SóProvas


ID
5668393
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Telebras
Ano
2022
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Texto CB4A1-I


    A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas tem aumentado no correr de milênios.

    No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege), publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais, enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.

    Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta, desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa estratégia do engano quase à perfeição.

    Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos. Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.

Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações. São Paulo em Perspectiva. Internet: <http://www.scielo.br/> (com adaptações)

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.


No último parágrafo do texto, a partícula “se”, em “Fala-se já de bombas eletrônicas”, indica que o sujeito da oração é indeterminado.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Certo.

    Índice de Indeterminação do Sujeito se + verbo intransitivo, verbo transitivo indireto ou verbo de ligação. Partícula Apassivadora se + verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto.

    Diante do caso de um sujeito indeterminado, os verbos devem ser conjugados na 3.ª pessoa do singular:

    • Fala-se muito em novas tecnologias.
    • Precisa-se de pessoas com atitude.
    • Confia-se nas pessoas.

    Diante do caso de voz passiva, os verbos devem ser conjugados de acordo com o sujeito da oração:

    • Comeu-se o bolo.
    • Comeram-se o bolo e os brigadeiros.
    • Estragou-se o papel.
    • Estragaram-se o papel e as tintas.
    • PPPE 2022.
  • O trecho a ser inspecionado:

     “Fala-se já de bombas eletrônicas."

    Vou-lhes dar uma dica valiosa: sempre que uma partícula "se" estiver acoplada a algum verbo transitivo indireto, de ligação ou intransitivo, procure notar se essa oração, caso reescrita, passará a equivaler a outra que tem por sujeito o pronome "alguém" ou a locução pronominal "a gente". Se sim, então haverá sujeito indeterminado:

    a) Vive-se bem aqui na cidade → a gente/alguém vive bem na cidade;

    b) Precisa-se de pintores urgentemente → a gente/alguém precisa de pintores urgentemente;

    c) Passa-se com dificuldades em concursos → a gente/alguém passa com dificuldades em concursos;

    d) Ama-se aos animais → a gente/alguém ama aos animais.

    Faça o mesmo com o trecho do enunciado:

    Fala-se já de bombas eletrônicas → a gente/alguém fala já de bombas eletrônicas.

    O sujeito é indeterminado e a partícula "se", índice de indeterminação de sujeito.

    Certo.

  • Complemento !

    Sujeito indeterminado :

    >Verbos de ligação , intransitivos , transitivos indiretos + " se "

    > Verbos na terceira pessoa do plural com sujeito implícito :

    Ex : Comeram todo o bolo : Quem comeu ?

    > Verbos na terceira pessoa do singular com sujeito implícito + "se " :

    Faz -se , comenta -se , diz -se .

    Tiago 1 :

    5 E se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, sem repreensão, e ser-lhe-á dada.

  • GAB: CERTO

    A telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato. Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc.

    • 3.ª pessoa do singular - ELE FALA
    • Acompanhado do pronome "se": FALA-SE

    O sujeito indeterminado é o tipo de sujeito que não se quer ou não se pode identificar, o que pode acontecer de duas maneiras:

    1) na presença de verbo (na 3.ª pessoa do singular) que seja intransitivo, transitivo indireto ou de ligação, acompanhado do pronome "se":

    • Levantou-se mais cedo do que os outros dias.
    • Reclama-se de tudo.
    • Anda-se cada vez mais preocupados.

    2) na presença de verbos na 3.ª pessoa do plural:

    • Levantaram mais cedo do que os outros dias.
    • Reclamam de tudo.
    • Andam cada vez mais preocupados

    Vale lembrar que o sujeito indeterminado não se refere a um sujeito que já tenha sido citado anteriormente, pois nesse caso, o sujeito seria oculto.

    No que respeita ao sentido, a principal diferença entre as duas formas de sujeito indeterminado é que a pessoa que “fala” não se inclui no discurso “Reclamam de tudo.”, mas pode estar incluída no discurso “Reclama-se de tudo.”

    FONTE:https://www.todamateria.com.br/indice-de-indeterminacao-do-sujeito/

  • Gabarito: C

    ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO:

    • Basta substituirmos o ''SE'' por ALGUÉM ou NINGUÉM.

    Ex: Precisa-se de funcionários.

    Alguém precisa de funcionários.

    Exemplo da questão: Fala-se já de bombas eletrônicas.

    Alguém falou de bombas eletrônicas.

    Bons estudos!

  • Fala-se já de bombas... O verbo é transitivo indireto, índice de indeterminação do sujeito. Pronto, acabou.

    VTI, VI ou VLÍndice de indeterminação do sujeito. Sujeito indeterminado. Sempre tem preposição ou verbo de ligação. Verbo sempre na terceira pessoa do singular.

    Ex: Precisa-se de balconistas

    VTD ou VTDI - Partícula apassivadora: Voz passiva sintética ou pronominal: Há sujeito paciente. Não tem preposição. Verbo concorda com o sujeito.

    Ex: Afiam-se alicates aqui.

  • Fala-se já de bombas eletrônicas

    Quem fala-se fala-se de alguma coisa.

    o Se quando acompanhado de verbo transitivo indireto - intransitivo ou verbo de ligação será indeterminante do sujeito.

    correta.

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