SóProvas


ID
5618329
Banca
VUNESP
Órgão
PM-SP
Ano
2022
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

    A verdadeira história do Papai Noel

        O Papai Noel que conhecemos hoje, gordo e bonachão, barba branca, vestes vermelhas, é produto de um imemorial sincretismo1 de lendas pagãs e cristãs, a tal ponto que é impossível identificar uma fonte única para o mito. Sabe-se, porém, que sua aparência foi fixada e difundida para o mundo na segunda metade do século 19 por um famoso ilustrador e cartunista americano, Thomas Nast. Nas gravuras de Nast, o único traço que destoa significativamente do Noel de hoje é o longo cachimbo que o personagem dele fumava sem parar, algo que nossos tempos antitabagistas já não permitem ao bom velhinho.

        O sucesso da representação pictórica feita por Nast não significa que ele possa reivindicar qualquer naco2 da paternidade da lenda, mas apenas que seu Santa Claus – o nome de Papai Noel em inglês – deixou no passado e nas enciclopédias de folclore a maior parte das variações regionais que a figura do distribuidor de presentes exibia, dos trajes verdes em muitos países europeus aos chifres de bode (!) em certas lendas nórdicas.

        Antes de prevalecer a imagem atual, um fator de unificação desses personagens era a referência mais ou menos direta, quase sempre distorcida por crenças locais, a São Nicolau, personagem historicamente nebuloso que viveu entre os séculos 3 e 4 da era cristã e que gozou da fama de ser, além de milagreiro, especialmente generoso com os pobres e as crianças. É impreciso o momento em que o costume de presentear as crianças no dia de São Nicolau, 6 de dezembro, foi transferido para o Natal na maior parte dos países europeus, embora a data primitiva ainda seja observada por parte da população na Holanda e na Bélgica. Nascia assim o personagem do Père Noël (como o velhinho é chamado na França) ou Pai Natal (em Portugal) – o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade.

(Sérgio Rodrigues. Em: https://veja.abril.com.br. Adaptado)

1 sincretismo: combinação

2 naco: parte, pedaço

Na oração do 3º parágrafo – ... o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade. –, o uso da preposição “por” mantém-se caso a forma verbal destacada seja substituída por:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: C

    a) apropriou-se → Errado. Quem se apropria, se apropria DE algo (o Brasil, como se vê, apropriou-se DE uma tradução pela metade).

    b) valeu-se → Errado. Quem se vale, se vale DE algo (o Brasil, como se vê, valeu-se DE uma tradução pela metade)

    c) decidiu-se → Correto. O verbo decidir-se, no sentido de dar preferência, pede as preposições a ou por:

    • "Decidi-me a largar a cidade grande";
    • "Decidiu-se por uma Nova Sessão de Conciliação";
    • "... o Brasil, como se vê, decidiu-se POR uma tradução pela metade".

    ➥ Quando trocamos o verbo optar por decidir-se, mantemos a preposição por.

    d) utilizou-se → Errado. Quem se utiliza, se utiliza DE algo (o Brasil, como se vê, utilizou-se DE uma tradução pela metade).

     

    Fontes:

    • profes.com.br/tira-duvidas/portugues/regencia-verbo-decidir/
    • vestibular.uol.com.br/duvidas-de-portugues/posso-utilizar-de-seu-telefone-por-uns-instantes.htm#:~:text=Utilizar%2C%20que%20não%20admite%20preposição,de%3B%20servir-se".

    Espero ter ajudado.

    Bons estudos! :)

  • Gabarito na alternativa C

    Solicita-se indicação da forma verbal que apresenta idêntica regência a encontrada em:

    "... o Brasil, como se vê, optou por uma tradução pela metade."

    C) decidiu-se

    O verbo "decidir", quando pronominal, regerá a preposição "por", de forma idêntica a encontrada no enunciado:

    "... o Brasil, como se vê, decidiu-se por uma tradução pela metade."

    ---

    As alternativas A, B e D, verbos "apropriar-se", "valer-se" e "utilizar-se", pronominais, regem todos a preposição "de":

    "... o Brasil, como se vê, apropriou-se de uma tradução pela metade."

    "... o Brasil, como se vê, valeu-se de uma tradução pela metade."

    "... o Brasil, como se vê, utilizou-se de uma tradução pela metade."

  • Quem se decidiu, decidiu-se por algo ou por alguma coisa.

    GAB LETRA C

  • QUEM DECIDE, DECIDE POR ALGUMA COISA(É BEM DIFERENTE MESMO) KKK

    PC-SP 2022

  • a) apropriou-se → Errado. Quem se apropria, se apropria DE algo (o Brasil, como se vê, apropriou-se DE uma tradução pela metade).

    b) valeu-se → Errado. Quem se vale, se vale DE algo (o Brasil, como se vê, valeu-se DE uma tradução pela metade)

    c) decidiu-se → Correto. O verbo decidir-se, no sentido de dar preferência, pede as preposições a ou por:

    • "Decidi-me a largar a cidade grande";
    • "Decidiu-se por uma Nova Sessão de Conciliação";
    • "... o Brasil, como se vê, decidiu-se POR uma tradução pela metade".

    ➥ Quando trocamos o verbo optar por decidir-semantemos preposição por.

    d) utilizou-se → Errado. Quem se utiliza, se utiliza DE algo (o Brasil, como se vê, utilizou-se DE uma tradução pela metade).

  • Gabarito: C

    Vide transitividade.