SóProvas


ID
5612143
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Guatambú - SC
Ano
2022
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Leia o texto de Luís Fernando Veríssimo.


Foi numa festa de família, dessas de fim de ano. Já que o bisavô estava morre não morre, decidiram tirar uma fotografia de toda a família reunida, talvez pela última vez.

A bisa e o bisa sentados, filhos, filhas, noras, genros e netos em volta, bisnetos na frente, esparramados pelo chão. Castelo, o dono da câmara, comandou a pose, depois tirou o olho do visor e ofereceu a câmara a quem ia tirar a fotografia. Mas quem ia tirar a fotografia? – Tira você mesmo, ué. – Ah, é? E eu não saio na foto?

O Castelo era o genro mais velho. O primeiro genro. O que sustentava os velhos. Tinha que estar na fotografia. – Tiro eu - disse o marido da Bitinha. – Você fica aqui - comandou a Bitinha. Havia uma certa resistência ao marido da Bitinha na família. A Bitinha, orgulhosa, insistia para que o marido reagisse. “Não deixa eles te humilharem, Mário Cesar”, dizia sempre. O Mário Cesar ficou firme onde estava, do lado da mulher.

A própria Bitinha fez a sugestão maldosa: – Acho que quem deve tirar é o Dudu… O Dudu era o filho mais novo de Andradina, uma das noras, casada com o Luiz Olavo. Havia a suspeita, nunca claramente anunciada, de que não fosse filho do Luiz Olavo. O Dudu se prontificou a tirar a fotografia, mas a Andradina segurou o filho. – Só faltava essa, o Dudu não sai.

E agora? – Pô, Castelo. Você disse que essa câmara só faltava falar. E não tem nem timer!

O Castelo impávido. Tinham ciúmes dele. Porque ele tinha um Santana do ano. Porque comprara a câmara num duty free da Europa. Aliás, o apelido dele entre os outros era “Dutifri”, mas ele não sabia.

– Revezamento - sugeriu alguém. – Cada genro bate uma foto em que ele não aparece, e… A ideia foi sepultada em protestos. Tinha que ser toda a família reunida em volta da bisa. Foi quando o próprio bisa se ergueu, caminhou decididamente até o Castelo e arrancou a câmara da sua mão. – Dá aqui. – Mas seu Domício… – Vai pra lá e fica quieto. – Papai, o senhor tem que sair na foto. Senão não tem sentido! – Eu fico implícito - disse o velho, já com o olho no visor. E antes que houvesse mais protestos, acionou a câmara, tirou a foto e foi dormir

Preencha as lacunas das frases com o que está colocado entre parênteses.

◾ Informei ........... (aos/os) professores sobre o possível concurso para efetivos.

◾ Mora .............. (à/na) Rua das Torres e prefere ônibus ...........(a/do que) carro particular para ir .............. (no/ao) centro da cidade.

◾ Gostaria de pedir peixe e carne bem ............... (passada/passados).

◾ Maria estava ............ (meio/meia) cansada, tomou apenas .............. (meio/meia) xícara de chá e foi dormir, dizendo .............. (obrigado/obrigada) ao seu pai que .......... (a/lhe) olhava com carinho.

Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente as lacunas do texto.

Alternativas
Comentários
  • gabarito letra B

    ◾ Informei ........... (aos/os) professores sobre o possível concurso para efetivos.

    ➡ Quem informa, informa ALGO (O.D) a ALGUÉM (O.I)

    ➡ Quem informa, informa ALGUÉM (O.D) de ALGO (O.I)

    ➡ Quem informa, informa ALGUÉM (O.D) sobre ALGO (O.I)

    ➡➡ portanto, informei os professores (OD) sobre o possível concurso para efetivos.(oi)

    outra questão sobre Q585214

    ◾ Mora .............. (à/na) Rua das Torres e prefere ônibus ...........(a/do que) carro particular para ir .............. (no/ao) centro da cidade.

    ➡ usa-se verbo morar com a preposição EM (no caso da questão houve a aglutinação da preposição em + artigo definido a = na) . devendo evitar-se o emprego da preposição a, por se tratar de verbo de quietação. ( Dicionário de Regência Verbal, de Celso Pedro Luft)

    ➡ prefere-se algo A alguma coisa.

    ➡➡ é Errado reforçar (prefiro muito mais isso a aquilo)

    ➡➡ também é errado preferir algo do que outro. (regência admite apenas a preposição “a”)

    ◾ Gostaria de pedir peixe e carne bem ............... (passada/passados).

    ➡ aqui tanto faz, pois se trata de um caso de adequação.

    ➡ peixe e carne bem passados (os dois)

    ➡ peixe e carne bem passada (só a carne é bem passada, quanto ao peixe não se pode afirmar)

    ◾ Maria estava ............ (meio/meia) cansada, tomou apenas .............. (meio/meia) xícara de chá e foi dormir, dizendo .............. (obrigado/obrigada) ao seu pai que .......... (a/lhe) olhava com carinho.

    ➡A palavra “meio”: depende da classificação.

    • Advérbio: Aquela menina parece meio abatida. (um pouco)

    • Numeral: Nhonho comeu meia melancia. (metade)

    • Substantivo: João não encontrou meios para mudar de vida. (formas)

    ➡ meio cansada (advérbio)

    ➡ meia xícara (numeral)

    ➡ ela disse obrigada

    A (OD) olhava ( o pai olhava maria) ➡ olhar alguém pede um objeto direto, não podendo-se utilizar um pronome indireto (LHE)

    bons estudos

  • I - Informei OS (aos/os) professores sobre o possível concurso para efetivos.

    Note que o verbo "informar" é bitransitivo no contexto em apreço. Note também que o complemento verbal indireto já está presente, de modo que falta o complemento verbal direto (objeto direto). Ora, se falta o objeto direto, então é preenchida a lacuna com o artigo "os", e não "aos" (este último seria para o objeto indireto);

    II - Mora NA (à/na) Rua das Torres e prefere ônibus A (a/do que) carro particular para ir AO (no/ao) centro da cidade.

    Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, p. 371, ensina que se deve evitar a construção "morar a", em que pese ser normal essa construção sobretudo em linguagem jornalística. Outro gramático, Rocha Lima, em Gramática Normativa da Língua Portuguesa, p. 530, apesar de não condenar expressamente a construção "morar a", leciona que o verbo "morar" constrói-se com a preposição "em" e ainda nos cede tais exemplos:

    I - "Morava na rua da Madalena." (Eça de Queirós)

    II - "Moro mesmo na Corte." (Machado de Assis)

    O verbo "preferir", quando coteja duas coisas, é sempre bitransitivo e rege a preposição "a", nunca "de". De mais a mais, repele a presença de intensificadores do tipo "mais", "muito mais".

    O verbo "ir", no contexto em tela, é transitivo indireto e rege a preposição "a", consoante Celso Pedro Luft em Dicionário Prático de Regência Verbal, p. 342.

    III - Gostaria de pedir peixe e carne bem PASSADOS (passada/passados).

    Um mesmo adjunto adnominal posposto a dois núcleos de gêneros distintos deve flexionar-se no plural masculino, se o escopo for referir a ambos, ou com o mais próximo, quando se quer concordar apenas com este.

    IV - Maria estava MEIO (meio/meia) cansada, tomou apenas MEIA (meio/meia) xícara de chá e foi dormir, dizendo OBRIGADA (obrigado/obrigada) ao seu pai que A (a/lhe) olhava com carinho.

    Nesta ordem: "meio" é advérbio e não varia (modifica o adjetivo "cansada"); "meia" é adjetivo e concorda com o substantivo "xícara"; a palavra "obrigada" é adjetivo e concorda com o gênero da pessoa que fala (no caso em tela, uma mulher); o verbo "olhar" é transitivo direto, de modo que o complemento verbal direto só pode ser o pronome "a" no contexto trazido.

    Letra B

  • aqui tanto faz, pois se trata de um caso de adequação.

    ➡ peixe e carne bem passados (os dois)

    ➡ peixe e carne bem passada (só a carne é bem passada, quanto ao peixe não se pode afirmar)

    errei porque não sabia dessa informação como e composto fui no passados.

    boa informação colega Felipe

  • Gab b! ps. regência do verbo informar:

    Informar: dupla regência

    Objeto direto: usar artigo o\a

    Objeto indireto: preposições: ao\sobre\de

    ''ela informou o problema (od) Ao advogado (oi)''

    ''ela informou O advogado (od) SOBRE o problema (oi)

    PRONOMINAL:

    Informou-o do problema

    informou-o sobre o problema

  • salve pra quem tb esqueceu que "SOBRE" é uma preposição

  • E quando você pensa que acertou vêm algo SOBRE você...kkk

  • Fui seco na letra E.