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É, sobretudo com Iamamoto (1982) no início dos anos 80 que a teoria social de Marx inicia sua efetiva interlocução com a profissão. Como matriz teórico? metodológica esta teoria apreende o ser social a partir de mediações. Ou seja, parte da posição de que a natureza relacional do ser social não é percebida em sua imediaticidade. "Isso porque, a estrutura de nossa sociedade, ao mesmo tempo em que põe o ser social como ser de relações, no mesmo instante e pelo mesmo processo, oculta a natureza dessas relações ao observador" (NETTO, 1995) Ou seja, as relações sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições etc, que ao mesmo tempo revelam/ocultam as relações sociais imediatas. Por isso nesta matriz o ponto de partida é aceitar fatos, dados como indicadores, como sinais, mas não como fundamentos últimos do horizonte analítico. Trata?se, portanto de um conhecimento que não é manipulador e que apreende dialéticamente a realidade em seu movimento contraditório. Movimento no qual e através do qual se engendram, como totalidade, as relações sociais que configuram a sociedade capitalista.
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a) teoria positivista (perspectiva modernizadora)
b) fenomenologia (perspectiva de reatualização do conservadorismo)
c) teoria social de Marx
d) teoria positivista
e) Sociedade é produto das relações sociais e devem ser analisadas em sua totalidade, sem perder de vista seu caráter histórico
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O Serviço Social a partir da década de 1980 passa a estabelecer um diálogo mais estreito com a teoria social de Marx. Essa matriz teórico-metodológica compreende o ser social a partir de mediações. Desse modo, para esse pensamento a busca pela compreensão do real é possível e para isso é necessário ultrapassar a imediaticidade (a aparência). O primeiro contato do sujeito com o objeto é através da aparência. A aparência do fenômeno é o que chama a atenção de imediato, no entanto, ela é apenas uma expressão daquele objeto que, para compreendermos em sua totalidade, faz-se necessário um movimento de interpelação incessante até alcançarmos sua essência. Isto é, o ponto de partida é o fato, o dado, contudo para alcançarmos a essência do objeto também é necessário desvelarmos sua universalidade, singularidade e particularidade. A partir dessa perspectiva é possível desmistificar as relações fetichizadas apresentadas pela sociedade burguesa, apreendendo a realidade dialeticamente em seu movimento contraditório. Assim, os fatos são o ponto de partida, mas devem ser analisados criticamente para serem verdadeiramente interpretados, conhecidos, e por isso, não são considerados o elemento último do horizonte analítico por essa teoria.
RESPOSTA: C
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Teoria para abordar o real do ser na sociedade capitalista. Componente analítico de organização da sociedade através de (mediações) que com base na investigação descobre o conjunto de questões que foram ocultadas.
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Boom di@!
A esse respeito, convém recordar que a partir da década de 1980-90 é destacado o protagonismo do Serviço Social crítico. Ou seja, a teoria social de Marx passa a ser articulada de maneira mais efetiva com a profissão, por intermédio, inicialmente, das análises de Iamamoto em 1982 no livro Relações sociais e Serviço Social no Brasil, teoria que apreende o ser social a partir de mediações. Portanto, os fatos e dados passam a ser vistos como indicadores, e não como fundamentos do horizonte analítico. Isto é, as relações sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições que ao mesmo tempo revelam/ocultam as relações sociais imediatas.
Trata-se, portanto, de um conhecimento que apreende a realidade de forma dialética em seu movimento contraditório. Movimento em que se engendram como totalidade as relações sociais que configuram a sociedade capitalista (Yazbek, Raichelis e Martinelli, 2008).
RESPOSTA LETRA “C”.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282013000200003
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os fatos servir como ponto de partida até vai, mas o ponto de partida ser a aceitação dos fatos. Não concordei ou talvez interpretei errado ...
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A partir da década de 1980----------> passa a estabelecer um diálogo mais estreito com a teoria social de Marx.
A matriz teórico-metodológica de Marx-------> compreende o ser social a partir de mediações. Desse modo, para esse pensamento a busca pela compreensão do real é possível e para isso é necessário ultrapassar a imediaticidade (a aparência). O primeiro contato do sujeito com o objeto é através da aparência. A aparência do fenômeno é o que chama a atenção de imediato, no entanto, ela é apenas uma expressão daquele objeto que, para compreendermos em sua totalidade, faz-se necessário um movimento de interpelação incessante até alcançarmos sua essência. Isto é, o ponto de partida é o fato, o dado, contudo para alcançarmos a essência do objeto também é necessário desvelarmos sua universalidade, singularidade e particularidade. A partir dessa perspectiva é possível desmistificar as relações fetichizadas apresentadas pela sociedade burguesa, apreendendo a realidade dialeticamente em seu movimento contraditório. Assim, os fatos são o ponto de partida, mas devem ser analisados criticamente para serem verdadeiramente interpretados, conhecidos, e por isso, não são considerados o elemento último do horizonte analítico por essa teoria.
A teoria que apreende o ser social a partir de mediações --------> o ponto de partida é aceitar fatos, mas não como fundamentos últimos do horizonte analítico.