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ID
63205
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INSS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

       Márcia, que tem 16 anos de idade e é filha de pais separados, mora com a mãe e a avó. Ultimamente, ela vem apresentando um quadro de ansiedade, com intenso medo de sair de casa, de ficar sozinha, inclusive; só o fato de pensar nessa possibilidade desencadeia crise de falta de ar e taquicardia, associada com intenso temor de morrer. Nos momentos em que sente falta de ar e taquicardia, ela solicita que a levem ao pronto-socorro de imediato, porém, em todas essas ocasiões, nenhuma causa orgânica é identificada. Sua mãe relata que há um ano Márcia decidiu parar de estudar, mostrando desejo de mudar de país. Nos últimos meses, Márcia tem passado grande parte do tempo fazendo companhia a uma prima de sua idade em tratamento oncológico e muito deprimida, a quem Márcia vem tentando ajudar.



Com base na teoria analítica de Jung, Márcia tem um forte complexo materno, cuja personalidade é dominada pelas figuras femininas de sua convivência, sua mãe e sua avó, que estão sempre determinando suas concepções de vida.

Alternativas
Comentários
  • Na figura da mãe, a imagem varia conforme a experiência individual na qual a predominância, aparentemente, parece ser a da mãe pessoal. Não obstante, é do arquétipo projetado na mãe pessoal que surgem os efeitos positivos ou negativos que se refletem nesta. Portanto, os eventos traumáticos, marcados no indivíduo, dão-se muito mais pelas projeções arquetípicas do que pela relação estabelecida com a mãe real, uma vez que as fantasias, freqüentemente superam a ação desta.

    Junto ao arquétipo da mãe está entremeado o arquétipo do feminino, que exerce influências tanto no homem como na mulher. No homem, esse aspecto feminino, foi denominado por Jung (1921/1991) como anima e tem a função de relação no homem com sua própria feminilidade, seus sentimentos, sua espiritualidade, que são delineados tanto pela experiência arquetípica quanto pela vivência pessoal que ele tem do feminino.

    Em relação à mulher, o feminino implica nas situações da vivência com o próprio corpo e influencia na relação com o outro. A vivência do corpo é a mais concreta de nossas experiências. Entretanto, ao mesmo tempo em que lidamos com o biológico, nele está implícito o desconhecido e o obscuro, que carregam, em si, todo o mistério e o mundo instintivo do inconsciente.

  • Considerando o arquétipo da "grande mãe" e da femininidade, o complexo materno remonta a fase mais infantil e primitiva do ego e, em suas implicações pode atrapalhar ou até impedir a aquisição de uma identidade verdadeira, bem como o reconhecimento do indivíduo sobre si mesmo. Quando ativo e inconsciente o complexo materno leva a uma fixação na mãe e acarreta impedimento de o sujeito seguir adiante em busca de sua auto-realização. http://www.cgjungpage.org/index.php?option=com_content&task=view&id=640&Itemid=40 

    Acredito que o item está errado porque segundo o complexo materno, a menina quer ser igual a mãe fundido sua identidade a ela. O indivíduo que tem este complexo tem dificuldade de se diferenciar da mãe, o que não ocorre no caso, já que ela demonstrou desejo de sair de casa e morar em outro país.


  • Se ela tivesse um complexo maternos ela não ira querer mudar de país e se afastar de sua mãe.
  • O texto não traz dados que confirmem a afirmativa da questão.