SóProvas


ID
641734
Banca
FCC
Órgão
TCE-PR
Ano
2011
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                          Perspectiva de Montesquieu


      O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais importantes intelectuais na história das ciências jurídicas. A grande originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos inter-relacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e comparativa dos fatos sociais.
        Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimento histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos. Montesquieu, ao contrário, reduz as instituições a causas puramente humanas. Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio da história, como fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de pensamento. Deliberadamente, dispõe-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandona tal projeto.
      Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um possível mal-entendido no que diz respeito à palavra “virtude", que emprega amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu, o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser. Enquanto não forem abordados como independentes de fins religiosos e morais, jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se da visão finalista, como já haviam feito as ciências naturais, que só progrediram realmente quando se desvencilharam do jugo teológico.
      Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um provocador de alto nível.

                                                            (Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973) 

A oração sublinhada exerce a função de sujeito dentro do seguinte período:

Alternativas
Comentários
  • A um espírito sensível e religioso não convém ISTO (ler um filósofo como Montesquieu) ...

    Colocando na ordem direta: ISTO (ler um filósofo como Montesquieu) não convém a um espírito sensível e religioso buscando apoio espiritual.
  • Alguém poderia detalhar o porquê da D estar errada?
    Obrigadoo
  • Complementando.... 

    ASSUNTO: SUJEITO ORACIONAL - Quando está presente na oração essa espécie de sujeito, a regra geral é que o verbo sempre concordará na terceira pessoa do singular com o sujeito oracional.

    b) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu buscando apoio espiritual. CORRETA!

    Ler um filósofo como Montesquieu não convém.
       Sujeito oracional                                       verbo: 3 p. sing.                        
  • Lucas, na letra D o sujeito é "As ciências humanas", ou seja, ñ há uma oração exercendo essa fç, q já é exercida pelo sujeito simples.

    Quando perguntamos ao verbo (assim fica mais fácil descobrir o sujeito da oração) quem "deveriam libertar-se da religião", chegamos às ciências humanas.

    A oração sublinhada dá idéia de adição ("assim como").

    Espero ter ajudado!

    Bons estudos! Não desanimem!
  • A Érika é uma das colaboradoras que tem os comentários mais úteis/práticos do site!
    Na quantidade exata: nem mais nem menos!

    Em questões desse tipo, estamos procurando se o termo sublinhado é uma oração subordinada substantiva subjetiva.
    Ache o verbo e pergunte primeiro pelo seu sujeito, senão você pode achar, erradamente, que será objeto direto.
    Se o termo grifado for oração ADJETIVA ou ADVERBIAL, nem perca tempo! Não será sujeito nunca!!

    Quanto a letra (D), não acho que seja adição e, sim, comparação.
    É uma oração subordinada adverbial comparativa.

    []s
  • Érika e Luciano.. obrigado pela ajuda.. agora clareou!!
  • Minha dúvida nessa questão diz respeito ao sujeito do verbo convir.
    Não consigo ver "ler um filosofo..." como sujeito. Parece que o sujeito
    da frase é " a um espirito sensível...".
    Alguém pode me ajudar.

  • thiago soares aleixo de carvalho,
    "A um espírito sensível e religioso" não pode ser sujeito porque está preposicionado; o "a" é preposição. É objeto indireto.
  • alguém poderia me dizer porque a c esta errada?
  • A respeito da C, bom, vamos lá.
    c) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis.
    Ela está errada pois, primeiro, o sujeito é "Um estudo sério da história das ciências jurídicas". Só fazer a perguntinha pro verbo: não pode prescindir O QUE?  A resposta é o sujeito.
    Segundo, a expressão sublinhada "
    de que se vale Montesquieu em O espírito das leis." está preposicionada (conforme grifo) e, assim sendo, recai na regra generalíssima de que sujeito não pode ser preposicionado.
  • Alguém poderia me explicar porque a E está errada ?

    Nesta oração, o verbo solapou não exerce função de sujeito oculto por estar se referindo ao sujeito simples "método" ?

    Me corrijam se eu estiver errado, por favor.

    Obrigado

  • a respeito da "E":  QUEM É QUE VALORIZOU AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS E SOLAPOU O FINALISMO TELEOLÓGICO E MORAL?

    RESP. O MÉTODO DE MONTESQUIEU, ou seja, caro colega de estudo, é quem exerce a ação, é o mais importante da frase, é o Sujeito.

    Faça essa pergunta ao tentar analisar novamente essa frase e vc verá que faz sentido..

    Espero ter ajudado um pouco.
  • A um espírito sensível e religioso não  - nunca poderia ser sujeito: 

    1)  A é preposição não artigo. (sujeito nunca será preposicionando) 

    2) o verbos esta no singular e ele só concordará com sujeito 

    convém = singular 

    convêm = plural 

    ler um filósofo como Montesquieu  (sujeito simples/singular) convém buscando apoio espiritual.




  • ORAÇÕES REDUZIDAS

    Características:

    -as orações reduzidas NÃO apresentam conjunções;

    -as orações reduzidas apresentam duas orações;

    -presença de vírgula (em regra);

    -as orações reduzidasapresentam verbos nas formas nominais: infinitivo (r); gerúndio (ndo) e particípio (salvo, ado, pago, feito, preso – vo do go.to.so)

    Ex.:  um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu buscando apoio espiritual.

      Obs: Não há conjunção; apresenta duas orações. Seu verbo está na forma nominal (infinitivo).

    Ex.: Terminada a disputa, voltaram para casa.

      Obs: Não há conjunção; apresenta duas orações; em regra, é separada de vírgula; por fim, seu verbo está na forma nominal – particípio (ado)

    Oração desenvolvida é o oposto da reduzida, pois há conjunção e seu verbo está flexionado.

    Existem três tipos de orações reduzidas, ou seja: reduzidas de infinitivo, gerúndio e particípio.

  • Mesmo quem conhece as regras de concordância pode derrapar em alguns casos. Um deles é o do sujeito oracional. Quando o sujeito de um verbo é uma oração, esse verbo fica na terceira pessoa do singular. Assim:

    Beber dois litros de água por dia faz bem à saúde.

    Ninguém imaginaria fazer o verbo concordar com os dois litros de água, pois o que faz bem é beber os dois litros de água. Essa ação é que faz bem à saúde.

    Muito bem. Se houver mais de uma ação, o verbo continuará no singular. Veja:

    Beber dois litros de água e caminhar dois quilômetros por dia faz bem à saúde.

    É com o conjunto de ações que o verbo concorda. Essa regra sofre alteração quando as ações são opostas, caso em que levam o verbo para o plural. Assim:

    Amar e odiar fazem parte da vida.

    Este último caso é mais raro. O que realmente aparece no dia a dia é o sujeito oracional, que pede verbo no singular

  • SUJEITO ORACIONAL

  • gab: B Para aqueles que têm apenas o limite de 10 questões.

  • Alguém poderia me explicar por que a alternativa A está errada?

     

    Obirgada.

  • Aline, o sujeito do item A seria MONTESQUIEU e não a parte que está sublinhada.
  • O examinador embaralhou os termos pra confundir.

     

    Vamos colocar na ordem direta pra facilitar a localização do sujeito:

     

    Ler um filósofo como Montesquieu não convém  a um espírito sensível e religioso buscando apoio espiritual.

     

    Gabarito: Letra B, de Bons Estudos.

     

    VamuKiVamuRumoÀPosse

  • ASSUNTO: Orações Subordinadas.

    a) Substantiva Objetiva Direta

    b) Sujeito oracional ( gabarito)

    c) Substantiva Completiva Nominal

    d) Subordinada Adverbial Comparativa

    e) Subordinada Substantvia Predicativa do sujeito.

    Se errei, avisem-me pessoal, espero ter ajudado.