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ID
63262
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
INSS
Ano
2008
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Desde o início das mudanças causadas pela
reestruturação organizacional na empresa, Carlos, sentindo-se
ameaçado de perder seu emprego, relata dificuldades no
trabalho, manifestadas por choros incontrolados, sentimento
de raiva, desilusão, insônia, dores corporais e indisposição
geral. Carlos foi informado que o mesmo tem acontecido
com o gerente e com outros colegas não só em seu setor, mas
na empresa de uma forma geral.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens a
seguir, no que se refere às questões específicas da reabilitação
profissional.

As queixas de dor relatadas por Carlos e por outros colegas são comumente interpretadas como sinal de desequilíbrio emocional, ou de doença, ou, ainda, como má-fé, sendo dificilmente percebidas, pelos peritos, como sofrimento quanto à presença de uma ameaça de perda do emprego.

Alternativas
Comentários
  • Questão péssima! Extremamente mal formulada! Como que o Cespe pode avaliar que esta questão do sofrimento do Carlos, dificilmente será percebida pelo peritos como sofrimento quanto à presença de uma ameaça de perda de emprego???! Me poupe! Muitos peritos poderiam avaliar assim, enquanto outros não... totalmente subjetivo , muito mais enquadrada em uma questão de senso comum do que de PSICOLOGIA enquanto disciplina.
  • A banca fomulou essa questão baseada num artigo produzido a partir de um estudo de caso.

     

     

    "[...] tanto o exame físico quanto os achados de exames laboratoriais eram notórios pela ausência de elementos capazes de dar sustentação às queixas. O resultado era sempre a inexistência de um diagnóstico conclusivo. A lógica subjacente era que toda dor tinha, obrigatoriamente, uma inscrição no corpo, sendo o bastante mapeá-la, procedimento que remetia o profissional à inevitável pergunta, "onde dói?" Nada sendo detectado, o diagnóstico mais comum era o de 'problemas emocionais'.

     

    Concluímos que a queixa de dor, em geral, interpretada como sinal de doença, desequilíbrio emocional ou má-fé, dificilmente era percebida, pelos médicos, como sofrimento, no sentido freudiano do termo; ou seja, a presença de um perigo quanto à permanência na empresa. No entanto, alguns trabalhadores reconheciam seu sofrimento, recusavam o diagnóstico de simples doença e buscavam articulá-lo ao cargo, exercido com temor (furcht). Eu chego chorando, com raiva, isso acontece comigo, mas acontece com o gerente também. Isso passa a ser visto como parte da minha fragilidade e não do processo da organização (F. R., profissional da saúde, 34 anos). Esses trabalhadores tinham clareza do receio e o relacionavam à reestruturação do trabalho."

     

    FONTE: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000400017

     

     

    * GABARITO: CERTO.

     

    Abçs