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A distância hierárquica
Significa a aceitação da desigualdade de poder por alguém que é submetido.
A redução da incerteza
Refere-se ao grau de tolerância que uma cultura pode aceitar face à ansiedade provocada por eventos futuros.
Individualismo e comunitarismo
Expressa o grau de liberdade de um indivíduo contra um grupo.
De outra modo, expressa o grau de autonomia frente ao grupo e às normas sociais, a mais ou menos grande solidariedade do grupo e o grau de compromisso [e apego] com os valores da comunidade.
A dimensão da quantidade na vida versus a qualidade de vida
A quantidade na vida refere-se ao grau de prevalencia de valores como a agressividade, a busca por dinheiro e bens materiais e a competitividade. A qualidade de vida refere-se ao grau em que as pessoas valorizam os relacionamentos e mostram sensibilidade e preocupação com o bem estar dos outros. [Comportamento Organizacional, Stephen P. Robbins, 11ª Edição]
A orientação curto prazo/médio prazo
O próprio autor associa o longo prazo aos valores da virtude. Os valores associados ao curto prazo são o respeito pelas tradições e o cumprimento das obrigações sociais.
Os valores associados a uma visão de longo prazo (dito "verdade") são economia e perseverança.
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O modelo das dimensões culturais de Geert Hofstede é um quadro-referência que descreve cinco tipos (dimensões) de diferenças/perspectivas de valores entre as culturas nacionais:
Distância ao poder: Também chamada de distância hierárquica, é uma medida do quanto os membros menos poderosos de uma civilização aceitam e esperam distribuição desigual de poder na sociedade. Ela é medida a partir dos sistemas de valores daqueles que têm menos poder. A dimensão Distância do Poder está directamente relacionada com a forma encontrada por diferentes sociedades para lidar com a questão fundamental de gerir as desigualdades entre os indivíduos.
Individualismo versus colectivismo: até que ponto as pessoas sentem que têm de tomar conta de si próprias, das suas famílias ou organizações a que pertencem ou seja, esta dimensão indica se uma sociedade é uma rede social sem relação entre os indivíduos, na qual cada um é suposto interessar-se apenas por si mesmo, ou se ela oferece um tecido social fechado no qual os indivíduos se dividem entre membros e não membros de grupos e esperam que o grupo ao qual pertencem os proteja.
Masculinidade versus feminilidade: até que ponto a cultura é mais conducente do predomínio, assertividade e aquisição de coisas versus uma cultura que é mais conducente das pessoas, sentimentos e qualidade de vida. Refere-se também em que medida o sexo determina os papéis dos homens e das mulheres na sociedade.
Evitar a incerteza: Hofstede definiu esta dimensão como o grau de ameaça percebido por membros de uma cultura em situações incertas ou desconhecidas, ou seja, reflecte o sentimento de desconforto que as pessoas sentem ou a insegurança com riscos, caos e situações não estruturadas.
Orientação a longo prazo versus a curto prazo: indica em que medida uma sociedade baseia as suas tradições sobre os acontecimentos do passado ou do presente, sobre os benefícios apresentados ou ainda sobre o que é desejável para o futuro. Sintetizando, longo prazo serão os valores orientados para o futuro, como poupanças e persistência; curto prazo serão os valores orientados para o passado e o presente, como respeito pela tradição e cumprimento de obrigações sociais. - See more at: http://www.portal-gestao.com/gestao/item/6675-teoria-das-dimens%C3%B5es-culturais-geert-hofstede.html#sthash.daop8Rke.dpuf
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Geert Hofstede indica 4 dimensões como sendo as variáveis que caracterizam as culturas nacionais e que tendem a prevalecer nas organizações das respectivas nacionalidades. Essas dimensões são:
1) Distância do Poder - DH (distância hierárquica);
2) Individualismo - I;
3) Masculinidade - M;
4) Controle da Incerteza - FI (fuga à insegurança);
5) Orientação a Longo Prazo - OLP.
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Conforme Hofstede (1983), sua pesquisa sobre as dimensões da cultura tinha dois objetivos: i) desenvolver uma terminologia comumente aceitável, bem definida e empiricamente fundamentada para descrever culturas; e ii) analisar os dados coletados de forma sistemática e sobre um significativo número de culturas, ao invés de utilizar apenas impressões.
Masculinidade/Feminilidade: é a distribuição de papéis emocionais entre os sexos; essa é uma questão fundamental para qualquer sociedade. A masculinidade está relacionada à competição, ao posicionamento afirmativo. A feminilidade aproxima-se de um comportamento modesto e atencioso em relação aos outros. Outro fator que distingue culturas com características "masculinas" e "femininas" é o nível de diferenças ou de distanciamento entre as pessoas pelo gênero sexual. Sociedades onde há diferenças latentes são consideradas como "masculinas", o inverso são consideradas "femininas" (Hofstede & McCrae, 2004, Hofstede, 1983);
Resistência à Incerteza: trata da tolerância de uma sociedade em relação à ambiguidade. Indica até que ponto uma cultura se sente confortável ou desconfortável em situações desestruturadas. A resistência à incerteza é relacionada em nível de ansiedade cultural ou neuroses (O'Keefe & O'Keefe, 2004; Hofstede & McCrae, 2004);
Dinamismo Confuciano: é a aceitação da legitimidade de hierarquia, a avaliação da perseverança, sem ênfase própria e baseada na tradição e nas obrigações sociais. Conforme Franke, Hofstede e Bond (1991), essa dimensão está significativamente correlacionada com o crescimento dos países que seguem esse tipo de orientação espiritual e comportamental.
Individualismo/Coletivismo: refere-se ao grau em que os indivíduos são integrados em grupos. Em sociedades individualistas, as pessoas dispensam pouca atenção àqueles que não estão diretamente relacionados a seus círculos.
Distância do Poder: representa o nível de tolerância dos membros menos influentes de organizações e instituições (como a família) em aceitar e esperar; o poder é distribuído desigualmente.