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ID
680362
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
STJ
Ano
2004
Provas
Disciplina
Segurança e Saúde no Trabalho
Assuntos

Com o crescimento da incidência de casos de LER/DORT,
sobretudo nos países ocidentais, propagou-se nas organizações a
idéia de que a principal e mais importante medida corretiva é a
reconversão de mobiliário, principalmente, aquisição de postos
de trabalho ergonômicos. Quanto aos aspectos de incidência de
LER/DORT, condições e organização do trabalho, julgue os itens
a seguir.

Há um relativo consenso na literatura científica de que a gênese e a evolução de LER/DORT são por definição, de natureza multicausal; portanto, os postos de trabalho são tão- somente um dos fatores que podem contribuir para a propagação desses distúrbios.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO CERTO

     

    As LER/DORT são consideradas doenças ocupacionais de origem multicausal, os fatores que mais influenciam para o seu aparecimento são ergonômicos (móveis inadequados), ambientais (frio, calor, iluminação), individuais (pré-disposição) psicológicas (pressão, insatisfação), e principalmente organizacionais (forma de executar as tarefas).

    https://monografias.brasilescola.uol.com.br/administracao-financas/ler-uma-avaliacao-impacto-na-organizacao-trabalho.htm

     

    Importante observar que as LER/DORT são multicausais, isto é, na sua origem não há um único fator de risco envolvido e, sim, vários fatores que, geralmente, interagem no local de trabalho. Embora as causas das LER/DORT ainda não estejam bem esclarecidas, alguns fatores podem ser apontados como sendo de risco para o desenvolvimento destas. São eles:

    a) Fatores Físicos ou Biomecânicos: movimento repetitivo excessivo; força muscular exagerada; postura prolongada ou incorreta; condicionamento físico insuficiente, etc. A presença de mais de um fator biomecânico numa determinada atividade aumenta o risco de instalação da LER/DORT e compromete a recuperação funcional das estruturas comprometidas.

    b) Fatores Organizacionais: natureza repetitiva do trabalho; problemas de comunicação com a chefia ou com os colegas; ausência de rodízios e pausas na organização do trabalho; inadequação do posto de trabalho; obrigatoriedade de manter o ritmo acelerado para atingir as metas de produtividade; jornadas prolongadas de trabalho, com freqüente realização de horas extras, dentre outros.

    c) Fatores Psicossociais: os fatores psicossociais estão relacionados a quadros de ansiedade, depressão e, principalmente, de estresse ocupacional causado pelas percepções subjetivas que o trabalhador tem dos fatores de organização do trabalho, tais como: ausência de autonomia, pressões cotidianas, perfeccionismo, além dos fatores relacionados à carga e ao ritmo de trabalho, à carreira, ao ambiente de trabalho, e outros.

    É possível, ainda, que associada aos fatores de risco elencados acima, haja uma predisposição genética do trabalhador, ou seja, uma propriedade hereditária do indivíduo, que facilita o aparecimento das LER/DORT.

    http://www.sinasefe.org.br/antigo/cartilha_ler_dort.pdf

  • L.E.R. (Lesões por Esforço Repetitivo) não é propriamente uma doença. É uma síndrome constituída por um grupo de doençastendinite, tenossinovite, bursite, epicondilite, síndrome do túnel do carpo, dedo em gatilho, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome do pronador redondo, mialgias -, que afeta músculos, nervos e tendões dos membros superiores principalmente, e sobrecarrega o sistema musculoesquelético. Esse distúrbio provoca dor e inflamação e pode alterar a capacidade funcional da região comprometida. A prevalência é maior no sexo feminino.

    Também chamada de D.O.R.T. (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho), L.T.C. (Lesão por Trauma Cumulativo), A.M.E.R.T. (Afecções Musculares Relacionadas ao Trabalho) ou síndrome dos movimentos repetitivos, L.E.R. é causada por mecanismos de agressão, que vão desde esforços repetidos continuadamente ou que exigem muita força na sua execução, até vibração, postura inadequada e estresse. Tal associação de terminologias fez com que a condição fosse entendida apenas como uma doença ocupacional, e que existem profissionais expostos a maior risco: pessoas que trabalham com computadores, em linhas de montagem e de produção ou operam britadeiras, assim como digitadores, músicos, esportistas, pessoas que fazem trabalhos manuais, por exemplo tricô e crochê.