SóProvas


ID
671143
Banca
FCC
Órgão
TCE-SP
Ano
2012
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

As questões de números 7 a 14 baseiam-se no texto seguinte.

Tememos o acaso. Ele irrompe de forma inesperada e imprevisível em nossa vida, expondo nossa impotência contra forças
desconhecidas que anulam tudo aquilo que trabalhosamente penamos para organizar e construir. Seu caráter aleatório e gratuito
rompe com as leis de causa e efeito com as quais procuramos lidar com a realidade, deixando-nos desarmados e atônitos frente à
emergência de algo que está além de nossa compreensão, que evidencia uma desordem contra a qual não temos recursos. O acaso
deixa à mostra a assustadora falta de sentido que jaz no fundo das coisas e que tentamos camuflar, revestindo-a com nossas
certezas e objetivos, com nossa apreensão lógica do mundo.
Procuramos estratégias para lidar com essa dimensão da realidade que nos inquieta e desestabiliza. Alguns, sem negar sua
existência, planejam suas vidas, torcendo para que ela não interfira de forma excessiva em seus projetos. Outros, mais infantis e
supersticiosos, tentam esconjurá-la, usando fórmulas mágicas. Os mais religiosos simplesmente não acreditam no acaso, pois creem
que tudo o que acontece em suas vidas decorre diretamente da vontade de um deus. Aquilo que alguns considerariam como a
manifestação do acaso, para eles são provações que esse deus lhes envia para testar-lhes sua fé e obediência.
São defesas necessárias para continuarmos a viver. Se a ideia de que estamos à mercê de acontecimentos incontroláveis que
podem transformar nossas vidas de modo radical e irreversível estivesse permanentemente presente em nossas mentes, o terror nos
paralisaria e nada mais faríamos a não ser pensar na iminência das catástrofes possíveis.
Entretanto, tem um tipo de homem que age de forma diversa. Ao invés de fugir do acaso, ele o convoca constantemente. É o
viciado em jogos de azar. O jogador invoca e provoca o acaso, desafiando-o em suas apostas, numa tentativa de dominá-lo, de curvá-
lo, de vencê-lo. E também de aprisioná-lo. É como se, paradoxalmente, o jogador temesse tanto a presença do acaso nos demais
recantos da vida, que pretendesse prendê-lo, restringi-lo, confiná-lo à cena do jogo, acreditando que dessa forma o controla e anula
seu poder.

(Trecho de artigo de Sérgio Telles. O Estado de S. Paulo, 26 de novembro de 2011, D12, C2+música)

Se a ideia de que estamos à mercê de acontecimentos incontroláveis ...

O segmento grifado acima preenche corretamente a lacuna da frase:

Alternativas
Comentários
  • Regência do relativo!

    "Eram surpreendentes as revelações ...... tomamos conhecimento há pouco em nosso encontro. "

    Coloque a oração subordinada adjetiva na ordem direta e verifique se a regência (nominal ou verbal) solicita preposição ou não!
    "tomamos conhecimento DAS (DE+AS) revelações ..."
    rege preposição DE

    []s
  • RESPOSTA LETRA E

    O SEGMENTO DE QUE TEM QUE SE ENCAIXAR EM ALGUMA DESSAS FRASES

    NO CASO DA LETRA E TEMOS QUE ANALISAR OS VERBOS APOS O PRONOME RELATIVO QUE, TOMAR... QUEM TOMA CONHECIMENTO, TOMA CONHECIMENTO DE ALGUMA COISA...  ESSE DE VAI PRA FRENTE DO PRONOME RELATIVO QUE..FICANDO:

    ERAM SUEPREENDENTES AS REVELAÇÕES DE QUE TOMAMOS CONHECIMENTO HÁ POUCO EM NOSSO ENCONTRO.

    BONS ESTUDOS
  •   a) A maneira (às quais) nos defendemos de episódios inesperados nos leva, muitas vezes, a comportamentos irracionais.

    b) Cabe-nos tomar atitudes sensatas para resolver problemas inesperados, sem pensar (que) eles nos pre- judicaram.

    c) Ainda faltavam explicações,(às quais) todos procuravam, para aqueles acontecimentos tão pouco previ-síveis.

    d) Poucos tinham conhecimento do problema (a que) o articulista se referia naquele momento.

    e) Eram surpreendentes as revelações (de que) tomamos conhecimento há pouco em nosso encontro.
  • CORRETA A ASSERTIVA (E)

    Vejamos:

    a)A maneira da qual nos defendemos...(quem se defende defende DE algo)
    b)Cabe-nos...sem pensar em que eles nos prejudcaram( quem pensa pensa EM algo)
    c)Ainda faltavam explicações por que todos procuravam... (quem procura procura POR algo)
    d)Poucos tinham conhecimento do problema a que o articulista se referia...(quem se refere se refere A algo)
    Eram surpreendentes as revelações de que tomamos conhecimento...(quem toma conhecimento toma conhecimento DE algo)
  • a) A maneira ...... nos defendemos de episódios inesperados nos leva, muitas vezes, a comportamentos irracionais.

    Correto: A maneira PELA QUAL nos defendemos de episódios..

    A preposição "de" já esá sendo usavda: defendendo de episódios

    Mas a maneia é: pela qual....
  • Como faço para saber se uso QUE ou O QUAL, já que ambos servem para pessoas, coisas e lugares? Fica a meu critério escolher??? Alguém me ajude!!!!

  • Respondendo ao colega Kássio Rodrigues Alves:
    Sempre que puder trocar:
    QUE = o(a) / qual(is)
    Será pronome relativo
     
    QUE = isso/esse/essa(s)
    Será conjunção integrante.
    Exemplo 1: Perguntou o que ele queria (=perguntou isso);
    Exemplo 2: Estou certo de que você passará no concurso (=estou certo disso)
    Nestes casos o QUE será conjunção integrante