Exemplo: Eu estou bem. "bem" é um adjunto adverbial, indicando o modo como a pessoa está. Apesar de estar no final da frase, não podemos separar por vírgula, pois perde-se o sentido: "Eu estou, bem".