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ID
656056
Banca
FCC
Órgão
TJ-PE
Ano
2012
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Serviço Social, ao ter como matriz teórico-metodológica a teoria que apreende o ser social a partir de mediações, parte do seguinte pressuposto:

Alternativas
Comentários
  • É, sobretudo com Iamamoto (1982) no início dos anos 80 que a teoria social de  Marx  inicia  sua  efetiva  interlocução  com  a  profissão.    Como  matriz  teórico? metodológica esta teoria apreende o ser social a partir de mediações. Ou seja, parte da  posição  de  que  a  natureza  relacional  do  ser  social  não  é  percebida  em  sua  imediaticidade. "Isso porque, a estrutura de nossa sociedade, ao mesmo tempo em que  põe  o  ser  social  como  ser  de  relações,  no  mesmo  instante  e  pelo  mesmo  processo,  oculta a natureza dessas relações ao observador" (NETTO, 1995) Ou seja, as relações  sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições etc, que ao mesmo tempo  revelam/ocultam  as  relações  sociais  imediatas.  Por  isso  nesta  matriz  o  ponto  de  partida  é  aceitar  fatos,  dados  como  indicadores,  como  sinais,  mas  não  como  fundamentos últimos do horizonte analítico. Trata?se, portanto  de um conhecimento  que não é manipulador e que apreende dialéticamente a realidade em seu movimento  contraditório. Movimento no qual e através do qual se engendram, como totalidade, as  relações sociais que configuram a sociedade capitalista. 
  • a) teoria positivista (perspectiva modernizadora)

    b) fenomenologia (perspectiva de reatualização do conservadorismo)

    c) teoria social de Marx

    d) teoria positivista

    e) Sociedade é produto das relações sociais e devem ser analisadas em sua totalidade, sem perder de vista seu caráter histórico


  • O Serviço Social a partir da década de 1980 passa a estabelecer um diálogo mais estreito com a teoria social de Marx. Essa matriz teórico-metodológica compreende o ser social a partir de mediações. Desse modo, para esse pensamento a busca pela compreensão do real é possível e para isso é necessário ultrapassar a imediaticidade (a aparência). O primeiro contato do sujeito com o objeto é através da aparência. A aparência do fenômeno é o que chama a atenção de imediato, no entanto, ela é apenas uma expressão daquele objeto que, para compreendermos em sua totalidade, faz-se necessário um movimento de interpelação incessante até alcançarmos sua essência. Isto é, o ponto de partida é o fato, o dado, contudo para alcançarmos a essência do objeto também é necessário desvelarmos sua universalidade, singularidade e particularidade. A partir dessa perspectiva é possível desmistificar as relações fetichizadas apresentadas pela sociedade burguesa, apreendendo a realidade dialeticamente em seu movimento contraditório. Assim, os fatos são o ponto de partida, mas devem ser analisados criticamente para serem verdadeiramente interpretados, conhecidos, e por isso, não são considerados o elemento último do horizonte analítico por essa teoria.


    RESPOSTA: C



  • Teoria para abordar o real do ser na sociedade capitalista. Componente analítico de organização da sociedade através de (mediações) que com base na investigação descobre o conjunto de questões que foram ocultadas.

  • Boom di@!

     

    A esse respeito, convém recordar que a partir da década de 1980-90 é destacado o protagonismo do Serviço Social crítico. Ou seja, a teoria social de Marx passa a ser articulada de maneira mais efetiva com a profissão, por intermédio, inicialmente, das análises de Iamamoto em 1982 no livro Relações sociais e Serviço Social no Brasil, teoria que apreende o ser social a partir de mediações. Portanto, os fatos e dados passam a ser vistos como indicadores, e não como fundamentos do horizonte analítico. Isto é, as relações sociais são sempre mediatizadas por situações, instituições que ao mesmo tempo revelam/ocultam as relações sociais imediatas.

    Trata-se, portanto, de um conhecimento que apreende a realidade de forma dialética em seu movimento contraditório. Movimento em que se engendram como totalidade as relações sociais que configuram a sociedade capitalista (Yazbek, Raichelis e Martinelli, 2008).

     

    RESPOSTA LETRA “C”.

     

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282013000200003

  • os fatos servir como ponto de partida até vai, mas  o ponto de partida ser a aceitação dos fatos. Não concordei ou talvez interpretei errado ...

  • A partir da década de 1980----------> passa a estabelecer um diálogo mais estreito com a teoria social de Marx.

    A matriz teórico-metodológica de Marx-------> compreende o ser social a partir de mediações. Desse modo, para esse pensamento a busca pela compreensão do real é possível e para isso é necessário ultrapassar a imediaticidade (a aparência). O primeiro contato do sujeito com o objeto é através da aparência. A aparência do fenômeno é o que chama a atenção de imediato, no entanto, ela é apenas uma expressão daquele objeto que, para compreendermos em sua totalidade, faz-se necessário um movimento de interpelação incessante até alcançarmos sua essência. Isto é, o ponto de partida é o fato, o dado, contudo para alcançarmos a essência do objeto também é necessário desvelarmos sua universalidade, singularidade e particularidade. A partir dessa perspectiva é possível desmistificar as relações fetichizadas apresentadas pela sociedade burguesa, apreendendo a realidade dialeticamente em seu movimento contraditório. Assim, os fatos são o ponto de partida, mas devem ser analisados criticamente para serem verdadeiramente interpretados, conhecidos, e por isso, não são considerados o elemento último do horizonte analítico por essa teoria.

     

    A teoria que apreende o ser social a partir de mediações --------> o ponto de partida é aceitar fatos, mas não como fundamentos últimos do horizonte analítico.